quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Liberte-se!!

  

Você já teve a sensação de não se reconhecer mais? De olhar para você mesmo e não se identificar? De se olhar no espelho e ver um rosto amargurado?

 

É como se o tempo tivesse feito você perder sua essência... E o seu verdadeiro “eu” tivesse sido engolido pela “necessidade” de aprovação. Aprovação das pessoas que te cercam e das que não cercam também.

 

Você já teve a sensação de estar se tornando uma pessoa amarga, mal-humorada, cansada? Como se seu senso de humor e seu sorriso tivessem sido inibidos.

 

Você já se sentiu cansado de tantas críticas? De tantos julgamentos? De sentir o tempo todo que você precisa de postura. Ser coerente com aquilo que esperam de você. Estar de acordo com as aceitações do outro.

 

É tão cansativo viver assim. Desgastante e infeliz.

 

Eu estive me sentindo assim nos últimos tempos... e percebi como isso foi me amargurando. Ofuscando meu brilho... me tornando infeliz. Aos poucos comecei a perceber que eu não era mais eu. Eu era apenas um idealismo. Um anseio alheio. E com um receio constante de ser eu mesma... De rir das minhas besteiras. De falar coisas tolas. De poder brincar. De me sentir livre. Livre para ser quem eu sou. Livre para sorrir sem ser julgada por estar sorrindo demais.

 

As pessoas o tempo todo te julgam. Você não pode estar feliz demais. Você não pode sorrir muito. Você não pode se sentir bem. Você não pode ser feliz...“ah ela tá muito feliz, tá acontecendo algo”. Então quer dizer que as pessoas não podem simplesmente sentirem-se bem? Então quer dizer que as pessoas não podem ser felizes? Então quer dizer que ser feliz é apenas sinônimo de estar acontecendo algo?

A felicidade reside em tantas pequenas coisas.

 

Quando você percebe que está triste... É difícil se libertar. É difícil dar a cara à tapa, virar a mesa. É difícil encarar de frente todos os julgamentos que virão. Todas as novas críticas, fofocas, falácias. Mas você precisa fazer. 

 

E é ai você resolve se reconectar. Ser você mesma de novo. Se aceitar do jeito que é. Rir das velhas bobagens. Sentir prazer nos velhos hábitos abandonados.

 

Há poucos dias tenho sentido essa conexão retomar. Aos poucos me sinto eu mesma de novo. Me sinto aquela Carol mais leve, risonha, brincalhona.... Que sim, eu era e SOU, mas que estava travada por tantos olhares e dedos apontados. 

 

Muitas das pessoas que próximas a mim, não me conhecem de verdade. Não sabem quem eu realmente sou. Talvez porque elas tentaram me moldar. Talvez porque elas não foram abertas o suficiente para me aceitar do jeito que sou, ou simplesmente porque não souberam me notar. 

 

Eu não sou, e estou longe de ser quem eu vinha sendo. Eu não sou essa pessoa infeliz e amargurada que me tornei... E a culpa é minha. Eu permiti ser controlada, ser tolhida. Eu mesma fui ofuscando meu brilho, em todas às vezes que aceitei menos do que deveria aceitar. Em todas às vezes que abaixei a cabeça para as censuras, ou que fiquei refém da opinião do outro.

 

É muito bom sentir-se vivo. É muito bom voltar a sorrir. É muito bom sentir sua essência voltando. O seu eu, aquele que sempre existiu, mas que estava ofuscado, apagado, triste.

 

Eu não quero aceitar na minha vida, nada, nada, nada, nada que apague a minha luz. Nada que me limite. Que me defina. Que me impeça de ser quem eu sou. Que não me deixe sorrir. Que me não deixe ser engraçada e divertida. Danem-se as censuras, os julgamentos, as opiniões.  

 

É tão boa a sensação de voltar a sentir sua identidade... Quando você volta a se encontrar. Tudo o que você mais quer é voltar a sentir. Sentir sua própria essência. É tão bom sentir livre, bem consigo mesma. É tão bom sorrir sem preocupar-se com o que vão pensar. 

 

Que eu nunca mais quero viver nada que me limite. Que me ofusque. Que me roube de mim. Eu só quero o que me faça crescer. Ser mais. Ser melhor. Ser maior. Eu só quero o que me impulsione.

 

 

FIM

Carol Brunel

14/10/2021