segunda-feira, 18 de março de 2024

Obsessores!!!

Andei pensando sobre obsessores...

Até pesquisei um pouco sobre na internet... Descobri que alguns obsessores podem estar disfarçados em pessoas reencarnadas (caso você acredite em reencarnação). Fato é que sempre existe, de alguma forma ou outra pessoas que te sugam... sugam a sua alma, a energia, afetam seu bem-estar, sua paz de espírito, te desviam do caminho. Pessoas cuja presença desestabiliza suas emoções e que constantemente te levam para um lugar que você não quer ir. 

Talvez essas pessoas estejam na sua família ou nas relações pessoais (amigos e amores). E são pessoas que conseguem destruir toda sua energia, li inclusive que elas roubam teu brilho para que elas possam brilhar.  Conseguem te levar para o fundo do poço. São pessoas que sentem prazer em te ver no chão. Novamente para quem acredita em outras vidas, talvez elas tenham vindo realmente com intuito de vingança...

Li também que esses obsessores no Livro de Kardec que "encarnado ou desencarnado, exercer sobre outrem constrição mental negativa – por motivo qualquer – através de simples sugestão, indução ou coação, com o objetivo de domínio – processo esse que se repete continuamente, na Terra ou no Plano Espiritual"

o Livro menciona também:

Obsessão – cobrança que bate às portas da alma – é um processo bilateral. Faz-se presente porque existe de um lado o cobrador, sequioso de vingança, sentindo-se ferido e injustiçado, e de outro o devedor, trazendo impresso no seu perispírito as matrizes da culpa, do remorso ou do ódio que não se extinguiu. SCHUBERT, Suely C. Obsessão/Desobsessão. Cap 3

Bom, pelo menos também li que existem formas de se libertar dos obsessores, especialmente com oração. Alguns institutos de terapias holísticas e espirituais fazem isso:

"Ter um obsessor encarnado pode ser uma experiência assustadora e perturbadora. Essas entidades são espíritos obsessores que se ligam a uma pessoa durante sua encarnação, causando problemas emocionais, mentais e até físicos. No entanto, existem maneiras de se livrar desses obsessores e recuperar sua paz e bem-estar"

O importante é perceber quando alguém está fazendo isso com você. Quando sua energia está sendo sugada... e buscar as ajudas possíveis para se libertar dessa obsessão.

Resolvi escrever suscintamente sobre isso, porque acho que qualquer pessoa pode se sentir assim em algum momento da vida, ou já tenha se sentido, ou esteja se sentindo. E acho que pode ser último saber reconhecer a situação e também saber que é possível buscar ajuda e sair desse lugar.

Desejo que todo OBSESSOR vá embora! 

FIM
Carol Brunel




sábado, 16 de março de 2024

Me escolho! Me acolho!

 Uma das coisas que aprendi com a vida é que as pessoas sempre vão pensar coisas sobre você baseadas em visões distorcidas da realidade (delas). Vão te julgar baseados em inverdades. 

E… Como diz o ditado: quando alguém te julga, quase sempre está julgando a si mesma. Fato é que sempre vão te julgar. Independente de qual seja sua escolha. Mesmo sendo uma escolha pessoal, mesmo você tendo sua trajetória. Alguém vai se sentir no direito de te definir… ou de achar que suas escolhas são erradas. E até de achar que você não tem o direito de pensar e ser diferente. 

“Freud, em seus estudos, falou de um mecanismo de defesa que se chama projeção. Nele a pessoa “enxerga” em outros alguma característica sua que não aceita. Isso acontece de forma mais inconsciente e a protege da insatisfação que teria se reconhecesse a característica em si. Então essa é outra possível explicação.“

Não fui eu que disse isso 👆🏼👆🏼 São especialistas. A real é que as pessoas baseadas em suas interpretações podem te ver dentro da ótica delas… e a realidade delas nunca é a sua realidade. (Isso também vale para mim, afinal não estou dizendo que nunca julguei ou julgo, e sei das minhas limitações)… 

Ou seja, não sou e nunca serei perfeita. Nem pretendo. 

“Sendo assim, julgar algo ou alguém é dar uma impressão, fazer um juízo de valor em cima de uma situação. Sabendo disso, você deve estar se perguntando: julgar algo ou alguém baseado em quê?

