quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Se eu me arrependo?

Se eu me arrependo?
Sim! Me arrependo! Tenho diversos arrependimentos na vida. E encaro-os com tranquilidade. Hoje aos 36 anos, tenho maturidade o suficiente para lidar com as minhas frustrações. Hoje tenho mais certezas do que dúvidas. Menos medo e mais coragem.

Quantas vezes eu fiquei em cima do muro tentando me equilibrar? Foram muitas sim! Eu já tive medo, muito medo. E o medo é cruel. Ele nos dilacera. Quase sempre a gente tem as respostas (dentro da gente)... e quase sempre a gente escolhe pelo o que parece mais sensato, fugindo das nossas vontades.

E eu me arrependo das vezes que o medo me paralisou. Das vezes que eu não tive coragem de dar uma "guinada" na minha vida. Das vezes que eu fiquei vendo o tempo passar, esperando que ele (o tempo) me trouxesse as respostas para aquilo que meu coração já sabia.

Me arrependo das vezes que me "bloqueie" para a vida e fiquei presa as minhas convicções racionais. Das vezes que por medo de "mudar" eu continuei vivendo a minha vidinha de sempre. Normalzinha. Por que me parecia mais "sensato". Meu excesso de sensatez muitas vezes me fez perder mais do que ganhar.

Que droga! Que bela BOSTA essa mania que temos de ter medo. Medo dos sentimentos. Que grande merda essa mania que temos de fugir do que desejamos.

Me arrependo das pessoas especiais que eu "deixei passar" enquanto estava insistindo nas minhas relações já desgastadas, onde o amor já tinha virado amizade. Mas eu insistia em achar que era amor. Eu insistia em achar que era futuro. E não era!

Às vezes eu coloco umas coisas na cabeça e demoro a aceitar as coisas novas que a vida me traz.

Quantas chances eu perdi? Muitas!

Se eu me arrependo?
Sim!
Só daquilo que eu deixei de viver por procrastinação e medo do futuro!
Do que eu vivi não me arrependo! Das vezes que me entreguei, mergulhei de cabeça, vivi intensamente. Deixei meu coração vibrar. Disso eu não me arrependo!

E eu não quero cometer novamente os mesmos "erros", o erro de me fechar no meu mundinho e não permitir que nada, nem ninguém, se aproxime de mim. O erro de ver as coisas pelo ângulo da sensatez o tempo todo. O erro de bloquear meu coração com um escudo de autoproteção e não deixar que ninguém mais possa tocá-lo, só por que em algum momento, alguém não soube ver o quanto de sentimentos bons o meu coração tinha para oferecer.

Só por que alguém não soube me enxergar. Não significa que alguém não vá saber. E que alguém não vá se sentir feliz de ter a oportunidade de compartilhar comigo bons momentos.

Isso eu não quero repetir!

Por que se for para estar na vida e apenas para passar por ela... de olhos fechados, de portas fechadas, de janelas trancadas. Eu não quero!

Eu quero é me permitir!
E me permito... não vou me esconder da vida, e ela também não vai se esconder de mim.

FIM
Carol Brunel
31/10/2019

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