terça-feira, 27 de setembro de 2011

EU...

Eu não sou filósofa.
Mas, faço minhas filosofias.
Eu não sou poeta.
Mas, escrevo umas poesias.
Eu não sou escritora.
Mas, tenho minhas teorias.
Eu não sou cantora.
Mas, canto umas melodias.
Não tenho bateria,
Mas, tenho um violão.
Não tenho paciência,
Mas, tenho um coração.
Eu não sou médica,
Não sou perfeita,
Não sou Amélia.
Eu sou Carol,
Sou da rua.
Mas, não da sua.
Eu sou da vida!
Não sou dona da verdade
Mas, falo com sinceridade.
Eu não sou tão doce,
Nem tão sofisticada,
Nem tão do bem...
Sou apenas um EU,
Que ama de verdade!

Carol Brunel

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

IMPACIÊNCIA

Tristeza é igual alegria.
Fica do lado de alguém triste que te contagia.
E tem dias que não tenho paciência para tristeza,
nem para gente deprimida.
Do tipo que reclama de tudo e faz de um pequeno problema um problemão.
Tudo bem que a vida nem sempre é boa,
que o mundo não é um mar de rosas,
que todos têm altos e baixos.
Mas, hoje é um dia que estou sem paciência para mau humor.
Eu quero é ver gente bem humorada e dar umas risadas.
Eu gosto de gente alegre.
Dessas que conseguem me fazer sorrir todos os dias.
Hoje eu to sem paciência para amarguras.
Hoje eu não sou uma boa pessoa para desabafos.
Talvez nem mesmo uma boa companhia para os deprimidos.
Mas, se quiser dividir umas risadas comigo eu to topando.
Ah! Eu sei! Os problemas, as preocupações (pré-ocupações).
Tudo bem! Eu respeito e até entendo!
Não sou insensível como pensam. Tenho coração.
Eu só não to com saco pra reclamação.
Eu to querendo é relaxar e esquecer o mundo lá fora.
Então se quiser companhia para um bom vinho,
Para olhar as estrelas e curtir um som na sacada.
Chama-me!
Perdoem-me os tristes.
E desculpem meu jeito sincero de ser.
Não escrevo isso para alguém especifico.
Escrevo de modo geral e caiba a quem quiser.
Escrevo por que as palavras e os pensamentos me consomem.
Escrevo por que a vida não para, nem a canção...

E FIM...

CAROL BRUNEL




terça-feira, 6 de setembro de 2011

APESAR DE

Eu gosto quando as emoções se misturam todas, se confundem. Quando eu não consigo defini-las. Escrevê-las em meus textos geralmente ambíguos. Na verdade eu gosto de tudo que fica com um tom “será que é isso?”. É bom deixar que interpretem como queiram. Que as imaginações se criem sozinhas.

É bom quando a chuva não traz melancolia, embora o sono e a vontade de ir embora estejam presentes neste dia cinza e frio das manhas aqui do sul.
As músicas mudam na estação, as pessoas olham fixamente para suas máquinas, algumas, se quer estão prestando atenção ao que tem na frente dos olhos. Outras se movimentam de um lado para outro na esperança de encontrarem o que buscam. Movimentos da vida.

Alguns pingos de chuva gelada lá fora, muitas gotas de imaginação quente aqui dentro.
Hoje nem os pássaros cantam e nem o verde sorri. Mas, eu sim! Eu sorrio sem por quê.
Talvez por que alegria quando não se têm se inventa. Eu inventei uma para hoje. A alegria de estar vivo, apesar de...

Fazia tempo às palavras insanas não batiam a minha “porta”. Quem sabe um anjo lá do céu as tenha soprado em meus ouvidos, então acordei assim, cheia de idéias, cheia de poesia e música. Despreocupada e tranquila.