A resposta pode não ser muito satisfatória, mas é real: baseado em absolutamente qualquer coisa. As pessoas julgam e ponto. Suas justificativas podem ser as mais aleatórias possíveis, sabe por quê? Essa atividade ou mania diz muito mais sobre quem a pratica, do que sobre quem é, realmente, julgado” (Psicóter)

Eu não estou aqui para ditar regras. Muito menos estou buscando aprovação. Eu também não acho que eu seja melhor do que ninguém. Muito pelo contrário. Eu não estou em uma competição com ninguém. Minha única competição é comigo mesma. Quem quer competir comigo perde seu tempo. 

… a única coisa que eu quero na vida é poder seguir em paz. Em paz comigo mesma. Pois sei que serei mal interpretada, definida e julgada inúmeras vezes. Sei que dentro da ótica alheia meus defeitos serão enaltecidos. Sei que dentro do universo do outro, eu serei uma definição baseada em achismos. 

Mas eu prefiro a minha paz. Minhas escolhas. Por mais difícil que seja escolher. Eu prefiro escolher minha saúde mental. Meu mundo. Prefiro me escolher a negligenciar minha paz para agradar expectativas humanas (ou desumanas) de quem quer que seja. Prefiro ser vista como egoísta por escolher a mim, do que colocar minha paz na mão de quem só vai destruir minha personalidade. De quem pretende me roubar. 

Como diz o padre Fábio: “tem gente que te rouba, tem gente que te devolve”… 

Eu quero ficar longe de quem me rouba. De quem me anula. De quem me fere gratuitamente para satisfazer o ego. De quem espera de mim algo que não sou. De quem deseja me idealizar dentro de uma realidade que não é a minha. De quem quer que eu seja alguém que não serei nunca. 

É! Com os meus erros? Minhas contas com o universo deixa que eu pago! Elas são minhas e intransferíveis. 

E cada um que pague a sua, sem encher o saco de ninguém… Ou vocês acham que não erram? Olha lá alecrim dourado! Cuidado com a mania de achar que os outros tem mais contas a pagar com o universo do que vocês! 

Por fim, certa ou errada: Eu me escolho! Sempre!! 


Fim 

Carol Brunel 

quinta-feira, 14 de março de 2024

Amizade com ex é possível SIM!

 
Lidando bem com o passado.

Como você lida com o seu passado? De que forma você encara o que aconteceu? Você vive magoado com o passado? Com as pessoas? Se culpando pelos seus erros?
 
Noite passada eu tive um sonho lindo sobre coisas do passado. De vez em quando sonho coisas intensas que me remetem a lembranças lindas da minha vida. E apreendi através dos meus sonhos que SIM, é possível estar em paz com aquilo que a gente viveu.
 
Todo mundo tem um passado, uma história, amores, dissabores, paixões... e inclusive amores e paixões mal resolvidos. Todo mundo tem aquela história que poderia ter sido, mas não foi. Todo mundo tem aquele e se? ...escondido. E se eu tivesse ido? E se eu tivesse falado? E se eu tivesse feito diferente? Não sejam hipócritas aqui de dizer que não. Mas a gente sabe, lá no fundo, que tudo tem uma razão de ser. Ao menos eu acredito nisso.
 
E a melhor coisa da vida é poder olhar para o passado com carinho. Respeito pela história que a gente viveu. Respeito pelo caminho que a gente trilhou, dentro das nossas capacidades, dentro dos nossos limites pessoais, dentro daquilo que nos competia... (não é fácil e eu às vezes tenho gatilhos ruins)
 
Vou escrever durante esse texto sobre uma coisa que talvez alguns “leitores” não gostem. Eu já vivi algumas relações desde que comecei a me relacionar aos 17 anos de idade (tenho 40 hoje). E acho que todas as relações foram importantes para o meu crescimento. Cada uma teve sua particularidade, algumas foram tóxicas, outras não. Algumas foram incríveis, porém terminaram porque não faziam mais sentido. Pois é meus amigos, nem toda relação termina por coisas ruins. Alguns amores apenas viram amizade. Mas muitos de vocês não estão preparados para essa conversa.
 
