quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Lembrar é inevitável

Em alguns dias, lembranças são inevitáveis. A gente lembra da vida que viveu até aqui. Dos momentos que passamos. Das coisas, das não tão boas. Porém mais das coisas boas do que das ruins. Algumas lembranças, memórias, histórias foram apagadas com o tempo. Mas sempre tem aquelas que permanecem em nós...

Cheirinho de bolo no café da manhã. Estradas por onde passamos. Lugares onde estivemos. Aconchego de dias frios. Viagens. Gente. Amores. Risadas. Coisas engraçadas que vivemos. E por ai vai...

Sempre tem aquela memória que faz parte de nós. Sempre tem aquela história que é um pedacinho do que somos. O nosso crescimento. Nosso aprendizado. Nossa evolução. Sempre tem aquela memória que a gente lembra sorrindo. Mesmo que essas histórias precisaram um dia ser deixadas para trás. Seja lá por qual motivo. Tem páginas da vida que simplesmente são viradas, e não é porque somos ruins, egoístas, ou qualquer coisa do tipo... é que tem ciclos que se encerram e precisam se encerrar.

 

Li por aí, um dos trechos de uma crônica de Martha Medeiros que achei genial, e diz assim:

 

“.... Canso menos, divirto-me mais e não perco a fé por constatar o óbvio: tudo é provisório [...]. Não somos repetições de nós mesmos, a cada instante somos surpreendidos por novos pensamentos que nos chegam através da leitura, do cinema, da meditação. O que eu fui ontem, anteontem, já é memória. Escada vencida degrau por degrau, mas o que eu sou neste momento é o que conta, minhas decisões valem para agora, hoje é o meu dia, nenhum outro. ” - (O permanente e o provisório – Martha Medeiros)

E a vida é isso, um eterno encerrar ciclos, recomeçar. E não significa que com isso algumas lembranças e sensações vão deixar de existir. Tem momentos que serão eternizados em nós, e serão sempre lembrados com carinho, outros não.

Lembrar do que foi bom com carinho. Esquecer do que foi ruim... e quando uma lembrança vier, que seja sentida, como merece ser.

Assim é e assim será.

 

Fim
Carol Brunel
28/02/2024

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

É melhor estar em paz do que ter razão!

É isso...
...às vezes é melhor estar em paz do que ter razão. Muitas vezes a gente fica nessa briga de EGOS, com os outros e com a gente mesmo. Querendo provar tudo a todo custo. Querendo estar certo sempre. Querendo apontar culpas e culpados. Buscar respostas que não existem. Nem tudo tem resposta. Tem coisas que simplesmente são.

E não... não vale a pena ter provar tudo o tempo todo.

Estava lendo um texto que dizia que "não justificar nossos atos parece sempre uma postura egocêntrica e arrogante". O texto dizia que  isso pode até ser verdade em alguns pontos, mas dependendo da situação, é exatamente o contrário. 

Eu conheci várias pessoas ao longo da vida que justificavam suas atitudes o tempo todo, e a maioria delas acabava sendo chata. Ninguém precisa justificar tudo o tempo todo. Provar coisas o tempo todo. 

Às vezes o pouco diz muito. Muitas respostas surgem com o tempo. Nem tudo é o que parece. Nem tudo o que parece é. Nem tudo o que a nossa mente produz é verdade. E por ai vai... 

Poderia ficar aqui escrevendo muitas linhas sobre isso tudo. Mas em resumo é: muitas vezes estamos perdidos, não temos respostas, não sabemos direito qual caminho seguir. E somos cobrados a dar respostas que se quer temos...

"David William, psicólogo, considera, depois de diversos estudos sociais, que não devemos nem somos obrigados a dar explicações e a nos justificar, embora sejamos muitos os que receberam uma educação na qual não se justificar pode fazer com que sintamos que falhamos". 

Inclusive deixo aqui o texto completo para quem tiver interesse, vale a pena a leitura:
https://amenteemaravilhosa.com.br/6-coisas-pelas-quais-nao-nos-justificar/ 

Hoje fui breve, era só um pensamento que me ocorreu. 

