segunda-feira, 12 de agosto de 2019

Viro Poeta

Viro poeta! Faço poesia!
Sobre meus anseios e fantasias. 
Assumo minhas iniquidades. 
Despindo meus pensamentos de pudor...
Desnudo também minhas verdades. 
Minha alma, minha pele, meu corpo.
Tudo em mim transborda... 
E viro poeta! Faço poesia!
Não camuflo minhas vontades. 
Meu desejo é transparente. 
Mas também confidencial. 
É um segredo distraído e singelo. 
Gostoso e exótico. 
Feito uma arte abstrata. 
É preciso decifrar cada estilha. 
Então viro poeta! Faço poesia! 
Escrevo por prazer. 
Sobre o prazer. 
Que desejo nesse dia! 

FIM 
Carol Brunel 


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