“Eu sou amigo do meu ex, da minha ex”... Tem gente que lê essa frase e entra em surto. Como tu pode ser amigo de um ex, de uma ex? Gente eu tenho vários amigos e amigas que são amigos dos seus ex. Que conseguem manter uma relação de civilidade e respeito pela história vivida. Eu até entendo que algumas histórias são trágicas, ruins, e que alguns afastamentos são estritamente necessários. Ninguém aqui está generalizando um: “seja amigo dos seus ex”. Não é uma pregação!
 
E mesmo não querendo manter contato, ainda assim você pode estar em paz sem fica levando todas as “tralhas” do seu passado por ai (mas isso é assunto para outro texto).
 
... De algumas pessoas que me relacionei eu levo lembranças BOAS e bonitas. Algumas preferiram se afastar totalmente (por um tempo ou para sempre) ...  e outras não. E eu sou tão grata e feliz por conseguir manter uma amizade com algumas das pessoas que me relacionei.
 
Sabe... é tão PAZ, é tão gentil, é tão bom não carecer sentir ódio, rancor, raiva. É tão bom e MADURO e responsável tratar com consideração alguém que fez parte da sua vida por um bom tempo, que participou da sua história, mas que por razões pontuais passaram a ser mais como alguém da família, um sentimento fraternal.
 
Claro que ficar amigo de ex por motivos ruins, abusivos, tóxicos, interesses (sejam eles quais forem) não é legal. Especialmente se for por dependência emocional. Agora se vocês têm os sentimentos e as vidas bem resolvidas, e querem manter uma amizade, não vejo problema nenhum. Muito pelo contrário, vejo benefícios. Poder ter uma conversa esclarecedora e leve. Poder seguir os caminhos torcendo um pelo outro. Cara isso é muito evoluído. (É eu sei, vocês estão torcendo o nariz)
 
Acho que o mundo seria muito melhor se as pessoas soubessem lidar com essas coisas de forma adulta e madura. Sem birra de criança, sem drama. E gente ninguém está dizendo que não dói separar de alguém, dói é obvio, mas tem dores e separações que são necessárias. Depois aquele sentimento de luto passa. E vida que segue.
 

E conseguir estabelecer uma conversa madura, ética e responsável com alguém que fez diferença na sua vida é algo incrível. E sabe o que é mais massa ainda? Conversar e ouvir a pessoa dizer que está feliz, que conheceu alguém, e ficar feliz pela felicidade daquela pessoa. Conversar e ver que dá para falar sem pensar que o outro está te dando mole, ou achar que existe algo. É apenas como se você estivesse conversando com um (a) velho (a) amigo (a).
 
Amizade com ex é possível SIM! Só que nem todo mundo está preparado para essa conversa. (Principalmente quem é tóxico)

Faça as pazes com o seu passado. Se der para manter uma amizade, um coleguismo... você vai ver como é bom. Se não der por um tempo. OK. Se não der nunca. Ok também. O importante é você seguir sem magoas e dores.
 
Lembre-se do passado com carinho. E seja feliz no presente!!
 
 
FIM
Carol Brunel
 
(...mais uma vez que fique claro que não estou colocando nesse pacote relacionamentos abusivos, tóxicos, dolorosos, atordoados... TEM HISTÓRIAS QUE MERECEM SER APAGADAS PARA SEMPRE)

quarta-feira, 6 de março de 2024

Tudo precisa de resposta?

Tudo precisa de resposta?

Talvez nem mesmo essa pergunta acima necessite uma resposta. 

Eu acredito que na vida tem coisas que não tem e nunca terão respostas e também não precisam ou merecem uma reação. Não precisamos sempre colocar os "pingos nos is". Sabe aquele lance de que "nem tudo precisa ser dito"? Às vezes ficar em silêncio e deixar o tempo passar é o melhor que temos a fazer. Muitas coisas na vida se resolvem por si só, com o tempo. Tem coisas que naturalmente se encaixam. Sem forçar, sem desespero, sem espernear. Pela simples leveza de SER. 

Tem muita gente que tem essa mania de querer sempre discutir tudo, inclusive nas relações. 

Tudo é motivo para um debate. Tudo é motivo para "estou desconfortável". Meu querido, minha querida... em uma relação inevitavelmente você vai ficar desconfortável e não vai gostar de várias coisas (inúmeras vezes). Se você quiser discutir tudo, no mínimo vai se tornar um chato e vai cansar a outra pessoa com tanta DR. 