Tem gente que não suporta a idéia de ver o outro feliz. Tem gente que não tolera a idéia de ver alguém usando seus dons. Essa gente pequena e mesquinha que perde tempo se preocupando com o que o outro faz ao invés de buscar coisas produtivas para fazer. Talvez nem sejam tão “desocupados” assim, apenas não sabem se ocupar com coisas boas. Preferem se ocupar de banalidade e críticas.

Mas, deixa para lá esses homens pequenos. Por que hoje, pelo menos hoje, eu não estou ligando para o que pensam e falam todos eles. Pois, enquanto gastam seu tempo precioso assim, eu me fortaleço. Vou montando minha bastilha aos poucos, cada dia uma pedrinha, sem pressa. Podem me derrubar quantas vezes quiserem. Eu vou levantar novamente. Vestir o meu melhor sorriso e continuar.

Ouço vozes enquanto fluem essas palavras. Não são vozes do além. São vozes reais, de pessoas reais e seria realmente incrível escutar o que todas essas mentes estão a pensar enquanto falam. Mentes agitadas em seu cotidiano que zanzam como abelhas buscando mel. Talvez algumas dessas pessoas não lembrem se quer do mundo lá fora, da família, dos amigos, da vida, do prazer. Esse prazer de viver tão desconhecido por quem se esqueceu de existir, apesar de...

Ctrl + B e eu salvo! É assim o mundo moderno. Não uso mais papéis e canetas. Mas, na vida real as pessoas continuam sendo de carne e osso. Continuam tendo dentro do peito um coração - um coração que bate e sente. Continuam desejando a mesma coisa que desejavam antes de tanta tecnologia: reconhecimento, respeito, amor, atenção, sucesso, paz.

No fundo, todos nós, presos a redes sociais, só queremos uma coisa: atenção! E como forma de chamar atenção transformamos nossas vidas em um facebook de ilusões. E o contato real, o abraço apertado, o beijo molhado, o carinho de irmão, o amor dito com o olhar, tudo isso vai se perdendo em meio a frases prontas de contatos virtuais.

Eu sei! Não era disso que eu falava no começo desse texto. Era do dia cinza que apesar de tudo não é um dia triste e sim um dia bom. Mas, afinal, quem disse que tudo precisa ser o tempo todo sequencial? Não sou máquina! Sou gente! Sou mente insana que pensa demasiadamente, que imagina tantas coisas que se pudesse revelar chocaria o mundo. Melhor não! Deixa assim, ficar subentendido como dizia a canção.

Enquanto os passos seguem, enquanto a chuva cai, enquanto o dia nasce, enquanto a noite escurece, enquanto as flores colorem, enquanto as vozes ecoam, enquanto os olhos mudam de direção. Enquanto o mundo gira... Assim vivo, às vezes buscando razões, às vezes deixando as emoções se misturarem, às vezes em meio a um problema e outro, às vezes perdendo a “linha” só para ter o prazer de encontrar o caminho de novo, apesar de...

FIM

Caroline Brunel Matias

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Um Eu

Um Eu

Minha aura é violeta.
Toda cheia de emoção.
Talvez eu seja borboleta...
Que voa sem direção.

Vejo um mundo diferente.
Cheio de flor e verdade.
Anos luz a frente.
Onde tudo é liberdade.

Sou regida por Vênus.
Também deusa da mitologia.
Deusa da beleza.
Sou força e alegria.

Meu espírito é antigo.
Eu posso sentir.
Mas, não sou do além.
Apenas vejo além de existir.

CAROL BRUNEL

Sentimentos...

Sentimentos...
Às vezes confusos e às vezes simples.
Lá estão os sentimentos...
Em todas as situações.
Na hora da ira, na hora da tristeza, na hora do amor.

Sentimentos às vezes imperceptíveis.
Às vezes discretos e às vezes intensos.
Sentimentos que fazem o coração acelerar.
Que fazem a vida renascer.
Que faz o sorriso brotar.

