quinta-feira, 30 de abril de 2020

Conversas informais e textos

Estava conversando com uma colega, agora pouco, contei a ela sobre meu “Insight” matinal e contei como muitos deles viram textos. Trocamos umas ideias legais sobre a vida… (eu adoro conversar) e ela disse umas coisas que ficaram martelando na minha cabeça. Às vezes em papos informais surgem ideias para escrever.

Uma das frases que minha colega usou era: “Muitas vezes a gente tem vários elementos que justificam uma mudança em nossas vidas”. E é verdade. Às vezes, somos nós quem fechamos os olhos. Fingimos não ver. Colocamos barreiras e obstáculos em nossas próprias vidas. “Ah mais se…”. “Ah mais isso, aquilo…”. 

Muitas vezes já temos certeza, do que nos faz e do que não nos faz felizes. Já sabemos o que gostamos e o que queremos. Temos todos os elementos possíveis e a vida fica o tempo todo tentando nos mostrar. Mas somos, quase sempre, prisioneiros do medo. 

Em nossa conversa, ressaltamos o fato de que, quase sempre, a dúvida é a nossa própria resposta. Quando a gente não sabe mais se é feliz em uma determinada situação, quando a vida já vem nos mostrando que não é mais aquilo que a gente quer, quando a gente já espera viver algo mais, quando a gente não tem certeza de que seria feliz no futuro, quando há algum tempo a gente já vem se questionando… no fundo, nós já temos uma resposta. A resposta, às vezes, está na nossa cara. 

Eu mesma, já cometi, algumas vezes o “vacilo” tremendo de não me sentir mais satisfeita, feliz, ou certa de que não seria feliz e continuei. Refém do medo. O vilão que nos rouba a vida. Refém do tempo. Paralisada na indecisão. Colocando barreiras na minha própria vida. 

Temos a terrível mania de colocar outros elementos em contraponto: tempo é quase sempre um deles. Eu e minha colega concordamos que o tempo não quer dizer nada. Que o tempo não determina se você vai ser mais ou menos feliz. 

Tem gente que passa uma vida toda “satisfeita” com o “pouco”, porque nunca havia experimentado o muito. Porque nunca havia sentido que poderia ser mais feliz. E quando se vê ao ponto de ser mais feliz. Se esconde. Se fecha. Se boicota e bloqueia todas as possibilidades em nome do que se chama de “sensatez”.

Tempo e medo! Duas combinações que quase sempre nos levam a arrependimentos. 

Não dão certo! 

Pena que a gente tenha que passar pelo pior, para aprender isso. 
Espero que você NÃO seja refém dos dois!

Fim
Carol Brunel

domingo, 26 de abril de 2020

Um brinde ao acaso

Li uma frase qualquer dessas que a gente vê nas redes sociais... e fiquei aqui pensando com meus botões...
Quanto estamos dispostos para se sentir feliz de verdade? 
Estou falando de felicidade real. Não dessa felicidade superficial que fazem a gente acreditar que é felicidade. Estou falando da felicidade que toca a sua alma, que faz o seu coração vibrar, que faz você sorrir pelos motivos mais bobos, que faz você sentir vontade de viver de verdade. Tudo bem, eu sei que a vida não é um mar de felicidade. Que momentos ruins existem. Que “a felicidade é um sentimento simples, e que a gente pode encontrar e deixar passar por não perceber sua simplicidade”. Mas que existem caminhos onde a gente se sente mais feliz, isso não se pode negar.  
Felicidade é paz. É sintonia. É amor. É carinho. É alma. É conexão. É coração. Felicidade é um olhar nos olhos. É um toque que acalma. É alento.  
Quantas vezes nos acostumamos a viver algo e achamos que aquilo/isso é felicidade? Quantas vezes passamos dias, meses, anos... esperando o dia “da felicidade” chegar? Aquela idealização que fizemos de uma vida...
Quantos de nós estão sentados na zona do medo. Paralisados no tempo... esperando pelo momento ideal... vendo a vida passar lá fora. Presos na escuridão. 
Li por aí que o tempo é o único bem real de que dispomos. Ele não volta. O tempo escorre. O tempo é agora. 
Quantas vezes a vida nos dá sinais?! Nos chacoalha. Bate na nossa porta. Esfrega na nossa cara. E não vemos. Quantas vezes as respostas para a nossa ansiedade vem em forma de amor. E a gente se esconde. Corre. Diz não. Quantas vezes questionamos o universo... e ele nos trouxe o que precisávamos. Mas ficamos atônitos. Paralisados na nossa covardia. 
Lá na frente vamos nos perguntar: “mas porque será que tudo continua igual? Por que eu não me sinto feliz?”.  Fomos nós quem fugimos. Porque é isso que a gente faz. Temos medo de tudo o que nos faz sentir de verdade. Falamos de boca cheia por ai: “eu quero ser feliz”. Mas não estamos dispostos.  
Gosto muito desse trecho de Fernando Teixeira Andrade que diz assim “Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”
Um brinde ao acaso, à magia das coisas simples, que não tem hora marcada para acontecer. A vida sempre se encarrega dos melhores detalhes. Basta abrir os olhos da alma. 
FIM
Carol Brunel
26/04/2020