Fim
Carol Brunel





domingo, 25 de fevereiro de 2024

Chuva!

 A chuva sempre foi uma inspiração. 
Desde os tempos do meu quintal verde escuro e daquela janela, onde eu via árvores e natureza. 

Hoje chove, e com a chuva surgem milhares de pensamentos. Chove e eu parei por um momento.

Enquanto escrevo essas palavras, busco dentro de mim sentidos. Apenas sentidos. Não busco mais respostas de nada. Já entendi que a vida é um eterno "porquê?"... E nunca vamos saber os reais motivos de muitos acontecimentos a nossa volta. Na verdade, não temos certeza de nada, nem do agora e nem de como é do outro lado da vida. A gente tem ideias e suposições. A gente tem o que nos disseram e aquilo que acreditamos. A gente não tem nada concreto. Nunca vai ter.

Foi essa concepção que me fez parar de planejar tanto o futuro. De pensar tanto no amanhã. De ficar pensando no que vou fazer na semana que vem. Eu posso mudar de ideia. Eu posso mudar os planos. Eu aprendi a lidar com o "sabor" daquilo que não é esperado. Até acho que coisas não planejadas muitas vezes são mais divertidas do que aquelas que a gente fica sonhando. Não vejo problema em mudar de ideia, em desistir de fazer algo que eu estava com vontade, mas dias depois não estava mais. Em fazer um plano e depois pensar: não quero fazer isso não. Acho que viver ansioso com o depois é deixar de sentir o agora...

A chuva me faz lembrar do quanto eu gosto do meu silêncio. Do silêncio da mente. De estar só, não de solidão, mas de solitude. Estar comigo, no meu mundo, imersa em mim. Do quando eu gosto de estar em paz. De não precisar: falar demais, explicar demais, justificar demais. De ouvir apenas minha voz ecoando na minha mente. De sentir somente a minha presença enquanto vejo a chuva cair. De conectar os meus pensamentos, as minhas verdades, os meus desejos, as minhas vontades. Sem ter que satisfazer nada e ninguém. Sem essa necessidade maluca que nos impuseram de que temos que preencher outros espaços. Não, não temos! 

Somos únicos. Somos nossos. Nos pertencemos acima de tudo. Mesmo quando somos filhos, irmãos, esposos, esposas, namorados, namoradas, amigos, amigas... ainda assim somos nossos! Não pertencemos ao outro. Não temos que preencher seus espaços. Viemos a esse mundo por nós. Para nós. Para nossa própria evolução. 

Compartilhar é uma soma de dois inteiros e nunca uma soma de duas metades. 

A chuva me faz lembrar de como eu amo minha companhia, meus momentos, meu lugar de existir. Me faz sentir a paz de poder respirar minha liberdade. Sentir e pensar o que eu quiser. Ficar em silêncio. .. Ah o silêncio! 

Eu realmente tenho certeza que não nasci para pertencer aos outros, para preencher vazios ou lacunas. Eu não nasci para ser enjaulada em ideais e expectativas. Eu amo tudo aquilo que é natural, singelo, simples, despretensioso. Dar naturalidade às coisas e deixar a vida acontecer sem pressa é a coisa mais gostosa que existe. Pena que muitas pessoas ainda vivam dentro de uma caixa de expectativas. Idealizando coisas e pessoas.

Tudo o que flui de forma natural, fui melhor. Como um rio, que corre naturalmente porque sabe que vai chegar ao seu destino. 

A natureza aliás nos ensina o tempo todo, a gente é que não percebe. A chuva que cai lá fora, vai alimentar as plantas, os rios... que vão alimentar as aves, os insetos, os anfíbios, os peixes, os mares, as lagoas. E depois vem o sol que também alimenta da sua maneira. E a vida é assim, ciclos, dias diferentes, momentos. Não dá para esperar que tudo seja sempre igual.

 A chuva me faz pensar que eu sou essa balança. Meus dias não são todos iguais. Eu não estou sempre alegre, nem sempre triste. Não estou sempre falante e nem sempre calada. Há dias que eu só quero estar comigo. Há dias que eu quero me doar. Há dias que não quero conversar. Outros quero conversar muito. Tem dias que quero ver o mundo. Outros prefiro o aconchego. Há dias que estou mais gélida e em outros transbordo amor. Às vezes quero riso frouxo, outras vezes quero seriedade. Eu não sou o tempo todo um robô. Minha balança também se desequilibra (é claro).  

