quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Feliz 2010

É mais um ano "se foi", mais um ano que passou... e o que a gente fez??
Com certeza tivemos momentos bons e momentos ruins...
Erramos...acertamos...
Sorrimos, cantamos, pulamos de alegria, comemoramos, abraçamos, beijamos, brincamos, fizemos amor...

é incrivel o poder de renovação que tem o iniciar de um novo ano.
Realmente, como disse Carlos Drummond:

" Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão".

Bom, é claro que como todo mortal tenho meus desejos e objetivos para 2010
entre eles, saúde, felicidade, amor, suce$$o e paz.

Eu desejo que em 2010 todos as pessoas que quero bem (Mãe,Rê, Mano, Cunhado, Laura, Laurinha, Juh, Heme, Quê, Mau, Gaby (S), Cris, Carla (s), Ka (s), Juli (s), Fê, Madrinhas...e por ai vai)
Enfim, que todos tenham um ano abençoado...
Que realizem seus sonhos e objetivos.
Aos que amam que o amor se fortaleça...
Aos que tem, que deem valor ao que tem (ou a quem tem)...
Aos que procuram, que encontrem...
Aos que precisam de conforto, que sejam confortados...
Aos que sofrem, que encontrem a saída...
Aos que estão apaixonados, que vivam intensamente...

Enfim, a todos meus queridos amigos, minha família, meus amores, paixão.

Um FELIZ ANO NOVO!!!
QUE 2010 SEJA UM ANO MARAVILHOSO PARA TODOS!!!

E PARA MIM...
na busca pela realização pessoal
Um beijo no coração de todos

CAROL BRUNEL

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Docinho de Caju

Você trouxe alegria, alegria você trouxe.
Tudo vira poesia.
Poesia é o seu olhar.
Cheiro, pele, gosto, toque.
E se entrou pra ficar, eu quero que fique.
Fique para sempre.
Mesmo que o pra sempre um dia acabe.
Mas, que seja inesquecível.
Para que as lembranças nunca se apaguem.
Quero! Quero sim!
Você na minha vida, no coração, no meu dia-a-dia.
Com sua beleza e esse olhar sincero e penetrante.
Paixão!
Se tive medo, se errei, se não fui certa...
Não o fiz por querer.
Aliás, querer é algo que sinto por você.
Você é quem eu quero.
Uma vida com gostinho de CaJu.
É... Você trouxe alegria.
E ainda que eu fale a língua dos homens e dos anjos...

Fim...

Interrogação?

As noites eram dias, os dias eram noites e também dias. Pensamentos freqüentes que vinham e voltavam sem parar. Uma vontade escondida, um desejo secreto de ser.
Ser o que não podia ser.
E quando não se pode ser... Ser é tão mais difícil.
A coragem vem e quando ela vem você vai. E no ir descobre que esteve à vida toda vivendo contra você mesmo. Viver contra si mesmo é complicado. Mas complicado é algo que criamos para dificultar o que seria simples se não complicássemos tanto.
Então ao deixar acontecer, atormentadamente você diz para si mesmo “Caramba! Como eu gosto disso, por que demorei tanto pra me permitir”. Sim, atormentadamente, por que certas escolhas são difíceis e certos desejos não devem ser ditos. Existe toda uma questão nada pessoal de enfrentar as barreiras do ser.
E você esteve à vida toda buscando respostas, a vida toda tentando entender o porquê do “vazio”. Agora entende! Entende por saber quem é ... O que quer e por onde pretende caminhar, mesmo que seja difícil. Bem, é um caminhar nada comum esse. No princípio assustador. Assustador e excêntrico. Excêntrico e inesquecível.
E tenta-se viver contra os desejos do intimo, mas digo: se viver contra todos os conceitos é difícil, mais difícil ainda é tentar ser feliz sendo aquilo que você não quer ser.
Ou seja, pode-se insistir em viver de outra forma, mas aquele “desejo” vai lhe atormentar eternamente.
É simples, você deve ser e fazer o que te faz feliz e te faz bem, o resto é conseqüência.
Dificuldades? Estão em todos os lugares, todos os mundos, todas as formas de vida.
Vão surgir sempre, talvez com mais intensidade. Podem ser maiores ou menores.
Tudo depende de você.
Não é questão de escolha, é simplesmente ser. E se algo te levou a procurar, é porque no fundo, lá no seu intimo era o que você sempre quis, mas nunca pode viver, ou nunca teve coragem, ou não queria admitir para si mesmo.
Qual rumo à vida vai tomar? Isso é tão improvável para todos nós. Afinal, o amanha é algo que não se pode dizer. Então viver o hoje é o que há. A vida pode mudar em um minuto. A vida pode mudar drasticamente.
Então qual o sentido de ver problema onde você pode ver felicidade?
As noites agora são noites e os dias são dias.