Talvez aquele sorriso que estava guardado.
Talvez aquele olhar que esteve escondido.

Tão abstrato quanto uma arte é o sentimento.
Que surge assim sem a gente esperar...
Sem desejar.
Lá está o sentimento...
Fazendo o coração palpitar.
Fazendo a pupila dilatar.

Sentimento...
Semente da paixão e do amor.
Flor púrpura de calor.
E assim tão ‘sem querer’ vem o querer.
De tanto sentimento que existe em um viver.

By: Carol Brunel

MEUS MUNDOS

Mundos somente meus.
Onde ninguém pode chegar.
É aonde eu vou com as canções que escolhi.
Lá não tem mais nada além dos meus desejos íntimos.
É onde eu me sinto livre. Faço o que tenho vontade.
Penso o que quero pensar e vivo o que quero viver.
Eu gosto dos meus mundos e suas fantasias.
Gosto das melodias e das cores.
Gosto do sabor de viver intensamente.
Embora, na realidade, fantasias demais machuquem.
Mas, enquanto pensam que sou louca.
Eu digo: apenas sou feliz!
Já disseram que devia me tratar.
Mas, tratar de sonhos? De desejos?
De coisas que me dão prazer?
Pra quê? Pra depois viver a mesmice dos ‘normais’?
Num mundo de iguais?
Não!
Eu quero muito mais que isso!
Quero devaneios azuis e insanidade efêmera.
Dessa que faz a gente perder o trilho volta e meia.
Sim! Só pra ter o prazer de reencontrar o caminho.
Andar sempre na linha é chato demais...
E eu sou um turbilhão de emoções num corpo só.
Tenho tantos pensamentos que as pessoas não entendem.
Talvez eu não seja daqui, talvez eu não seja de lá.
Sabe lá de onde sou.
Por que vim? Para onde vou?
Não importa!
Não quero mais explicar essências incompreendidas.
Vivo assim! A minha vida do meu jeito.
Volta e meia perdendo o rumo.
Volta e meia voando alto.
Volta e meia chorando algumas lágrimas.
Volta e meia sorrindo de alegria.

Eu e os mundos somente meus.

FIM
CAROL BRUNEL

A COISA TÁ FEIA



Não! Não está tudo bem. A coisa tá tão feia que as pessoas estão cada dia mais neuróticas e psicopatas. Vivem paranóicas e sem auto-estima. A auto-estima está relacionada ao amor próprio e é exatamente isso que está faltando às pessoas: AMOR PRÓPRIO.

Para ver a que ponto chegamos: Paciência zero! Perco a paciência vou lá e meto uma bala na cara da outra pessoa. É assim que o homem “moderno” resolve as coisas.

Ficam todos tentando seguir regras sociais. Valorizando o culto ao corpo, preocupados em seguir padrões estéticos de beleza, preocupados com a vida de artistas e famosos e desligados a respeito da vida do próprio irmão, da mãe, do pai, ou de um filho.

Falta afeto dentro dos lares. Falta carinho e respeito. É tanto apego desperdiçado em futilidades que acabamos ficando pobres. Pobres de espírito! Um mundo hipócrita de pessoas hipócritas. "Bem aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus" (Mateus 5:3)
Disse Bob Marley: É melhor atirar-se à luta em busca de dias melhores, mesmo correndo o risco de perder tudo, do que permanecer estático, como os pobres de espírito, que não lutam, mas também não vencem, que não conhecem a dor da derrota, nem a glória de ressurgir dos escombros. Esses pobres de espírito, ao final de sua jornada na Terra não agradecem a Deus por terem vivido, mas desculpam-se perante Ele, por terem apenas passado pela vida.
Somos tão dependentes e carentes ao ponto de passar o dia em redes sociais, buscando um pouco de ‘atenção’. Já dizia Renato Russo: “O mal do século é a solidão. Cada um de nós imerso em sua própria arrogância, esperando por um pouco de afeição”. E enquanto isso o sistema lucra com a problemática do mundo: a depressão.
Em alguns momentos finjo não mais ouvir comentários do tipo “minha vida está uma droga, to de saco cheio”. Por que sinceramente eu também já não tenho mais a paciência de uns anos atrás. Quando tentava dar conselhos positivos.