segunda-feira, 20 de abril de 2020

Silêncio

Silêncio mortal.
Tudo aquilo que não é dito...
Diz mais do que se pode imaginar.
Difícil é cair na real.
Difícil é acreditar.
O silêncio fala por si só.
O silêncio diz sem precisar dizer.
Difícil é admitir.
Aceitar a derrota.
Levantar-se da lona e seguir.
Juntar os pedaços. Os cacos.
Refazer o peito dilacerado.
Criar nele um novo espaço.
Para alguém vir morar.
Silêncio mortal.
Eu morri.

Fim
Carol Brunel




domingo, 19 de abril de 2020

Quantas vezes

Quantas vezes...
quantas vezes eu tentei fugir.
Já tentei fugir de mim mesma.
Já tentei negar a mim mesma.
Já quis fugir da minha essência.
Quantas vezes eu fugi!
Já tentei burlar meus sentimentos.
Já tentei negar o que sentia.
Quantas vezes...
quantas vezes eu quis desistir.
Ir embora. Não olhar para trás.
Tanta gente não sabe.
Não sabe o que se passa dentro...
Dentro do seu coração.
Fugir é a pior negação que existe.
Fugir das possibilidades,
Das oportunidades...
É negar a vida!
É negar o sentir em nome da razão.
Descobri que para ser feliz preciso...
Coragem!
E então... estou aqui...

Fim
Carol Brunel

Imensidão


Me faço imensidão.
Acredito nos meus sentidos.
Nos instintos. No que sinto.
Sou fraca e forte.
Sou emoção. Coração.
Sou busca e sorte.
Tudo em mim vibra. Transborda.
Não escondo minhas lágrimas.
Nem as minhas alegrias.
Sou luta. Mas sei perder a guerra.
Sinto tudo com intensidade.
Se for sim, ou for não...
Me faço imensidão!


FIM
Carol Brunel

sábado, 18 de abril de 2020

Um sinal

Um sinal. Um sinal qualquer. Que me diga “sim ou não”.
Que diga “espere ou siga”. Seria muito mais fácil saber.
Mas o silêncio... o silêncio corrói...
talvez fale mais do qualquer palavra.
Talvez o silêncio diga: “se liga, vai logo...”
Enquanto nosso coração pede pra ficar.
Um sinal qualquer.
É melhor um não do que um talvez.
Porque o talvez é a dúvida.
E quem não sabe o que quer...
acaba estando não quer estar.
Acaba deixando a vida passar.
Tem aquele texto que diz assim:

Gaste mais horas realizando que sonhando,
vivendo que esperando porque, 
embora quem quase morre esteja vivo, 
quem quase vive já morreu

Eu não quero “quase viver”.
Quase ser feliz. Quase amar. Quase...
Eu quero! Preciso de um sinal.
Que me deixe ir. Ou que me faça ficar.
Porque o silêncio. Destrói.

Fim
Carol Brunel

sexta-feira, 17 de abril de 2020

Será?

Não é fácil perceber que alguns pensamentos te incomodam. Esses que insistem em pipocar na sua mente. O que está acontecendo? Como é esse instante?