FIM
Carol Brunel

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Dias assim...

Não sei se é assim com vocês. Mas, acho os dias nublados tão melancólicos.

Entretanto por um lado, esses dias “cinza” e chuvosos são ótimos para uma boa reflexão.

Ok! São bons também para pipoca, chocolate, filme e cama (se for acompanhado (a) melhor ainda).

Geralmente escrevo pensamentos, idéias, opiniões. Muitas vezes o que escrevo é incompreensível para quem lê. Até porque nem sempre o que está escrito é o que realmente eu quis dizer. Mas isso é o mais divertido. É deixar no ar para que cada um pense o que quiser. É como ler um livro, cada um interpreta do seu jeito, cada um visualiza as cenas do seu jeito. Afinal, somos seres únicos e distintos.

Penso que essa seja a essência da vida, o que a torna tão interessante.

Imagina se fossemos todos iguais? Que chatice seria!

Às vezes sinto saudades de coisas que passaram. De momentos que vivi e foram bons.

As lembranças parecem “flash’s” que vem sem eu pedir.

Tem horas que gostaria de voltar a ser criança, embora utópico.

Acredito que somos tão mais livres quando crianças. Não temos responsabilidades, não temos preocupações. Não nos preocupamos com o amanha, não temos contas a pagar, e nem problemas a serem enfrentados. Tendo como única responsabilidade ir para escola e fazer as tarefas.

Dizem que a melhor fase da vida é sempre a que estamos vivendo, para mim, porém, a infância foi mágica.

Apenas brincar, um livre e simples brincar de viver, sem pensar no futuro, sem imaginar o amanha.

Viver num mundo de fantasias, de personagens inventados, de histórias fictícias.

É eu quero voltar a ter medo do bicho-papão, do lobo-mau, da bruxa malvada e não das coisas que me afligem hoje nesse mundo sádico.

Quero voltar a dormir cansada de tanto brincar e acordar no dia seguinte com uma energia sem igual. Quero acordar tarde, assistir desenho animado, falar errado, rir alto, fazer bagunça e tirar meleca do nariz sem ninguém se importar com isso.

Ser feliz mesmo tendo pouco, fazer amigos sem saber seus nomes, por desconhecer o preconceito.

Esperar horas na fila (sem reclamar) para assistir um show de circo, ou um filme dos trapalhões no cinema.

Brincar até cansar, correr descalça na grama, se sujar na lama.

Andar na chuva com bota sete léguas pisando nas poças. Subir em arvores, andar nos muros, tomar banho de mangueira nos dias de calor. Brincar de pegar, esconder, amarelinha. Montar cabanas, andar no banhado, caçar girino, estilingue, taco, futebol na quadra aos domingos. Passar a tarde comendo frutas do pomar. Algodão doce, pipoca, balas e guloseimas. Bicicleta, patins e vôlei...

O mundo aos olhos de uma criança é simples.

Com certeza você já viu o mundo pelos olhos de uma criança. Afinal, já foi criança.

