terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Palavras



No fundo eu sabia. Eram só palavras.
E palavras por vezes são vazias. 
Mas eu acreditei. Talvez por ingenuidade. 
Talvez por amor. Mas no fundo eu sabia. 
Tantos dias. Eu sabia... 
É difícil ir. É difícil seguir... 
e como diz aquela canção: 
Essa dor eu não desejo pra ninguém. 
Mas no fundo eu sabia... 
Eu deveria ir, mas fiquei. 
Talvez por burrice. Talvez por amor. 
Seja como for... 
Palavras não dizem nada. 
O silêncio fala. Fala alto. 
O silêncio fala mais que um olhar. 
E esse silêncio... 
Só me diz o que eu sabia... 


FIM
Carol Brunel 

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Sem título



Sol brilhou. Um novo dia nasce. 
Nem sempre o sol brilha. 
Nem sempre a vida renasce. 
E às vezes mesmo brilhando, 
ardendo e queimando... 
como um coração apaixonado. 
O sol também dói... se entristece e se esconde. 
Às vezes é melhor um nublado, chuvoso...
Como as lágrimas.
Que escorrem nosso rosto. 
E caem... 
O sol brilhou, 
mas o céu está apagado. 

Fim 
Carol Brunel 

terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Coisas de vida!



Há coisas na vida que não tem explicação. E acho que essa é a verdadeira graça de viver. Às vezes a gente tá ali, meio perdido, um pouco sem sentido, pedindo sinais ao universo… e numa dessas distrações a vida faz reviravoltas e no apresenta coisas novas. 

Acho que a vida, o universo, o poder superior, o criador, Deus, seja lá o que for, está sempre querendo nos mostrar coisas novas… novos caminhos, novos lugares, novas pessoas.

Eu acredito muito (MUITO MESMO) que a gente está onde precisa estar, que a permanece onde precisa permanecer, que a vida (ou todas as outras coisas que citei acima) nos leva onde precisamos ir. 

Eu acredito que nada é fruto do ACASO. Tudo vem até nós porque tem que vir, tem que ser, tem que acontecer. Razões? No momento a gente nunca sabe, mas lá na frente a gente sempre entende… a vida nos dá sinais o tempo todo. A gente é que muitas vezes, por distração, não percebe esses sinais. 

Eu, particularmente, muitas vezes não percebi esses sinais. Distraída, desatenta, deixei muita coisa passar sem que eu percebesse. Deixei pessoas especiais “escaparem”, insisti em relações que eu achava que seriam eternas e não foram. 

Talvez por isso, hoje, eu viva mais aquilo que me faz feliz. Parei de me preocupar tanto. Porque eu realmente sei que estou onde preciso estar, com as pessoas que preciso estar, no momento certo, no lugar certo e na hora certa. Eu sei que tudo é como deve ser. Não é acaso. Talvez seja sorte, talvez destino. 

Como diz o Matheus Rocha “A gente perde tempo demais pensando se é certo ou errado. Pensando se vão gostar ou julgar. A vida é mais que isso. A vida não pode ser resumida nisso. O desejo, a vontade, o sonho. Tudo tem pressa. Sempre vão falar. Sempre. Mas daí a você deixar que isso te abale, são outros 500. Faz. Faz de coração firme. O resto, ah, com o resto ninguém se importa. Segue a vida. Segue o baile”.

Gosto também de um trecho do Osho que diz “… o momento seguinte não é uma certeza. Então, por que se importar com ele? Porque se preocupar? Viva perigosamente, viva com prazer. Viva sem medo, viva sem culpa. Viva sem nenhum medo do inferno ou sem ansiar o céu. Simplesmente viva. 

Viva!
FIM

Carol Brunel
18/02/2020

domingo, 9 de fevereiro de 2020

Dor

Dor... 
A dor dilacera o peito,
Rasga a alma, rouba nosso sorriso. 
A dor sangra, arranca nossa alegria. 
Tudo é cinza. Tudo é triste. 
Tudo é vão. Tudo é amargo. 
Culpa da dor. 
Dói. Dói na alma. 
Nada acalma. 
Nada adianta. 
Nada faz sentido. 
Dor... 
que dói. 

FIM 
Carol Brunel 

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2020

Momentos difíceis

Há momentos na vida que são difíceis. 

Especialmente quando a gente Pensa em tomar decisões que podem afetar nosso futuro. A gente pode estar abrindo mão da felicidade. A gente pode estar deixando passar uma oportunidade. Talvez fosse o universo dizendo "hey, você, presta atenção em quem está ao seu lado"... "hey, você, estou te dando aquilo que você deseja viver"... 

Talvez a gente se arrependa. Se arrependa de não ter abraçado o que a vida nos trouxe. 
Mas dói... Dói pensar em deixar para trás "algo" que cresceu dentro da gente e se tornou sentimento. 
Não é fácil aceitar que a gente precisa abrir mão de um sentimento, de algo, ou de alguém… e nem sempre é porque a gente quer. Às vezes, é porque a gente precisa. A gente precisa parar de correr atrás de quem demonstra não nos querer por perto. Por mais que palavras digam o contrário... o corpo, a alma, os olhos... falam muito mais!

Há momentos na vida que são difíceis. Porque não é fácil pensar em partir o próprio coração em pedaços. Quando a gente pensa...

  ...Ir ou ficar? 

Ficar por amor, ou ir com dor de partir?  
Há momentos na vida que são difíceis.  


