quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Começo, meio e fim...


As portas estão fechadas. Mas há janelas por toda parte.
Não há mais direção, nem caminho, nem destino...
Não há flores, nem cores, nem sorrisos.
Mas há um horizonte que longe me chama a continuar.
Esses cortes, essas dores, eu sei... vão cicatrizar!
Hoje não vai ter estrelas no céu. Nem vai ter luar.
Amanhã quem sabe?
Ou depois... e depois... e depois...
Aquele encanto feito de azul me consome os pensamentos.  
E as lembranças corroem a alma.
De todas as formas e admirações.
Lágrimas que vertem feito chuva levando tudo...
Um tsunami, um furacão, um terremoto.
É meu mundo desabando outra vez.
E por que a mim?
Talvez se tivéssemos entendido?!
Talvez se não existissem: “porém” e “afins”?!
Se não existissem “culpas” e “desculpas”?!
Se fosse menos não, e mais sim.
Mais leveza e menos temores...
Não há mais luz no fim do túnel, nem túnel, nem disfarce.
Não há mais borboletas, nem brincadeiras, nem um passe...
Há apenas pedaços de sonho espalhados pelo chão...
Estilhaçados feito vidro, sangrando por toda parte.
Não há amanhã. Nem hoje. Nem talvez.
Quem sabe isso seja como morrer estando vivo.
Mas para toda morte... há ressurreição.
E que a minha comece logo, pois não pretendo me afogar.
Sim! Há janelas por toda parte!

FIM!
Carol Brunel

10/09/2015


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