quarta-feira, 18 de dezembro de 2019

A cada dia que vivo...

Vou começar assim: 

 A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade.” Mary Cholmondeley

 Eu adoro essa frase. Eu acho que a vida é mesmo cheia de riscos, de altos e baixos, de dúvidas, talvez. Eu acho que a vida é mesmo difícil de ser compreendida. Difícil de ser explicada. Mas, sobretudo, eu acho que a vida precisa ser sentida. Sempre! Sentida em cada momento. Em casa situação. Pois sempre que tentamos se esquivar da dor, perdemos tantas chances de sentirmos alegria.
 Sempre que tentamos fugir daquilo que sentimos, deixamos escapar, por entre nossos dedos, o amor que está a nossa frente. Sempre que pensamos demais, perdemos uma chance de ser feliz.

  Não temos como saber o que o destino nos reserva. O que nos espera no futuro. E se não for nada disso? E nada for como a gente imaginou e planejou? Se o amor da nossa vida não for quem a gente imaginou que era? E se a gente for infeliz no caminho que escolheu? E se a pessoa certa não for quem achamos que era?

 É por tantos “e se” e tantos “deveria” e “poderia”, que eu acho que devemos fazer bem a nós mesmos. Permitir nosso coração de sentir aquilo que sente. Imensamente!

 Todo mundo diz que é egoísmo pensar na própria felicidade. Eu acho que não. Eu acho que a gente tem sim que pensar um pouco mais naquilo que nos faz bem. Não é egoísmo querer ser feliz. 
 Li por aí e gostei: Não é egoísmo tropeçar em um sorriso – em uma esquina qualquer, e dali em diante não querer mais seguir a rota planejada”.

 …E a vida é assim, às vezes a gente é pego desprevenido, tropeçando em um sorriso, em uma esquina qualquer e acabamos mudando a direção das nossas vidas. Egoísmo é achar que imprevistos não acontecem. É achar que a vida não muda. É achar que tudo tem que ser planejado. É achar que não existe acaso, e que a vida não possa nos surpreender, assim, de repente… 

 SOMOS únicos nesse mundo, mas nunca seremos únicos na vida de alguém. Às vezes quando menos esperamos, tudo o que era fundamental se torna descartável. Não seremos “reciclados” para sempre. Todas as histórias terminam no ponto final. Quando tem que terminar. E às vezes até aquela história que a gente pensa que nunca vai terminar… também termina! E a gente é pego de surpresa, desaba, por que acha que nunca mais será feliz.

 Engano! O mundo está cheio de pessoas especiais esperando uma chance de compartilhar seu amor. Mas é claro que entre tanta gente especial, também tem muita gente que não vai “fechar” com a gente. O mundo está cheio de gente especial que a gente perde enquanto acha que só pode ser feliz de uma única maneira. 

Gosto de uma frase que diz: “Culpas, desculpas e culpados são pesos desnecessários que travam nossos passos”. 

 Mais que isso nos impendem de viver. Muitas vezes pegamos pesado com a gente. Nos culpamos demais. Nos cobramos demais. E tudo fica pesado. Ou a gente aceita o destino e o que a vida nos trouxe, ou a gente vai ficar eternamente na dúvida do “e se?”…
 
FIM
Carol Brunel

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