O problema é que quando ficamos adultos nos tornamos chatos e esquecemos a criança que existia dentro de nós. Vivemos então, complicando tudo. Inventamos problemas. Reclamamos sem parar da vida. Perdemos a sinceridade, a paciência, o espírito de perdão e a esperança. Deixamos de acreditar que tudo é possível.

Tornamos-nos egoístas, hipócritas e negativos. Somos um Pé no saco!

Essa foi à reflexão do dia cinza, vendo a chuva cair lá fora, enquanto ao som de coldplay, deixei a mente me levar ao passado. E lá chegando percebi que não posso, não devo e nem quero deixar a criança que existe em mim “morrer”.

Aliás, creio que por isso tantas vezes sou incompreendida, porque ainda sou uma criança. Sim! Uma criança grande, com responsabilidades e barreiras a serem enfrentadas, mas uma criança. Eu ainda brinco, falo alto, morro de rir, faço bagunça, falo bobagens e até subo em árvores quando tenho vontade.

E com esse pensamento de Maria Loussa, concluo esse texto:

“Voltar a ser criança é acreditar no que vai acontecer, pois a esperança é uma constante companheira de viagem e que está na bagagem de qualquer sonhador”.

FIM

Carol Brunel

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

...Sunshine...

Quando morri eu descobri que queria viver mais. Viver mais para poder simplesmente errar mais, aprender mais, fazer mais, rir mais, chorar mais, sentir mais, sonhar mais, amar mais e ter menos medo de errar.
Quando morri eu repensei a minha vida, e descobri que mesmo tendo feito tudo errado, eu fiz tudo certo, porque fiz e não deixei de fazer o que me dava prazer...
Minha impulsividade ruim era também boa.
Quando morri eu percebi que passei tempo demais pensando em qual caminho deveria seguir. E que passei tempo demais me preocupando com os adágios alheios, deixando de lado as minhas convicções.
Quando morri eu vi o quanto fui cruel, desonesta e injusta algumas vezes, mas também o quanto foram injustos, cruéis e desonestos comigo, e o quanto eu fui injusta comigo mesma por me privar às vezes de ser do jeito que eu era.
Quanto morri... Eu aprendi o valor de cada pessoa que passou na minha vida. Vi que muitas delas ficariam para sempre na minha eterna lembrança, eram especiais.
Quando morri, eu dei valor a tudo que eu tinha de um jeito diferente.
E quando morri, eu desvendei o motivo real de tantos textos que escrevi. Eram mais que desabafos, eram mais que teorias, que histórias, que pensamentos, que devaneios, que loucuras... Era a forma que eu buscava de ser compreendida. A forma que eu tinha de falar o que pensava e o que queria, pois de alguma forma eu me sentia repreendida de falar e de ser. Era a forma de tentar encontrar minha própria “identidade”. Afinal, quem era eu? Quem eu fui? Aquele “algo” que faltava e eu não sabia por que e nem o que era.
Escrever era uma forma de “revelar” o “eu” desconhecido por tanta gente. O “eu” que eu mesma reprimia.
E somente quando morri é que pude ser esse eu, pois quando morri caíram por terra as verdades escondidas, que não eram mentiras, eram apenas ocultações necessárias.
Quando vivi morri e quando morri vivi.

FIM
Caroline Brunel


“Manifesto não é só mais um tema, mas um convite à reflexão. E à ação. A transformação do mundo externo só é efetiva quando há mudança de mente e uma capacidade maior de observar as coisas que ficam sempre nas entrelinhas do cotidiano”.
“Atitude são modos estabelecidos de responder a pessoas e situações que vivemos, baseados nas crenças, valores e suposições que carregamos”.

“O visível é efêmero o invisível é eterno”

“As palavras perdem o significado na imensidão... O que existe à nossa volta? Para estar conectado com o espaço, esse assustador e imenso espaço, é preciso estar vivo”.

“Indivíduos únicos, com diferentes estilos de vida, mas com coisas em comum: todos são seres humanos (com imperfeições), todos são filhos de Deus”.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

É Natal

Não sei por que, mas as pessoas ficam tão generosas em época de natal, não acham?