As pessoas não querem mais ouvir. Fecham seus ouvidos para palavras positivas e preferem a negatividade. Semeiam em suas próprias vidas o pessimismo. Usam redes sociais para divulgar frases de otimismo e amor, mas no seu dia-a-dia não aplicam aquilo que publicam em suas páginas.

Passam o dia em frente a telas de computador trocando mensagens, mas não são capazes de visitar um amigo, de conversar dentro de casa, de telefonar só para perguntar se está tudo bem, de abraçar um irmão ou de elogiar alguém.

Prova do que estou escrevendo? É simples: basta a ir a uma igreja e ver quantas pessoas estarão lá em prantos tentando encontrar uma razão para viver. Tanta gente tão vazia.

Na verdade, elas esquecem que não existe vida sem dificuldade. Que não existe felicidade sem enfrentar as batalhas. Que sem fé, sem esperança, sem pensamento positivo e sem força não se chega a lugar nenhum.

A razão para viver? É viver! E ninguém disse que seria fácil viver. Ninguém disse que não existiriam dificuldades. Mas, se as pessoas preferem viver submergidas no medo, em superstições e em paranóias. Cismando com inveja, com conspiração, com isso e aquilo, ligadas o tempo todo a pensamentos e lembranças ruins. O que fazer?

Gente! Qualquer ser humano com um pouco de racionalidade sabe que a vida é feita de altos e baixos. Que ter fé em Deus é importante para superar essas oscilações, mas que acima de tudo ter consciência das dificuldades é mais importante. Que ficar paranóico achando que a vida é uma desgraça só vai te jogar mais para o fundo.

Afinal, quem é que nunca passou por um problema financeiro? Amoroso? Familiar? Quem é que nunca teve vontade de sumir do mundo?

É absolutamente normal e vai passar. Não há vencedor sem dificuldades!

Outro dia li uma frase que dizia: “Não há nenhuma dificuldade na minha vida que não seja exclusivamente eu mesmo”. Eu imprimi essa frase e colei no meu monitor e assim todos os dias quando penso em reclamar da vida olho para essa frase e me obrigo a refletir.

Descobri que quando eu tentava culpar o mundo, sempre encontrava a mim mesma. Passei a entender que muitas dificuldades que enfrentei foram criadas por mim, pelas escolhas que fiz e as atitudes que tomei no meu caminho. E acima de tudo percebi que não adiantava nada ficar me culpando por erros e tropeços passados, que não resolvia nada ficar lamentando o que fiz ou deixei de fazer.

Esqueça os erros, só não esqueça as lições. A sua atitude positiva ou negativa também afeta as pessoas a sua volta. Uma atitude positiva atrai pessoas e uma atitude negativa repele.

Pense nisso! Põe um sorriso nessa cara, põe esperança e fé dentro do coração.
Mude de atitude! Com certeza sua vida vai mudar também.

Por: Carol Brunel

Angústia




Angústia que angustia.
Todo dia.
Corpo treme.
Arrepia.
Arde o peito.
Sufoca o sujeito.
Mata de ansiedade.
Deixa ao relento.
Canções.
Tantas canções.
E seus corações...
Que voam por ai.
Já sem onde ir.
Angústia.
Que dói e consome.
Consome e alegra.
Alegra e desespera.
Desespera e fere.
Fere como fera.
Selvagem.
Rosnando bem alto.
Em cima do salto.
Vestido colado.
Decote suado.
Matando o coitado.
De tanto esperar.
Até se cansar.
Deixar de existir.
Deixar de sentir.
Para assim partir.

FIM

By: Caroline Brunel