segunda-feira, 24 de abril de 2023

Nuvens Negras

 
Nuvens negras em um céu azul.
Não tão bela a luz do sol.
Almas perdidas na escuridão.
Não tem cor nas cores.
Vagam sonhos na imensidão.
Mascarando todas as dores.
Horas, minutos, segundos...
Esperando uma doce ilusão.
De que viver é sempre bom.
Nuvens negras...
 
Fim
 
Carol Brunel
24/04/2023




AMOR E DOR

 
Eu falo de amor!
Eu falo de amor...
Eu também falo de dor.
Eu também escrevo a tristeza.
Tão certo quanto a beleza do existir.
É sentir o peito rasgar.
Quem nunca sofreu afinal?
Sentir muito é se doer inteiro.
Sentir muito é mágico e forte.
Sendo assim...
Seguirei falando de amor.
Eu falo de amor...
Eu sinto amor!
 
 
Carol Brunel
24/04/2023


(escritos)



domingo, 23 de abril de 2023

Maturidade

 Há quem pense que a idade não traz maturidade. Grande engano. Quem diz isso quase sempre é jovem tentando esconder a verdade e parecer maduro (ou gente imatura que acha ser superior). A idade não só traz maturidade, como traz experiência de vida. Responsabilidade com as próprias atitudes. 

A maturidade nos faz reconhecer os próprios erros e assumir nossas imperfeições. A maturidade cria diálogos saudáveis e não brigas intoleráveis. Maturidade é saber ouvir quando algo incomoda… ser empático, sabendo que tudo é uma via de mão dupla. Eu não posso esperar empatia e não ser empático. 

Gente madura não se esconde. Não faz joguinhos sentimentais. Não vive em cima do muro. Não tá sempre mudando de ideia. Gente madura entende que nem tudo é lindo, maravilhoso, incrível. Mas faz o melhor possível… e busca evoluir! 

O resto é falácia! 


Carol Brunel 

23/04/2023 



(Também tem adulto imaturo: são almas que negam a evolução)

domingo, 9 de abril de 2023

UMA REFLEXÃO SOBRE: RELAÇÕES AFETIVAS DESCARTÁVEIS


**Antes de mais nada, isso é uma reflexão, um pensamento... e cabe aqui interpretação** Acho que inclusive que já escrevi sobre isso antes. Em algum momento. Mas vamos lá... again...

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Eu acho bizarra a maneira como as pessoas agem nas relações afetivas hoje em dia... E resumindo (de modo geral) é tudo tão banal e superficial. Se eu faço o que o outro quer, se eu concordo com ele, se eu digo sim... “ok! eu te amo”... Agora experimenta só discordar do outro, ser contra uma ideia, um conceito, um desejo do outro, experimenta dizer “não”....  “Não! Você não serve para mim... Porque você me afronta”.

É meio que uma situação egoísta (da parte alheia) onde as relações são baseadas no quanto você é capaz de andar na linha do outro, esquecendo da sua própria individualidade, da sua própria maneira de pensar, dos seus próprios desejos. Onde a sua história e sua essência são ignoradas.

As relações parecem uma competição, onde ambos ficam tentando defender seus pontos de vista a qualquer custo (e um deles sempre acha que tem razão). É disputa de egos, e vence quem?!

...Percebo como as pessoas amam e deixam de amar na mesma velocidade com a qual trocam de roupa, agindo como se os sentimentos daqueles com as quais se envolvem fossem  descartáveis. Sentimentos esses, que são nutridos pelas próprias pessoas que depois o banalizam.

Em um dia fulano (a) tá lá, falando coisas de amor, no dia seguinte. “Ah não espera, é que você agiu assim, então não quero mais sabe... porque você tem que agir como eu quero e dizer só o que eu quero ouvir”.

“Eu te amo, mas como você disse isso, eu não quero mais”. E baseadas nisso tomam decisões unilaterais, sem dialogo, e sem inclusão.