Tem coisas que não merecem desgaste. "Ah porque fulano (a) pensa diferente de mim e bla bla bla". Ok! Quem bom, significa que você não está se relacionando com um clone e que tudo bem a pessoa pensar diferente.

A gente muda durante a vida? Muda! Muda de ideia, de opinião, de roupa, de cabelo, de casa. Mudar é a coisa mais certa que a gente sabe sobre a vida. Mas tem que coisas que apenas não vão mudar. São inerentes de nós, da nossa personalidade, temperamento, desejos pessoais. E tá tudo bem, não tem nada de errado nisso. 

Tem um termo Chinês da filosofia Taoísta que diz que "a forma mais adequada de agir é não forçar". É claro que não é em um sentido literal. Não quer dizer não fazer nada, mas sim, fazer de forma natural sem forçar. Ao invés de deixar fluir, queremos sempre forçar as situações, queremos que aconteça, que aconteça logo, que aconteça do jeito que a gente quer... E ai as coisas não fluem em harmonia. 

Esse negócio de conversem sobre tudo é utópico e talvez até induza ao desgaste. Eu fui aprendendo com o tempo, apanhando da vida, quebrando a cara.... Que nem toda briga merece ser discutida (nem mesmo posteriormente). Que nem todo desencontro precisa de várias horas de DR. Que nem todo desconforto vai ter uma resposta imediata. Às vezes, umas horas de silêncio, um abraço, carinho, umas palavras de amor já colocam as coisas nos eixos.

Não adianta ficar remoendo e remoendo toda situação ruim. Foi ruim? Beleza, foi. Só que se você ficar remoendo pensamentos e situações vai ficar patinando sem sair do lugar. Fica lá naquela ruminação mental sempre querendo esclarecer tudo. E isso causa um grande bloqueio de viver completamente algo que lhe traz felicidade e até mesmo de ser feliz com você mesmo.

E olha, eu aprendi isso na prática. Mas vejam bem, eu também tenho pensamentos de situações, lembro de coisas chatas, tenho minhas ansiedades, inseguranças, crises. A diferença é: como reajo a isso e com quem frequência deixo isso dominar minha vida. 

Eu li em um site que ficar remoendo situações causa: "Déficit de atenção, prejuízos na concentração, procrastinação, dificuldade com aprendizado, memória e tarefas, prejuízos na capacidade de se relacionar socialmente, amorosamente e no trabalho".

Acho que a gente pode pegar leve com a gente mesmo. E também pegar leve com as pessoas ao nosso redor. Tem que coisas que são e ponto. Coisas que não vamos conseguir mudar e ponto. Tem "i" que vai ficar sem pingo mesmo e tudo bem. Nem tudo precisa, merece ou TEM uma resposta exata. E tá tudo bem também. Você não precisa levar tudo para uma discussão. Você não precisa querer esclarecer o tempo todo, todas as coisas. 

E quando te dizem "conversem sobre tudo"... na verdade é quase tudo. Porque além de você existe o outro, na sua individualidade, na sua característica, um ser único. Conversem sobre muita coisa, mas não queiram discutir sobre tudo e dar opinião sobre tudo. Respeite o espaço do outro, de pensar e de ser. 

O resto é demagogia e blá blá blá. 

FIM
Carol Brunel


quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Lembrar é inevitável

Em alguns dias, lembranças são inevitáveis. A gente lembra da vida que viveu até aqui. Dos momentos que passamos. Das coisas, das não tão boas. Porém mais das coisas boas do que das ruins. Algumas lembranças, memórias, histórias foram apagadas com o tempo. Mas sempre tem aquelas que permanecem em nós...

Cheirinho de bolo no café da manhã. Estradas por onde passamos. Lugares onde estivemos. Aconchego de dias frios. Viagens. Gente. Amores. Risadas. Coisas engraçadas que vivemos. E por ai vai...