Então eu abro os jornais e vejo os colunistas falando de tempo de perdoar, de sorrir, de unir, abraçar. Abro meu e-mail e vejo minha caixa lotada de e-mails falando de paz, união e amor. É todo mundo querendo ajudar e fazer o bem.
E confraternização pra lá, confraternização pra cá.
As pessoas se abraçando como se fossem irmãos. É tão lindo não? E tão hipócrita!!!
Podem dizer que sou insensível, mas acho cômico ver as pessoas pregando boa moral, paz e harmonia, se não é o que praticam durante o ano todo.
De que adianta ser bom em apenas uma época do ano? Porque não é assim o ano todo? Porque somente o natal é tempo de confraternizar e de perdoar? E de abraçar? E de sorrir? E de se unir? E de ser bom? E os outros 11 meses do ano?
Podem me dizer “aah, mas ao menos em uma época do ano as pessoas são boas”.
Pra mim não adianta. Acho desprezível uma pessoa passar o ano detonando outras e depois no final do ano vir ‘se pagar’ de legal e bom samaritano. Afinal de bons samaritanos o inferno está cheio. E se é pra praticar o bem não importando a quem, então que seja nos 365 dias do ano e não somente nos dias que antecedem o natal.
É como diz aquela famosa musica “Então é natal e o que você fez?”.
Por isso este ano resolvi que não vou participar de amigos secretos. Nada contra quem gosta, eu sempre participava, mas acho que o nome da brincadeira deveria ser fingimento secreto deveria ser o nome real dessa brincadeira. Pois, é muita falsidade ver todo mundo se abraçando e falando “meu amigo secreto é uma pessoa boa, blábláblá” se o que ouço em todos os outros dias do ano são as pessoas falando mal umas das outras.
Tem gente que nem se fala o ano todo (alguns se odeiam) depois quando chega às festas de final de ano, participam do amigo secreto e dizem: “o meu amigo secreto é uma pessoa que eu gosto muito”. Fala sério!! Isso é charlatanice!!
E é assim principalmente em locais de trabalho (na verdade estou me referindo bastante a esse ambiente), onde alguns tentam puxar o tapete do outros e ficam falando da vida alheia o ano todo e quando chega no fim de ano ficam se pagando de bonzinhos.
E que não me digam que na entre familiares também não existe um pouco disso...
E como eu estou cansada dessa hipocrisia toda, vou presentear somente os que importam na minha vida.
Estou fora dessa ‘coisa’ de abraços falsos. Só vai ganhar abraço quem merece, porque eu não vou fazer parte da falsidade toda e ficar abraçando pessoas que não são legais, que são falsas e mau-caráter. Isso sim seria hipocrisia da minha parte.
Não estou generalizando, pois é claro que existem pessoas boas, pessoais legais, amigos de verdade e bons de coração.
Como muitos que estão recebendo esse texto nesse momento... na verdade a maioria!
E então você me pergunta se eu estou fazendo a minha parte? E onde está meu espírito natalino e o perdão?
E eu te digo que estou pelo menos tentando fazer a minha parte, quando me oponho a todo tipo de falsidade, quando me nego a participar da falsidade.
Por que quando eu preciso falar, falo na lata e pronto, na lata e não pelas costas (por isso às vezes entro em conflito com algumas pessoas)... E não preciso perdoar ninguém, pois todos estão perdoados, afinal quem sou eu para julgar alguém? Não sou Deus! Além do mais, perdoar não significa ter que conviver com pessoas más. É apenas perdoar no coração e mostrar que você não está interessado em participar dos julgamentos e das falações da vida alheia. Mostrar-se pacifico.
E assim como eu desejo felicidade e respeito na minha vida. Desejo também aos demais. E isso falo com a maior sinceridade.
Nunca fui capaz de querer o mal de alguém. Mesmo com as pessoas que já entrei em "conflito".