Dizem por aí que a gente tem que deixar ir aquilo ou quem não está disposto a ficar de verdade. Soltar. Desprender. Dar-se uma nova chance de ser feliz.
Minha mãe diz que “cavalo encilhado não passa duas vezes”. Eu sei. Deixei muita gente legal passar. Talvez podia ter sido mais feliz do que fui... se minhas escolhas fossem outras. Talvez eu estaria melhor hoje se tivesse tido CORAGEM. Se eu não tivesse insistido em relacionamentos que já não tinham futuro.

Meu coração é assim: bobo é ingênuo. Eu vejo beleza em quase tudo. Me encanto por uns rabiscos no papel e também com as estrelas no céu. Me encanto por olhares e sorrisos.
Meu coração é assim... grande e tolo... meus sentimentos são gigantes.
Não escondo minha sensibilidade com a vida. Não tenho medo e nem vergonha de chorar. De mostrar toda a minha fragilidade... e acho que isso já é um ato de coragem.
Talvez desconheçam minha força. Não saibam tudo que já superei. Minhas lutas. Minhas dores. Minhas batalhas de vida. E foram muitas!!! Se precisar ser forte eu serei. Se for preciso recomeçar eu recomeço... do zero! Tudo de novo!

Eu não sei se estou certa ou errada. Acho que julgamentos nos maltratam demais. Não julgo o que sinto. Nem me arrependo de viver o que vivi. Me arrependo por não ter vivido mais. Gostaria que as pessoas tivessem mais coragem do que medos.


Mas não... Não é fácil perceber que alguns pensamentos te incomodam.
Gostaria que eles não viessem. Mas eles vem.
 Li por aí:

 Fique com alguém que não tenha conversa mole. Que não dê desculpas. Que não bote barreiras no que deveria ser fácil e simples. Fique com alguém que saiba o que quer e que queira agora.

Fique com alguém que te assuma. Que ande com orgulho ao seu lado. Que te apresente aos pais, aos amigos... Que segure a sua mão ao andar na rua. Que não tenha medo de te olhar apaixonadamente na frente dos outros”

Talvez seja isso! 
Quem te quer de verdade. Te quer! 
Quem não quer... te deixa a esperar... 
Será que já é hora de acordar?

Fim 

Carol Brunel 

quinta-feira, 16 de abril de 2020

Há dias que não são de sorrir



Há dias que não são de sorrir. 
A gente até tenta disfarçar alguns dissabores. 
A gente até bota um sorriso no rosto. 
Mas há dias que simplesmente não são de sorrir. 
Mesmo quando o coração tem amor. 
Mesmo quando nossa alma transborda de sentimento... 
há dias que não são de sorrir. 
A gente tenta não pensar. Faz de conta que não importa. E a verdade é que nunca estamos preparados para lidar com o medo. Com a insegurança. A gente até tenta. 
É como estar em uma guerra perdida. Um soldado ferido e desarmado. Pronto para cair. 
Você já sabe que vai perder. Você já sabe que vai morrer por dentro. Mas você fica até o fim. Por força do sentimento. Por força da sua verdade... você luta até suas forças acabarem. 
Há dias que não são de sorrir. 
Li por aí... que quem não sabe o quer, 
Não enxerga quando encontra a felicidade. 
Às vezes, perde o que poderia ser melhor. 
A vida, às vezes, te quebra. E te faz pensar:
Como posso ser tão tolo? Porque eu continuo aqui? Porquês demais não levam a lugar nenhum. 
Fato é que não dá para vencer o que vem de dentro do coração. 
E há dias que não são de sorrir. 
Como vai ser quando esses dias terminarem? 
Como vai ser quando a luta acabar? 
Como vai ser quando as forças acabarem? 
É difícil não pensar no que pode estar acontecendo agora. E agora. E depois. 
É difícil acreditar que nada vai mudar...
Depois que esses dias passarem. 
“Minhas lágrimas não caem mais... eu já me transformei em pó” 
Há dias que não são de sorrir! 

Fim 


terça-feira, 14 de abril de 2020

Sem roteiros!

“Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade
Esse é um dos meus trechos favoritos. Porque, às vezes, a felicidade está onde a gente não esperava. Onde a gente não imaginou que poderia estar. A felicidade está no inesperado. No que nasce, assim, de repente... simples e singelo, vindo lá do coração. Natural. Curioso. Novo. Puro.
Outro dia, li por ai: “se você quer ser feliz, esqueça o que lhe dizem sobre “certo ou errado, nada e nem ninguém pode te dizer o que te faz feliz. É você quem sente. Se você está em dúvida de fazer algo, pois está com medo do que vão pensar, o meu conselho é: faça! Não tenha medo, não tenha dúvidas, siga o seu coração e faça o que tiver vontade! Ninguém vai viver por você, então você tem que aproveitar a sua vida da melhor maneira possível”.
É isso. Ninguém vai viver por você. E pouca gente vai te dar a mão quando você precisar. Qualquer pessoa que te julgue... essas vão virar as costas quando você precisar. Serão as primeiras a ir embora, não importando se você está ou não feliz. Não são essas pessoas que vão te amparar nos momentos em que você se sentir só. Muitas delas só precisam de você. 
Tem gente que está na sua vida por conveniência e convivência. Poucos estão verdadeiramente. Acredite. De toda essa gente que nos cerca, pouquíssimas ficarão até o fim. Mas a gente sabe quem está de verdade. De coração. A gente sabe. No fundo a gente sabe.
Por isso, faça o necessário para ser feliz. Não tenha medo. Não tenha medo de sentir. Não tenha medo de se entregar. Não tenha medo de recomeçar. Não tenha medo de se dar uma nova chance. 
Porque a felicidade muitas vezes bateu a sua porta... e você não abriu. Não ouviu, ou não quis ouvir. A felicidade muitas vezes, tão clichê, mora ao lado. Está ali... está naquilo que vem de dentro...  longe dos padrões, longe das nossas crenças limitantes, longe da vida que a gente criou no nosso imaginário. 
Sem roteiros. 
Apenas, sendo feliz!

segunda-feira, 13 de abril de 2020

Recomeçar

O mais importante sobre a vida... é que é sempre possível recomeçar.
Outro dia li uma frase que dizia assim: “a dor do recomeço é sempre melhor do que a dor do arrependimento...”
E eu sei, pois já me arrependi inúmeras vezes por não ter tido coragem quando deveria. Por ter deixando ir embora oportunidades que a vida me deu. Por ter perdido pessoas especiais que a vida colocou no meu caminho... e eu não percebi. Não percebi porque tantas das vezes eu estava cega achando que não existia outras formas de ser feliz se não aquela que eu vivia. Porque estava presa em relações falidas... e eu já sabia disso. Mas me deixei vencer pelo medo. E lá na frente a vida me venceu. E a dor de ter me arrependido por tudo o que não vivi... me consome muito mais do que qualquer outra dor. Por tantas vezes ter ficado ponderando entre “certo e errado”.
Então lembrei “nada é errado se te feliz...”.
Mas diante de toda dor. Seja ela a mais branda ou a mais cruel. Sempre há chance de recomeçar.
Construir uma nova história. Um novo caminho. Uma nova vida.
Sempre que acreditei que nada acontece por acaso. Que não estamos onde estamos por acaso. E que talvez somos nós que não estamos enxergando direito à vida.
Não vamos a lugar nenhum por acaso. A vida quando nos vê tristes tenta nos levar felicidade.
Mas fechados não podemos receber. E às vezes nós mesmos dispensamos a felicidade.
Recomeçar... dar uma nova chance a si mesmo.
Novos amores, novos momentos. Tudo aquilo que a gente sabe. E existe!!
Talvez não teremos conexões raras e sintonias mágicas.
Mas quem sabe a gente tenha sorte?
Não é possível que a vida te quebre e depois não te “refaça”
Ela se refaz. Te refaz.
Jamais levarei comigo, outra vez, a dor do arrependimento.
Porque eu tentei. Fui até os meus limites mais cruéis.
”Arrisque-se ou veja a vida passar”...  e lá na frente conviva com a dor do arrependimento.
Eu vou assim... sem me arrepender do que eu vivi. Sem medo de ser feliz. Com coragem para seguir meu coração. Com amor. Com verdade. Com certeza daquilo que eu quero pra mim.
Recomeçar vai ser só um passo a mais. Uma dor a mais... pra superar!