Sempre tem aquela memória que faz parte de nós. Sempre tem aquela história que é um pedacinho do que somos. O nosso crescimento. Nosso aprendizado. Nossa evolução. Sempre tem aquela memória que a gente lembra sorrindo. Mesmo que essas histórias precisaram um dia ser deixadas para trás. Seja lá por qual motivo. Tem páginas da vida que simplesmente são viradas, e não é porque somos ruins, egoístas, ou qualquer coisa do tipo... é que tem ciclos que se encerram e precisam se encerrar.

 

Li por aí, um dos trechos de uma crônica de Martha Medeiros que achei genial, e diz assim:

 

“.... Canso menos, divirto-me mais e não perco a fé por constatar o óbvio: tudo é provisório [...]. Não somos repetições de nós mesmos, a cada instante somos surpreendidos por novos pensamentos que nos chegam através da leitura, do cinema, da meditação. O que eu fui ontem, anteontem, já é memória. Escada vencida degrau por degrau, mas o que eu sou neste momento é o que conta, minhas decisões valem para agora, hoje é o meu dia, nenhum outro. ” - (O permanente e o provisório – Martha Medeiros)

E a vida é isso, um eterno encerrar ciclos, recomeçar. E não significa que com isso algumas lembranças e sensações vão deixar de existir. Tem momentos que serão eternizados em nós, e serão sempre lembrados com carinho, outros não.

Lembrar do que foi bom com carinho. Esquecer do que foi ruim... e quando uma lembrança vier, que seja sentida, como merece ser.

Assim é e assim será.

 

Fim
Carol Brunel
28/02/2024

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

É melhor estar em paz do que ter razão!

É isso...
...às vezes é melhor estar em paz do que ter razão. Muitas vezes a gente fica nessa briga de EGOS, com os outros e com a gente mesmo. Querendo provar tudo a todo custo. Querendo estar certo sempre. Querendo apontar culpas e culpados. Buscar respostas que não existem. Nem tudo tem resposta. Tem coisas que simplesmente são.

E não... não vale a pena ter provar tudo o tempo todo.

Estava lendo um texto que dizia que "não justificar nossos atos parece sempre uma postura egocêntrica e arrogante". O texto dizia que  isso pode até ser verdade em alguns pontos, mas dependendo da situação, é exatamente o contrário. 

Eu conheci várias pessoas ao longo da vida que justificavam suas atitudes o tempo todo, e a maioria delas acabava sendo chata. Ninguém precisa justificar tudo o tempo todo. Provar coisas o tempo todo. 

Às vezes o pouco diz muito. Muitas respostas surgem com o tempo. Nem tudo é o que parece. Nem tudo o que parece é. Nem tudo o que a nossa mente produz é verdade. E por ai vai... 

Poderia ficar aqui escrevendo muitas linhas sobre isso tudo. Mas em resumo é: muitas vezes estamos perdidos, não temos respostas, não sabemos direito qual caminho seguir. E somos cobrados a dar respostas que se quer temos...

"David William, psicólogo, considera, depois de diversos estudos sociais, que não devemos nem somos obrigados a dar explicações e a nos justificar, embora sejamos muitos os que receberam uma educação na qual não se justificar pode fazer com que sintamos que falhamos". 

Inclusive deixo aqui o texto completo para quem tiver interesse, vale a pena a leitura:
https://amenteemaravilhosa.com.br/6-coisas-pelas-quais-nao-nos-justificar/ 

Hoje fui breve, era só um pensamento que me ocorreu. 

Fim
Carol Brunel





domingo, 25 de fevereiro de 2024

Chuva!

 A chuva sempre foi uma inspiração. 
Desde os tempos do meu quintal verde escuro e daquela janela, onde eu via árvores e natureza. 

Hoje chove, e com a chuva surgem milhares de pensamentos. Chove e eu parei por um momento.

Enquanto escrevo essas palavras, busco dentro de mim sentidos. Apenas sentidos. Não busco mais respostas de nada. Já entendi que a vida é um eterno "porquê?"... E nunca vamos saber os reais motivos de muitos acontecimentos a nossa volta. Na verdade, não temos certeza de nada, nem do agora e nem de como é do outro lado da vida. A gente tem ideias e suposições. A gente tem o que nos disseram e aquilo que acreditamos. A gente não tem nada concreto. Nunca vai ter.