E, diga-se de passagem, eu não fico tentando puxar o tapete de ninguém, nem tentando destruir a vida das pessoas, nem me achando a “senhora sabe tudo”, nem julgando ninguém por suas escolhas e muito menos desejando ou fazendo o mal. Por isso, considero que dentro do possível eu faço a minha parte. Embora eu cometa meus erros também. Quem é que nunca mete os pés pelas mãos?
Acho que esse é o verdadeiro sentido de ser do bem, é errar, admitir que errou, perdir perdão, perdoar de coração e ponto final.
E fazer minha parte é ficar na minha. Cuidar e viver a minha vida, ao invés de cuidar da vida dos outros.

E quando às pessoas aprenderem a cuidar das suas vidas, viverem suas vidas, desejando realmente o bem, mas o bem sem inveja, o bem sem maldade. Praticando esse “bem” em todos os dias do ano, e não apenas em um único mês do ano, dai sim teremos paz e harmonia.
Quando as pessoas aprenderem a respeitar as diferenças, deixarem de julgar os outros e aprenderem que quem faz o bem verdadeiramente, recebe o bem de volta. Então teremos união e paz.
Quando as pessoas entenderem que o amor (não importa de que forma ele seja) não faz mal a ninguém, quando entenderem que a vida será muito mais fácil se complicarmos menos e vivermos mais, sem nos preocuparmos tanto com padrões impostos pelo mundo, daí sim teremos paz e amor.
Enquanto isso não acontece, minha mensagem de natal é:
Abaixo a hipocrisia, abaixo essa historinha toda de ser bom durante apenas um período do ano!
E ai sim um Feliz Natal e um Bom Começo de Ano!

E FIM...

Por: Carol Brunel

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

UM DIA...

Um dia escreverei um livro, um livro que fale sobre o amor, um livro que fale sobre a vida, um livro que fale sobre viver, um livro que fale de sentimentos, pensamentos, devaneios.
Nele terão arco-íris e poesias. Poesias e verdades e até verdades de mentira.
Um dia desistirei de entender os porquês do porque do que acaba de acontecer.
E também deixarei de tentar decifrar os sonhos que sonho nas noites abstratas da minha imaginação.
Um dia a chuva vai cair sobre nós de um jeito diferente, lavando a alma e o coração.
Um dia... Quem sabe hoje, eu escreva uma canção. E faça melodia, melodia com paixão.
Mas e se ‘um dia’ não chegar? E se não chegar então, bastou-me até aqui.
Palavras escondem segredos, segredos escondem-se em palavras.
Verdades ocultas num pedaço de papel. Verdades escondidas num olhar.
É um dia tão cinza. Cinza “is black and white”, com um pouco mais de branco.
Metáfora “é uma figura de linguagem”. É dizer algo sem dizê-lo no sentido convencional (claramente). Metáfora é uma noite triste.
Hipérbole é um exagero. Exagero é chorar rios de lágrimas. Rios de lágrimas é um exagero, exagero é hipérbole.
Sinestesia é a mistura de sensações, visuais, auditivas, gustativas, olfativas e táteis. Sinestesia é o doce sabor da liberdade.
Metonímia é troca de um termo por outro, quando estes têm uma relação de dependência. Metonímia é ganhar a vida com suor. "O suor é o efeito, o trabalho a causa".
Tudo isso é metáfora.
A vida é uma metáfora.
Um dia vou aprender a pensar antes de agir, e outras vezes a agir sem pensar demais. Pensar é bom, pensar demais é ruim.
Um dia vou descobrir que o que realmente me afligia no passado era apenas bobagem.
Mas, outras ‘bobagens’ vão surgir para me afligir.
Um dia vou contar todos os sonhos que tive, todos os pensamentos que pensei, todas as verdades que escondi, todas as paixões que vivi, todos os dias em que acordei achando que a vida era um sonho bom e de repente me deparei com as pedras.
Um dia quem sabe eu tenha coragem de enfrentar esses monstros que me consomem.
Um dia talvez eu entenda por que as pessoas são tão maldosas, preconceituosas e falsas.
De repente um dia as pessoas compreendam as diferenças e as respeitem. Quem sabe compreendam que não importa o que você é ou faz da sua vida, você tem o mesmo direito de ser feliz.
Quem sabe um dia eu viva da forma que desejo, sem medo, sem receios, ou quem sabe eu me esconda atrás dos muros que me cercam e fique ali buscando uma felicidade que não pode me fazer feliz.
E o sol brilha e brilha o sol.
A noite termina, o dia nasce, a flor se abre, borboleta voa e a vida renasce.
Um dia...
Um dia...

