É preciso muita coragem para mudar.
É preciso coragem para soltar aquilo que não cabe mais. Sejam as coisas mais simples, como uma roupa, um objeto, ou coisas maiores como um pensamento, uma forma de viver, um lugar em que você não se sente mais feliz...
Não é fácil quando a gente precisa se soltar... e soltar algo que não queríamos soltar. Nós, seres humanos, temos medo das mudanças, temos medo de recomeçar, temos medo estarmos tomando a decisão errada, temos medo o tempo todo...
Insistimos tanto em permanecer presos em situações e lugares que já não vibram nossa essência... que por vezes vamos nos afogando nas próprias arramas. Perdendo nossa luz...
Até que um dia a coragem vem... e ela nos desprende.
Um dia quando a gente menos espera, uma chave vira na nossa cabeça e faz a
gente perceber que precisa mudar. O que estou fazendo aqui? O que estou fazendo de mim?
E mudar não é fácil, não significa que seja fácil, não significa que não vá doer, não significa que somos pessoas frias, sem sentimento. Não significa que somos insensíveis, que somos desumanos. Não significa que não vivemos bons momentos, que não tentamos, que não queríamos. A gente simplesmente entende que também merece ser feliz. Significa apenas que aceitamos que nem tudo nos serve.
Aquele pensamento do passado, já não funciona
agora.
Aquele jeito de encarar a vida, não é mais o mesmo dos 20, 30 anos.
Ansiamos outras coisas agora.
Aquele lugar que antes era bom, já não faz mais a
gente sorrir como antes.
Somos donos da nossa essência. Somos nosso bem mais precioso. Somos nossa própria casa. Nosso lar é nosso coração, é nossa alma, é um lugar de paz, mesmo que a paz more na solitude. A gente não deve nem precisa depender. A gente precisa se somar e enquanto não pudermos ser soma, que não sejamos subtração.
Às vezes, só precisamos nos encontrar com nós mesmos, com a nossa verdade. Há quem chame isso de egoísmo, há quem ache que estamos sendo felizes, quando na verdade só queremos seguir em frente. Afinal, o que é felicidade, se não um estado de espírito passageiro.
E quando a gente se prioriza, se escolhe, se acolhe e tenta se reencontrar, sempre vai ter aquele julgador de plantão dizendo:
Mas nem sempre é felicidade, muitas vezes é só um jeito particular de encarar as coisas. Podemos escolher como vamos encarar as nossas dores, alimentando-as ainda mais, ou fazendo pequenas coisas que nos alegrem. Eu acho sempre melhor a segunda opção.
É engraçado como as pessoas acham que viver é ofensivo, que é um pecado fazer coisas legais depois de ter sofrido. Que uma pessoa quando resolve mudar sua vida e soltar as coisas que lhe ferem, não pode viver... Ela precisa se afundar na escuridão e se trancar na dor. Talvez esse sim seja um pensamento egoísta.
Não é fácil não mudar, deixar coisas para trás, recomeçar. Mas também não é fácil permanecer em lugares onde você sente mais tristeza do que alegria. Toda escolha é difícil, mas escolher infelicidade, é pior.
Temos todo o direito e a liberdade de VIVER. Temos todo o direito de sair da escuridão e voltarmos a sentir a vida, os pequenos momentos de felicidade nas coisas mais simples. Temos todo o direito de sorrir, de cantar, de dançar, se reconectar com a própria alma... e seguir em frente.
Porque a vida é um eterno recomeço!
Todos os dias, quando a gente acorda... um recomeço!
Fim
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