Fim
Carol Brunel

quarta-feira, 8 de abril de 2020

A vida

Hoje em uma recordação apareceu esse texto de 2015. Sabe que o mais impressionante é que ele ainda faz sentido! 

A vida! 

É que a vida passa e passa depressa sabe?! E as oportunidades estão ai o tempo todo, muitas vezes ‘estampadas’ na nossa cara dizendo: “Ei? O que você está fazendo? Acorda! Já não há mais tempo para incertezas, esperas torturantes e sofrimentos inúteis”. 

Se a vida é feita de escolhas, podemos escolher entre sentar-se e esperar que a vida decida por nós, ou levantar e decidir. Decidir! 
Não se questionar tanto com “se isso, se aquilo, se talvez, se, se... se...”

Decidir é deixar o “e se” de lado e colocar um “é isso” no lugar. Decidir é seguir em frente apesar dos pesares da vida. Decidir é ser feliz. Decidir é permitir-se. 

O que não dá é para viver na dúvida. Não dá para vivermos cheios de receios que só nos travam e nos empurram para trás. Viver é uma oportunidade mágica. E a vida é boa demais para perdermos tempo com inseguranças. A vida é boa demais para desperdícios e amarguras. 

Tem uma frase de Pablo Picasso que diz: “Há pessoas que transformam o sol numa simples mancha amarela, mas há aquelas que fazem de uma simples mancha amarela o próprio sol”. 

O que estamos fazendo? Como temos visto o sol nas nossas vidas?

Não há mais tempo para viver em vão. E ficar "parado" vendo a vida passar diante dos nossos olhos. A vida nos cobra coragem e uma hora a vida nos presenteia. Só espero que a gente não esteja de olhos fechados. 

Já diria Fernando Teixeira de Andrade:
 “Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”. 

Então... Desejo que a gente não fique à margem de nós mesmos. 

FIM... By: Carol Brunel
08/04/2015

domingo, 5 de abril de 2020

Tempos pesados

Tempos pesados esses. E nós que começamos 2020 achando que seria melhor que 2019. Não esperávamos que tanta coisa aconteceria em tão pouco tempo. Talvez depois que isso tudo passar a gente saia mais forte, com boas lições e com mais humanidade. Quem sabe a gente entenda que nem todo o dinheiro do mundo é capaz de salvar uma vida. Quem sabe a gente entenda que o ódio não leva a lugar nenhum. 
Vejo tanta gente presa no “campo material”. Tanta gente presa em situações de vida, já desgastadas. Reféns do medo. Medo de viver. Enquanto isso a vida vai passando. Os dias vão embora. Dia após dia. E tem tanta gente vivendo uma vida vazia. Solitários. Achando que solidão é melhor que companhia. Mas acontece que a gente não nasceu para ser só. Se fosse para vivermos solitários, nem precisávamos existir. Não precisaríamos de amigos e nem de amor. 
Eu sei, eu sei... todo aquele papo de “amor próprio” e de gostar da própria companhia. Não é disso que eu estou falando. Estou falando de compartilhar a companhia, ao invés de ficar vendo dias, semanas, meses, anos passando... 
Enquanto nossa vida vai se tornando refém do tempo, da solidão e daquilo que insistimos em viver, simplesmente porque nós mesmos estabelecemos um padrão para nossas vidas e acabamos não aceitando nada que seja diferente daquilo que a gente “meteu na cabeça”.
Já dizia aquela canção “há tanta vida lá fora”. 
Quem sabe quando a vida voltar a “normalidade”, quando a gente conseguir se restabelecer (digo o planeta todo – economicamente)... a gente consiga ver a vida com outros olhos. Quem sabe a gente tenha mais força, mais amor, mais certezas do que dúvidas. Quem sabe a gente finalmente descubra o poder das presenças físicas. Quem sabe a gente perceba o amor que estava ali ao nosso lado, o tempo todo, mas a gente não enxergava porque insistia em olhar para outro lado. 
Quem sabe a gente perceba que ter alguém materializando a vida é legal. Mas ter alguém que vive muito mais do que “ter” ... é mais legal ainda. 
Tempos pesados esses. Mas como tudo na vida. Toda dor. Toda tristeza. Todo mal. Vai passar! Vai passar. E eu espero, que a gente possa enxergar!
FIM
Carol Brunel
05/04/2020