Quando algo, ou alguém, desequilibram minha balança, eu tendo a recuar. Eu não me sinto confortável perto de situações que causem angustia, ansiedade, medo... ou situações que despertem meus "traumas". Para mim, assim como para a natureza, tudo tem que ter limite. Se chove demais atrapalha o ecossistema, sem tem sol demais também. É o equilíbrio que torna tudo bom. E excessos não são bons, em nenhum lugar.  Excessos sufocam sempre. Excessos escondem sempre faltas (pessoais) de algo... 

Libriana que sou! Preciso estar em paz. Preciso sentir tranquilidade. A chuva lá fora me trouxe paz. 

Domingo de paz! Chuva! E chuva de pensamentos...

FIM
Carol Brunel


sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024

Sobre relacionamentos saudáveis e crenças limitantes...

 ... Fim de tarde... Momentinho de reflexão...

         Por muito tempo eu tive aquela visão distorcida (que muitos de nós temos) de que relações eram complicadas, que o amor era dolorido, que o amor tirava a nossa paz. Essa coisa toda de “ter que suportar” tudo. O amor vai te fazer sofrer. O amor vai doer.

Com o passar dos anos eu fui descobrindo que não! Que tudo isso não passava de uma grande balela da minha mente e da sociedade. O amor não tem que tirar tua paz, não tem que te deixar ansioso, não tem que ser turbulento, não tem que trazer dor, desgastes constantes, dificuldades. O amor tem que ser leve na maioria das vezes. Tem que trazer aquela calmaria de dormir e acordar em paz. Sem cobranças excessivas, sem pressão psicológica, sem sufoco, sem alguém querendo controlar seus passos.

E não... eu não estou dizendo que você vai se relacionar com um CLONE, ou que você vai viver uma relação arco-íris, conto de fadas, sem brigas, sem chatices, sem discordâncias. Não é nada disso! Até porque é humanamente impossível isso.

Mas a maioria de nós acha que é impossível viver uma relação estável, confortável e calma. Porque grande parte das pessoas associou (em algum momento da vida) por influências externas e internas, por aquilo que viram nos filmes, novelas, etc... a ideia de que o amor é difícil e complicado. Que é uma LUTA.

Ficamos querendo sempre que os outros caibam dentro das nossas expectativas. Do nosso universo: “ele tem que ser assim, ela tem que ser assado”. Acontece que as pessoas são diferentes e precisam de coisas diferentes para se sentirem felizes. É simples de entender. Ninguém vai se sentir feliz do mesmo jeito. E ninguém vai ser feliz tendo que caber nas expectativas do outro. Então a gente tem que saber aquilo que a gente quer e gosta. Se alguém não se encaixa nas nossas expectativas? Meia volta e toca o barco! Porque forçar a barra? Querer que o outro mude a qualquer custo e seja aquilo que a gente espera? Não faz sentido!

No fundo somos cheios de crenças limitantes e REGRAS. Regras para tudo. Estava lendo sobre relacionamentos saudáveis e crenças limitantes, e um dos textos falava que muitas das cargas emocionais que nos dificultam são coisas registradas e guardadas da infância. Tipo o arquivo geral da nossa mente.  Dos exemplos que vivemos, das coisas que vimos na infância, e até mesmo de questões que trazemos em nosso DNA (Vovô, Vovó, papai e mamãe talvez não eram tão bons assim...)

 “Todos nós possuímos diversas crenças que nos protegem e nos trazem benefícios em determinadas fases da vida. O problema é que algumas crenças nos trazem consequências negativas ou nos limitam em determinadas áreas da vida”.

 As crenças disfuncionais são aquelas que causam sofrimento físico e/ou mental. São caracterizadas por modos de pensar que te fazem enxergar a realidade com um olhar distorcido, pessimista e autossabotador” (Julio Furlaneto – psicólogo)

 E nada disso que estou escrevendo é só coisa da minha cabeça não, tem diversas pesquisas de terapeutas, e estudiosos que falam sobre isso, basta dar um Google aí que vocês vão ver. Aliás sempre recomendo leituras de terapeutas.

