sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Tristeza

 Acho que ninguém desiste de ninguém do dia para noite. Acho que ninguém se apaixona e desapaixona como quem troca de roupa. Se isso acontece... é por que nunca foi verdade. Sempre foi uma farsa, uma mentira. Por que é impossível que hoje alguém seja uma pessoa que você queira e amanhã não queira mais. Soa muito dissimulado... 

Ninguém deixa de ser importante do dia pra noite! De uma hora pra outra. 

Acho que as pessoas gostam de fingir. De fugir. De se esconder do que sentem. E nessas horas entram em cena: as desculpas esfarrapadas e as culpas descabidas. Por que é fácil achar desculpas quaisquer e dizer “ah mas fulano isso, fulano aquilo, ah mas isso, ah aquilo...bla bla bla”

E tudo bem... que talvez eu seja a errada nesse mundo. Por que eu sempre estou de verdade onde eu estou. Por colocar sempre meu coração (quando tocado) acima da razão. Por me permitir sentir. Por não me sentir culpada. Por não me perguntar sempre sobre o “certo” ou “errado”. Quem vai saber afinal... o que é certo ou errado nesse mundo?? Onde a única coisa que faz sentido é viver. É ser. É sentir. Quem vai dizer o que é melhor ou pior? Quem vai saber do amanhã? 

Se eu estiver errada por sentir demais... Assumo meus erros com a cabeça erguida. Assumo o que eu sou com a alma aberta, transparente. Eu sou assim. Sou eu. Sou quem sou. Posso ser idiota. Posso fazer papel de trouxa por me doar a quem não sabe enxergar. E tudo bem... tudo bem... 

Tudo bem que a gente se sinta um pouco idiota nessa vida... tudo bem!
... A vida gira. Um dia os ponteiros se acertam. E eu espero apenas que a gente nunca se arrependa de deixar de viver o que a gente sente... de deixar passar as oportunidades que a vida nos dá... e às vezes era a felicidade batendo a porta. 

Tudo bem! Tudo bem! Há quem é de mentira! Há quem é de verdade! 
A tristeza pode corroer o peito. Doer na alma. Machucar profundo. E vai doer muitas vezes, sempre que você lembrar que foi burro (a). Mas tudo bem... tudo bem! 

FIM 
Carol Brunel 

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