… Um dia coloquei tocar a canção mais triste que podia existir. Ouvindo repetidamente chorei todas as lágrimas que podia no momento.
Dentro de mim mora alegria, mas também melancolia.
Há dias em que mora a tristeza. Não sou sempre feliz como pareço, não sou bem resolvida com meus medos e traumas como gostaria de ser.
Às vezes, sou pedaços espalhados pelo chão, sou uma alma tentando se encontrar.
Agora eu queria lutar… Mas como posso te dizer que eu queria lutar?! Se não há nada mais que eu possa fazer, se não há nada mais… nada mais….
Sou uma poeta de alegrias e tristezas. De devaneios, de amor e desamor. De luz e escuridão. Como todo poeta incompreendido, com a mente borbulhante. Como todo poeta, um ser misterioso, que no fundo apenas quer se encontrar.
Tenho que me levantar, tenho que me acostumar com o vazio. Mesmo quando eu queria gritar. Implorar. Mesmo quando eu queria correr na direção do coração. Mesmo quando eu queria interceder ao universo.
Há vazios que não cabem em palavras. Escuridões que não cabem frases. Entendimentos que não são comuns.
O que fazer? O que pensar? Para onde ir?
Eu queria falar de amor, escrever o amor, eu queria gritar para o mundo todo ouvir. Eu queria ser mais feliz do que a minha própria superficialidade permite. Eu queria ter coragem… sempre que me sinto covarde.
Mas sucumbo as minhas dúvidas, aos meus medos, as minhas inseguranças. E nem sempre eu caminho do jeito que gostaria, eu sei que todo mundo tem problemas, que todo mundo pisa em falso, que todo mundo erra, eu sei.
Eu sei que somos imperfeitos tentando ser melhores.
Tentando ser felizes. Tentando esquecer. Tentando acertar.
Tentando…
Tentar! Talvez a palavra seja essa: tentar!
Fim
Carol Brunel
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