Vemos por ai crenças limitantes e relacionamentos abusivos as pencas. E as duas coisas juntas são desastrosas!

Fato é que a certa altura do campeonato, na vida, você vai querendo cada vez MENOS viver coisas complicadas. Você vai querendo apenas a paz de ser você mesmo. De estar tranquilo. De dormir em paz depois de um dia de trabalho. A solidão é melhor do que qualquer relação que te tire a paz, o sossego, que tolhe a sua característica de ser. A certa altura da vida, você já não tem mais paciência para desgastes inúteis, “mi mi mi”, discussões constantes. Ficar sendo colocado a prova constantemente? Nem pensar! Eu não quero provar nada para ninguém, nem para mim mesma. Nem quero ter que caber em planos que não são meus. O amor se não for para ser leve. Nem tem que ser.

Eu hoje tenho plena certeza do que eu quero e não quero. Lembro que um dia, tempos atrás, eu conversei com o UNIVERSO (ou com Deus, chamem como quiserem) e eu fiz uma promessa a mim mesma de que nunca mais queria viver: relações controladoras (com pessoas controladoras/possessivas), relações limitantes, relações com cobranças excessivas, ameaças, chantagens, dissimulações. Características essas de relacionamentos TÓXICOS E ABUSIVOS. (Dúvidas sobre: vai no Google de novo).

Se não for para ser leve, que não seja! Se não for para viver em paz. Tô fora! Antes só do que mal acompanhada. Antes só do que viver no caos de uma relação que te rouba, te definha, te tira a alegria.

Por isso, minha dica de hoje é: não deixe que ninguém te roube, te limite, te sufoque, te tire do seu lugar. Se tiver que escolher, escolha sempre a SUA PAZ!

 
Fim
Carol Brunel
23/02/2024






Esse texto é interessante e resolvi deixar ele aqui para complementar:

https://www.psicologofurlaneto.com.br/crencas-limitantes-relacionamentos/

 

 

 


sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

"Essas coisas que eu sinto"

Essas coisas que eu sinto.
E me atravessam como labirinto.
Estou aqui, olhando as estrelas.
Em cada uma delas tem olhar.
Estou aqui, tocando sonhos.
Tocando o que queria tocar.
Estou aqui, vendo os planetas.
E tudo que existe em algum lugar.
Essas coisas que eu sinto.
Imensidão em mim. 
Que viram poesia. Viram canção.
Oceano de emoção.
De um universo a transbordar. 
Essas coisas que eu sinto...


Carol Brunel

(Escrito
postado hoje / resgatado de 03/02/2024 à noite)


quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Mais um pouco de PAZ

Eu estava concentrada fazendo várias tarefas, sem parar se quer para respirar. Enchi minha mente de atividades. Isso me afasta da ansiedade. Me desliga do que é ruim. Me faz ficar focada. 

Então eu tive uma sensação de paz, que foi invadido meu coração como um grito de alivio que diz: "vai ficar tudo bem". Parei tudo o que estava fazendo, pois senti que precisa escrever. Escrever é minha grande terapia. Senti que precisava falar dessa sensação de calmaria que me tomou. E por um instante eu consegui sorrir. 

Não! Não estou falando de sorriso de rosto. Estou falando de sorrir por dentro. Sorrir de alivio no peito. 

Outro dia estava conversando com uma pessoa, falamos sobre coisas da vida, decisões difíceis e essas coisas todas que circulam a vida de qualquer pessoa. Falamos sobre as fases da vida, às diferenças de pensamento no avançar das idades (20, 30, 40 anos e por ai vai...)

Falamos sobre amadurecimento, sobre essa coisa de não sabermos direito o que estamos fazendo quando somos mais jovens, de não tomar as melhores decisões. Da falta de coragem, ou da sensação de estarmos perdidos. De olhar para trás e pensar "puts eu teria feito diferente se fosse hoje". E, às vezes, essa sensação segue com a gente mesmo com o passar dos anos. A gente vai indo e carregando tantos "e se?".

