terça-feira, 4 de fevereiro de 2020

Falo do que sinto!



Eu falo do que sinto como um rio que corre e encontra o mar. Eu falo do que sinto como a imensidão da noite em dias estrelados. Meus sentimentos chegam até universos distantes, ultrapassam barreiras e encontram outros planetas. 
É assim que eu sinto, é assim que eu falo do que sinto. Eu não sei sentir pouco. Eu não sei sentir “meio termo”. Sinto tudo, ou não sinto. Vivo as tristezas da mesma maneira que vivo as felicidades, mas a felicidade eu deixo penetrar na alma. A tristeza eu vivo intensamente no coração. 
Eu falo do que sinto… não escondo o que sinto. Minhas palavras ecoam e se transformam; viram poesias, viram metáforas, se tornam reflexões cheias de analogias e convicções pessoais. Tão minhas. 
Tenho minhas próprias verdades. Acredito no que eu quero acreditar. Desacredito em muitas coisas. Sou cética. Sou cética demais eu acho. Mas tenho fé… acredito nas forças do universo. Nas conexões inexplicáveis. No destino. 
Eu acredito em tudo o que nasce no coração. Sou do coração. Sou emoção. Vivo tudo a flor da pele.
Talvez por isso eu sofra muito e também sorria muito. Não tenho medo de transparecer. Não tenho medo de viver. Não tenho medo de experimentar e de deixar minha alma ser tocada por outra alma. Não tenho medo de recomeçar.
Eu falo do que sinto como alguém que também cansa, que também tem dias ruins, que também tem defeitos, que também tem melancolia. Mas nunca coloco os problemas acima do meu coração. 
Eu falo do que sinto como um leão que ruge alto. 
E eu sinto… e tudo o que sinto eu expresso. Não nasci para ficar escondida em uma bolha de proteção contra o sentir. Eu nasci para que meu sentimento se espalhe e que possa tocar outras pessoas. 
Eu falo do que sinto como pássaros voando em um dia de céu azul. Admirando cada milímetro da existência. Respirando a vida. E às vezes repouso em um galho, junto a sombra, para descansar minhas asas. Assim como os pássaros eu quero ter meu ninho. Meu cantinho. Meu lugar… e também outro passarinho, com asas, tão livre quanto eu, mas querendo dividir o mesmo ninho. 

FIM
Carol Brunel

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