FIM

Por: Carol Brunel

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Prosopopéia



Cheiro de terra molhada.
É a chuva que cai na estrada.
Molhando a terra, molhando a jornada.
No coração incertezas.
No pensamento incertezas.
Todo fim tem um sim.
Todo sim tem seu não.
Todo não tem um sim.
Todo dia é assim.
Se um dia eu acordo alegre boba.
No outro eu acordo triste feliz.
Será essa a vida que eu quis?
Sim eu quis ser feliz.
Toda dor traz crescimento.
Crescimento nem sempre traz dor.
A vida é cheia de amor.
Música são sons para alma.
Alma quando adormece fica calma.
Paz é a chuva que cai.
Deixando a terra molhada.
Molhando a terra, a estreda.
Eu não sou igual a ninguém.
Ninguem é igual a mim.
Isso é bom, não é ruim.
Atrás do cinza dessas nuvens.
Tem estrelas, tem azul, tem o sol.
Buscando o sol o girassol.
Na lago manso um anzol.
E gira o sol e os planetas.
Gira o mundo e os cometas.
Cheiro de terra molhada.
É a chuva que cai na estrada.

E o fim é uma prosopopésia...


Caroline Brunel Matias
07/12/2009

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

I am I

Eu não sei dizer quem eu sou. E se sou, o que sou?
Sou um céu cheio de estrelas... Uma onda do mar num vai e vem infinito de emoções.
Sou um pássaro voando sem rumo... Sou uma nuvem que dissipa e volta a se formar.
Sou as pétalas das rosas a cair... Sou um girassol em busca de luz.
Sou um bicho em busca de paz... A semente que nasce todo dia.
Uma alma levando sua cruz.
E se o amor é mesmo assim, já amei e deixei de amar.
E se amar é mesmo tudo, eu prefiro me entregar.
Eu não sei dizer quem eu sou. E se sou, o que sou?
Sou um palhaço de circo a sorrir... Sou uma criança escondida num olhar.
Sou minha, sou do mundo. Sou o hoje, fui o ontem, serei o amanha.
E se amanha for... Que seja um arco-íris de alegria.
Sou um algodão doce derretendo em sua boca... Sou as mãos que tiram sua roupa.
Sou ilusão, imperfeição. Sou coração, emoção. Sou paixão, essência.
O que a ciência não pode explicar. E certa ou errada... Melhor é cantar.
Eu não sei dizer quem eu sou. E se sou, o que sou?
Sou perguntas sem respostas... Ou respostas improváveis.
Sou a canção da noite sedenta... Sou à tarde que cai e acalenta.
Sou o silêncio das manhas tão frias... Sou a lenha que aquece teu corpo.
Sou corpo, alma e coração.
Coração que ama, sofre e se alegra.
Alma que chora, canta e se contenta.
Corpo que pede, sente e esquenta.
Sou poesia, sou música, um enigma, uma metáfora da vida.
Sou aquilo que seus olhos não podem ver...
Um pedaço de azul. Um pouco de verde. Uma rosa púrpura.
É isso que sou: Uma mistura maluca de emoções e sentimentos.
Um pouco disso, com um pouco daquilo e uma dose de vida.
Vida vivida. Vida sofrida. Vida feliz.
Vida até quando?
Até quando vida?
Não importa, porque ser é somente ser.
E viver é sentir.
E sentir é viver.
E como dizia canção “eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”.

FIM

By: Carol Brunel