Conversamos sobre essa coisa complexa que é a vida, e ao final chegamos a mesma conclusão: "tudo o que for para ser, será". Acredito muito que as coisas estão destinadas. Que não existe acaso. Que o que aconteceu ou acontece é exatamente o que tinha que acontecer, como tinha que acontecer.... E a gente aprende, cresce, evoluí.

Aprendi com o tempo, que melhor do que é amar, é amar com liberdade. Amor é liberdade! Liberdade de ser quem você é.... viver sem medo. Viver leve. Não se sentir preso. Vigiado. Sufocado. Perseguido. Sufoco não é amor. Amor é um "estar por vontade". Não por medo. 

Ontem ainda li algo sobre isso (embora o autor é contraditório, mas afinal quem não é).

E nesse exato instante essa conversa que tive surgiu na minha mente, como se uma voz soprasse em mim dizendo: "fica calma, tudo vai ficar bem, tudo o que for para ser será". Tudo tem uma razão de ser. De vir e de ir. 

Senti a paz. Fiquei em paz. 


Carol Brunel

08/02/2024


PAZ

Estou ouvindo canções de paz. 
Sinto a paz entrar no coração. 
Peço que ela fique então.
Raio de sol, luz, clarão. 
Estou sentindo a paz lá fora.
Irradiando a vida de agora.
Levando embora escuridão. 
Passado é o que fomos.
Presente é o que somos. 
Futuro é uma grande ilusão.
Estou sentindo alívio de alma. 
E essa paz que acalma. 
No soprar do vento...
A tempestade vai embora. 
Liberta as palavras. Os sufocos.
Estou ouvindo canções de paz. 
Quero a paz. Seguir em paz!
Só a paz!



Carol Brunel
08/02/2024





segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Não existe fórmula mágica para viver!

... Nem sempre eu sei como processar as coisas direito. Tenho confusões mentais cruéis. Mas, afinal quem é que sabe processar tudo direito? 

Quem tiver fórmulas mágicas da vida, favor compartilhar. 💖

Não! Eu não estou falando dessas fórmulas mágicas que "se vende" na internet, nem essas que milhares de "influencers" dizem conhecer. Eu me refiro a fórmulas reais. Fórmulas realmente mágicas que digam: esse é o caminho certo. Só vai!!!

Como saber se estamos mesmo no caminho certo? Se fizemos as escolhas certas? Se nossas decisões são boas? Como ter resposta para tantas perguntas que barulham em nossas mentes? Quem é que não queria ter certeza de que suas escolhas foram assertivas e de que o melhor a ser feito é o que estamos fazendo...

Quem é que não gostaria de voltar atrás e ter feito diferente alguma escolha? 

A vida é mesmo essa incerteza constante. É lidar com o medo sem saber como será o amanhã. É esbarrar em si mesmo. É perguntar-se tantas vezes: e se eu estiver fazendo tudo errado? 

Não! Ser humano nenhum tem essas respostas. Talvez o que a gente precise, seja apenas lidar com as nossas escolhas. Aprender a ter responsabilidade sobre aquilo que decidimos e compreender que quando fazemos uma escolha, algo ficará para trás. 

Algo será deixado no passado. Algum rumo da nossa história será alterado, talvez para melhor, talvez não. Talvez ficará sempre aquela pergunta: "e se eu tivesse tentado?"

Talvez a gente leve ao longo da vida alguns arrependimentos, alguns dissabores, algumas dores. E vamos continuar não sabendo processar direito algumas coisas. Lidar com sentimentos não é tão fácil quando dizem nos livros de psicologia ou nas sessões de terapia. Não é tão fácil quanto nos aconselham os amigos em nossa volta: "faça isso fulano (a)"... "o certo é você ir por aqui". 

Quem sabe o que certo ou não para nós?

Precisamos seguir, apesar das tristezas, dissabores, tropeços e tanta dúvida que a vida traz. Algumas respostas virão, outras jamais serão respondidas. Talvez a gente nunca esteja de fato, pronto para a vida. 

