domingo, 4 de fevereiro de 2024

Pensamentos dos 40 anos….

 Ouvindo minha canção favorita… e pensando 💭 sobre coisas da vida. 

Quando eu era mais jovem, vivia comparando minha vida com as de outras pessoas. Olhava redes sociais e pensava: fulano é mais feliz. Aquela coisa de parecer sempre que a grama do vizinho é mais verde. Ficava pensando que todo mundo era mais feliz. Que bobagem… 

Que grande besteira… 

Com o passar do tempo fui percebendo que o mundo lá fora é uma grande ilusão. Tá cheio de gente infeliz frequentando festas. Tá cheio de casal infeliz postando foto e fazendo declaração de amor. Tá cheio de gente que vive rodeado e não é feliz. Assim como tem gente solitária e infeliz. Tudo lá fora parece incrível e perfeito. 

O mundo das festas e bebidas alcoólicas é uma enganação. Quase todo mundo ali está vazio…

Tá cheio de gente infeliz fingindo felicidade lá fora, mas quando chega em casa leva consigo o mesmo vazio. É que vazio de alma nenhum será preenchido por alguém ou algo… só será preenchido pela gente mesmo. 

Tem tanta gente procurando a felicidade lá fora, mas no fundo a felicidade está dentro. Ela mora no pouco e não no muito. 

E eu não to falando que não precisamos uns dos outros. Que não precisamos compartilhar. Compartilhar é uma das coisas mais gostosas da vida. Mas hoje eu prefiro qualidade do que quantidade. Prefiro poucos e bons do que muitos. Não sinto necessidade de socializar com o mundo lá fora o tempo todo. Embora eu goste de socializar em coisas específicas. Acho que todo excesso esconde uma falta. Isso serve para: bebidas, drogas, relações amorosas, amizades… 

Mas isso não dá para ensinar, ou a gente aprende por si só, ou a vida nos força a aprender. Embora tem quem nunca vai aprender… e vai passar a vida preenchendo seus vazios no lugar errado. 

Quando eu era jovem eu achava que expor minha vida amorosa lá fora era mostrar que eu era feliz e realizada. Ai eu descobri que podia ser feliz e realizada vivendo uma vida tranquila, mais off e menos exposição. Vocês precisam descobrir como é bom não dar IBOPE… 

É bom demais amar e ser amado. Mas hoje eu não vejo o amor como via antigamente. Aquele romance todo de filme. Presença constante. Compartilhar tudo o tempo todo. Acho que isso é até um pouco “platônico”, doentio e cansativo a longo prazo.

O amor está bem longe de ser um conto de fadas. O amor precisa, sobretudo, de leveza e de paz. Eu não penso que o amor precisa de grandes eventos. Hoje eu penso que o mora nos pequenos detalhes. No olhar, no beijo de bom dia, em um papo no café da manhã, no aconchego no sofá, no carinho em silêncio, no respeito ao espaço do outro, ao tempo do outro, no entendimento das diferenças. Em saber que: toda relação tem suas fases. E que tudo é construção. Não dá para pular e atropelar etapas. 

Eu vejo tudo de um jeito diferente… totalmente diferente de quando tinha 20 ou 30 anos. Eu gostaria de ter a cabeça de agora quando eu tinha 20 ou 30 anos. Eu teria feito muita escolha diferente, teria entendido tanta coisa. Mas tudo bem, eu precisei aprender e enxergar as coisas de outra forma conforme o tempo passou. 

Eu não posso voltar atrás e fazer tudo diferente. Mas eu tenho certeza de que estou fazendo o melhor que posso agora. Dentro das minhas possibilidades e do universo que eu acredito. Pode ser que ninguém se encaixe no meu universo. E está tudo bem… eu não quero que o mundo pense e sinta como eu sinto. 

Eu quero compartilhar a vida e o amor com leveza. E que o amor traga mais paz do que caos. 


Fim 

Carol Brunel 




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