Foi essa concepção que me fez parar de planejar tanto o futuro. De pensar tanto no amanhã. De ficar pensando no que vou fazer na semana que vem. Eu posso mudar de ideia. Eu posso mudar os planos. Eu aprendi a lidar com o "sabor" daquilo que não é esperado. Até acho que coisas não planejadas muitas vezes são mais divertidas do que aquelas que a gente fica sonhando. Não vejo problema em mudar de ideia, em desistir de fazer algo que eu estava com vontade, mas dias depois não estava mais. Em fazer um plano e depois pensar: não quero fazer isso não. Acho que viver ansioso com o depois é deixar de sentir o agora...

A chuva me faz lembrar do quanto eu gosto do meu silêncio. Do silêncio da mente. De estar só, não de solidão, mas de solitude. Estar comigo, no meu mundo, imersa em mim. Do quando eu gosto de estar em paz. De não precisar: falar demais, explicar demais, justificar demais. De ouvir apenas minha voz ecoando na minha mente. De sentir somente a minha presença enquanto vejo a chuva cair. De conectar os meus pensamentos, as minhas verdades, os meus desejos, as minhas vontades. Sem ter que satisfazer nada e ninguém. Sem essa necessidade maluca que nos impuseram de que temos que preencher outros espaços. Não, não temos! 

Somos únicos. Somos nossos. Nos pertencemos acima de tudo. Mesmo quando somos filhos, irmãos, esposos, esposas, namorados, namoradas, amigos, amigas... ainda assim somos nossos! Não pertencemos ao outro. Não temos que preencher seus espaços. Viemos a esse mundo por nós. Para nós. Para nossa própria evolução. 

Compartilhar é uma soma de dois inteiros e nunca uma soma de duas metades. 

A chuva me faz lembrar de como eu amo minha companhia, meus momentos, meu lugar de existir. Me faz sentir a paz de poder respirar minha liberdade. Sentir e pensar o que eu quiser. Ficar em silêncio. .. Ah o silêncio! 

Eu realmente tenho certeza que não nasci para pertencer aos outros, para preencher vazios ou lacunas. Eu não nasci para ser enjaulada em ideais e expectativas. Eu amo tudo aquilo que é natural, singelo, simples, despretensioso. Dar naturalidade às coisas e deixar a vida acontecer sem pressa é a coisa mais gostosa que existe. Pena que muitas pessoas ainda vivam dentro de uma caixa de expectativas. Idealizando coisas e pessoas.

Tudo o que flui de forma natural, fui melhor. Como um rio, que corre naturalmente porque sabe que vai chegar ao seu destino. 

A natureza aliás nos ensina o tempo todo, a gente é que não percebe. A chuva que cai lá fora, vai alimentar as plantas, os rios... que vão alimentar as aves, os insetos, os anfíbios, os peixes, os mares, as lagoas. E depois vem o sol que também alimenta da sua maneira. E a vida é assim, ciclos, dias diferentes, momentos. Não dá para esperar que tudo seja sempre igual.

 A chuva me faz pensar que eu sou essa balança. Meus dias não são todos iguais. Eu não estou sempre alegre, nem sempre triste. Não estou sempre falante e nem sempre calada. Há dias que eu só quero estar comigo. Há dias que eu quero me doar. Há dias que não quero conversar. Outros quero conversar muito. Tem dias que quero ver o mundo. Outros prefiro o aconchego. Há dias que estou mais gélida e em outros transbordo amor. Às vezes quero riso frouxo, outras vezes quero seriedade. Eu não sou o tempo todo um robô. Minha balança também se desequilibra (é claro).  

Quando algo, ou alguém, desequilibram minha balança, eu tendo a recuar. Eu não me sinto confortável perto de situações que causem angustia, ansiedade, medo... ou situações que despertem meus "traumas". Para mim, assim como para a natureza, tudo tem que ter limite. Se chove demais atrapalha o ecossistema, sem tem sol demais também. É o equilíbrio que torna tudo bom. E excessos não são bons, em nenhum lugar.  Excessos sufocam sempre. Excessos escondem sempre faltas (pessoais) de algo... 

Libriana que sou! Preciso estar em paz. Preciso sentir tranquilidade. A chuva lá fora me trouxe paz. 

Domingo de paz! Chuva! E chuva de pensamentos...

FIM
Carol Brunel