Fazem isso em um estalar de dedos, sem pensar nas feridas que causam. Sem pensar em nada. Agindo como se tudo não tivesse passado de um grande engano, uma brincadeira qualquer, uma diversão...

O tal do foi bom enquanto durou.... ou “não deu certo porque FULANA (O) é assim... assado”... porque é claro que a culpa é sempre do outro. Nunca é nossa, porque nós somos perfeitos, não é mesmo?! A gente só acerta! (contem ironia)

É mais fácil arrumar uma desculpa esfarrapada para vazar de uma relação que você mesmo nutriu... do que assumir: “eu sou um (a) grande filha da puta que não sabe amar e brinco com os sentimentos dos outros”.

Há quase 20 anos, o sociólogo polonês Zygmunt Bauman cunhou o hoje amplamente difundido termo “amor líquido” para retratar o modo como estamos nos relacionando. Esse conceito de amor é pensado a partir da lógica dos bens de consumo: a relação só é preservada enquanto trouxer satisfação e utilidade instantânea, se não, é rapidamente substituída por outra. É um amor frágil que paira sob a eliminação imediatista e a ansiedade permanente e que dificilmente constrói relações duradouras”

Parece que as pessoas não sabem mais lidar com as diferenças. Elas esperam que o outro seja exatamente um clone, que diga amém e concorde com qualquer ideia. Parece que as pessoas não entendem mais que relacionamento não é e nunca será um “mar de rosas” onde você vai viver flutuando em campos de flores, com nuvens coloridas, pôneis e arco-íris.

Porque se você quer mesmo viver algo duradouro, vai ter que lidar também com o “pior” do outro. Eu estou falando dos defeitos mesmo. Das diferenças. Dos ideais. Do universo diferente de cada um. Inclusive com as discordâncias que vão surgir (e elas vão).

Se você quer mesmo viver algo duradouro, e se existe mesmo amor de verdade, você vai ter que aprender a relevar algumas coisas. Vai ter que entender que nem sempre vocês vão estar alinhados, mas que de uma maneira geral a relação tem muitos pontos positivos, amor, carinho, tesão... e que o fato de não acordarem em algo, não é o fim do mundo, nem o fim da linha.

Se você quer mesmo viver uma relação MASSA, com amor, carinho, troca, compreensão. Você vai ter SIM que passar por cima de uma coisa ou outra. Saber conversar. Se você quer mesmo viver algo verdadeiro, não vai ser agindo como um menino fujão que quando “perde” pega a bola do campinho e leva embora.

Ou será que você acha que esses casais instagrameáveis são casais zero problemas?

Segundo Camilla Couto, orientadora emocional para mulheres, com foco em relacionamentos, pelo contrário: “se relacionar é uma construção diária que requer parceria, uma boa dose de paciência e de abertura para compartilhar, ceder, acolher, debater e aprender”, explica.

 Para Camilla, em primeiro lugar, relacionamentos e amores não vêm prontos, são construídos diariamente e não da noite para o dia.  Segundo, não se conhece alguém, de fato, em uma ou duas saídas. Terceiro, não existem pessoas perfeitas. E, por fim, os relacionamentos, assim como a vida, são constantemente inconstantes

Agora se você só quer se divertir. Brincar com os sentimentos dos outros. Culpar o outro por não ter dado certo. E sumir no primeiro desentendimento. Primeiro: você não quer amor, você quer diversão... você não ama, você machuca!



Se alguém quiser ler mais e refletir um pouco sobre... tem esses artigos bem legais: https://gamarevista.uol.com.br/semana/o-que-e-descartavel/relacoes-afetivas-descartaveis/


https://www.uol.com.br/universa/noticias/redacao/2021/03/01/ghosting-ele-sumiu-e-me-deixou-sozinha-na-noite-de-ano-novo.htm

 

Fim

Carol Brunel

09/04/2023

[18:33]