Algumas lembranças, algumas histórias, alguns "e se..." sempre vão nos rodear. 
E não tem mesmo fórmula mágica, nem magia, nem ninguém, nem nada que diga: "esse é o caminho certo"... então na dúvida...❤




Carol Brunel
05/02/2024



domingo, 4 de fevereiro de 2024

Pensamentos dos 40 anos….

 Ouvindo minha canção favorita… e pensando 💭 sobre coisas da vida. 

Quando eu era mais jovem, vivia comparando minha vida com as de outras pessoas. Olhava redes sociais e pensava: fulano é mais feliz. Aquela coisa de parecer sempre que a grama do vizinho é mais verde. Ficava pensando que todo mundo era mais feliz. Que bobagem… 

Que grande besteira… 

Com o passar do tempo fui percebendo que o mundo lá fora é uma grande ilusão. Tá cheio de gente infeliz frequentando festas. Tá cheio de casal infeliz postando foto e fazendo declaração de amor. Tá cheio de gente que vive rodeado e não é feliz. Assim como tem gente solitária e infeliz. Tudo lá fora parece incrível e perfeito. 

O mundo das festas e bebidas alcoólicas é uma enganação. Quase todo mundo ali está vazio…

Tá cheio de gente infeliz fingindo felicidade lá fora, mas quando chega em casa leva consigo o mesmo vazio. É que vazio de alma nenhum será preenchido por alguém ou algo… só será preenchido pela gente mesmo. 

Tem tanta gente procurando a felicidade lá fora, mas no fundo a felicidade está dentro. Ela mora no pouco e não no muito. 

E eu não to falando que não precisamos uns dos outros. Que não precisamos compartilhar. Compartilhar é uma das coisas mais gostosas da vida. Mas hoje eu prefiro qualidade do que quantidade. Prefiro poucos e bons do que muitos. Não sinto necessidade de socializar com o mundo lá fora o tempo todo. Embora eu goste de socializar em coisas específicas. Acho que todo excesso esconde uma falta. Isso serve para: bebidas, drogas, relações amorosas, amizades… 

Mas isso não dá para ensinar, ou a gente aprende por si só, ou a vida nos força a aprender. Embora tem quem nunca vai aprender… e vai passar a vida preenchendo seus vazios no lugar errado. 

Quando eu era jovem eu achava que expor minha vida amorosa lá fora era mostrar que eu era feliz e realizada. Ai eu descobri que podia ser feliz e realizada vivendo uma vida tranquila, mais off e menos exposição. Vocês precisam descobrir como é bom não dar IBOPE… 

É bom demais amar e ser amado. Mas hoje eu não vejo o amor como via antigamente. Aquele romance todo de filme. Presença constante. Compartilhar tudo o tempo todo. Acho que isso é até um pouco “platônico”, doentio e cansativo a longo prazo.

O amor está bem longe de ser um conto de fadas. O amor precisa, sobretudo, de leveza e de paz. Eu não penso que o amor precisa de grandes eventos. Hoje eu penso que o mora nos pequenos detalhes. No olhar, no beijo de bom dia, em um papo no café da manhã, no aconchego no sofá, no carinho em silêncio, no respeito ao espaço do outro, ao tempo do outro, no entendimento das diferenças. Em saber que: toda relação tem suas fases. E que tudo é construção. Não dá para pular e atropelar etapas. 

Eu vejo tudo de um jeito diferente… totalmente diferente de quando tinha 20 ou 30 anos. Eu gostaria de ter a cabeça de agora quando eu tinha 20 ou 30 anos. Eu teria feito muita escolha diferente, teria entendido tanta coisa. Mas tudo bem, eu precisei aprender e enxergar as coisas de outra forma conforme o tempo passou. 

Eu não posso voltar atrás e fazer tudo diferente. Mas eu tenho certeza de que estou fazendo o melhor que posso agora. Dentro das minhas possibilidades e do universo que eu acredito. Pode ser que ninguém se encaixe no meu universo. E está tudo bem… eu não quero que o mundo pense e sinta como eu sinto. 

Eu quero compartilhar a vida e o amor com leveza. E que o amor traga mais paz do que caos. 


Fim 

Carol Brunel