FIM
Carol Brunel

terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Hora de seguir

O jogador tem que saber a hora de amarrar as chuteiras.
No fundo no fundo a gente sempre sabe a hora de sair de cena.
Fechar as cortinas. Sem esperar aplausos ou reconhecimento.
Sem esperar consideração. Sem esperar que se importem, com a importância que a gente deu.
No fundo no fundo a gente sempre sabe a hora de parar de insistir.
A hora de parar de correr atrás daquilo ou de quem quer nos deixar para trás.
A gente tem que admitir que perdeu. Que o jogo acabou.
E que a gente foi desclassificado na partida.
Não era um jogo, eu sei. Era verdade. Era coração.
Mas acho que chegou a hora de eu amarrar minhas chuteiras...
E quem sabe começar um novo esporte, um novo “jogo”, uma nova partida...
É hora de seguir!

Falo do que sinto!



Eu falo do que sinto como um rio que corre e encontra o mar. Eu falo do que sinto como a imensidão da noite em dias estrelados. Meus sentimentos chegam até universos distantes, ultrapassam barreiras e encontram outros planetas. 
É assim que eu sinto, é assim que eu falo do que sinto. Eu não sei sentir pouco. Eu não sei sentir “meio termo”. Sinto tudo, ou não sinto. Vivo as tristezas da mesma maneira que vivo as felicidades, mas a felicidade eu deixo penetrar na alma. A tristeza eu vivo intensamente no coração. 
Eu falo do que sinto… não escondo o que sinto. Minhas palavras ecoam e se transformam; viram poesias, viram metáforas, se tornam reflexões cheias de analogias e convicções pessoais. Tão minhas. 
Tenho minhas próprias verdades. Acredito no que eu quero acreditar. Desacredito em muitas coisas. Sou cética. Sou cética demais eu acho. Mas tenho fé… acredito nas forças do universo. Nas conexões inexplicáveis. No destino. 
Eu acredito em tudo o que nasce no coração. Sou do coração. Sou emoção. Vivo tudo a flor da pele.
Talvez por isso eu sofra muito e também sorria muito. Não tenho medo de transparecer. Não tenho medo de viver. Não tenho medo de experimentar e de deixar minha alma ser tocada por outra alma. Não tenho medo de recomeçar.
Eu falo do que sinto como alguém que também cansa, que também tem dias ruins, que também tem defeitos, que também tem melancolia. Mas nunca coloco os problemas acima do meu coração. 
Eu falo do que sinto como um leão que ruge alto. 
E eu sinto… e tudo o que sinto eu expresso. Não nasci para ficar escondida em uma bolha de proteção contra o sentir. Eu nasci para que meu sentimento se espalhe e que possa tocar outras pessoas. 
Eu falo do que sinto como pássaros voando em um dia de céu azul. Admirando cada milímetro da existência. Respirando a vida. E às vezes repouso em um galho, junto a sombra, para descansar minhas asas. Assim como os pássaros eu quero ter meu ninho. Meu cantinho. Meu lugar… e também outro passarinho, com asas, tão livre quanto eu, mas querendo dividir o mesmo ninho. 

FIM
Carol Brunel

sábado, 1 de fevereiro de 2020

A gente sempre sabe...



A gente sempre sabe. Sempre sabe quando alguém desiste da gente. Sempre sabe quando precisa seguir em frente. A gente sempre sabe quando o outro não quer mais. Quando alguém vai nos deixar para trás. A gente sempre sabe quando precisa partir, mesmo doendo. A gente sente quando deve ir... 
A gente sempre sabe quando foi feito de trouxa. 
De palhaço. De idiota. De otário. 
E eu sei que todo mundo vai rir da minha cara e dizer aquele ditado clichê e real “eu avisei”. 
Podem levantar suas plaquinhas queridos!!!!
Estou na lona!! Perdi. 
Para o prazer de alguns e o desprazer de outros.
 Mas esse não é um nocaute feliz. Daqueles bons que deixa a gente com as pernas bambas. 
Esse é um nocaute no coração. Na alma. Desses que parte a gente no meio. E dói. Dói no mais profundo. 
Mas tudo bem. Eu sempre sobrevivo. Sempre! 
E um dia eu ainda vou ter certeza de que eu estava certa o tempo todo sobre as minhas convicções, sobre meus pensamentos a respeito. Um dia eu ainda vou olhar pra trás e levantar a minha plaquinha “eu avisei”... Vai por mim! 
E um dia quando a vida girar eu vou estar na melhor. 
Acho que eu fiz o meu melhor. Dei o meu melhor. Fui o melhor que pude. E como diz aquela frase “azar de quem não soube ver” ou de quem não souber. Azar de quem me deixar ir. 
Acho que muito mais idiota é quem te faz acreditar e depois vira as costas. Acho que muito mais idiotia é quem fala de amor e depois vai embora, como se você fosse insignificante. 
Pior é que trata o outro como algo descartável e sem valor. 
Sempre falei que não acredito em lei do retorno. E não acredito mesmo. Acho isso tudo uma baboseira sem tamanho. Acho que quando a gente se sente feliz com algo, ou alguém... não tem porquê se culpar. Nada é errado se te faz feliz! 
Mas por experiência da vida eu aprendi que o que mais dói é se arrepender de não ter vivido. É ser arrepender de ter deixado gente legal ir embora, por burrice e teimosia. 
A maior idiotice que existe é não viver! 
A maior idiotice que existe é dizer que ama alguém da boca pra fora. 
E acho que nesse ponto eu não sou idiota. Sempre vivo com verdade, vontade e intensidade. Sempre vivo com o coração. 
Então... que eu seja idiota quantas vezes for preciso. 
Até o FIM! 

E FIM
Carol Brunel