segunda-feira, 5 de abril de 2010

NÃO....

Não...

Eu não devo fazer parte desse mundo dos “normais”, do mundo das pessoas certinhas demais, dessas que se privam de fazer o que tem vontade por causa de paradigmas e situações. Do grupo do “eu não me permito”.
Definitivamente não!
Eu não faço parte do grupo do medo. Eu não pertenço ao mundo daqueles que tem medo de arriscar, se aventurar, cair nos braços de uma paixão.
Não faço parte do mundo daqueles que nunca saem da rotina, nunca perdem a pose, nunca cometem gafes, nunca fazem uma bobagem só para depois rir de si mesmo.
Não! Eu não me encaixo no mundo daqueles que não tem histórias pra contar por que sempre viveram uma normalidade chata e sem graça. Dos que nunca cometeram uma loucura, ou fizeram algo por impulso sem pensar nas conseqüências, mesmo se arrependendo depois. Eu ainda prefiro me arrepender a deixar de sentir.

Não! Eu não acredito nessa história de hora certa, hora errada. Certo e errado. Feio e bonito, pessoa certa, pessoa errada ... Para mim não existe momento errado, por que se alguém surge no meu caminho categoricamente era o momento certo. Afinal como disse Chaplin:

“Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra! Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso”.

Não existe certo ou errado, por que é apenas uma questão de ponto de vista. De opinião! Todas as coisas nas nossas vidas têm os “dois” lados. Como uma moeda.

Uma decepção vai trazer mais força e amadurecimento.
Um problema vai trazer superação e crescimento.
Fecham-se portas, outras se abrem.
Novos amigos, novos amores, novos acontecimentos...

É! Eu não faço parte desse mundo dos “acomodados” que tem receio de tudo e ficam ponderando todas as coisas com suas velhas teorias pensando demasiado no futuro. Futuro esse que pode nem vir a ser.

O meu futuro é o hoje. O meu futuro é o agora. E se me sinto bem agora é o que importa. Por que vulneráveis todos estamos desde o dia em que viemos ao mundo.
Vulneráveis às decepções, ao sofrimento, a dor, a tristeza.
E absolutamente fugir dos acontecimentos e das dificuldades não resolve nada.
Impedir o coração de sentir, sem sombra de dúvidas não é a melhor maneira de sentir felicidade.

Por isso, podem continuar dizendo que sou “louca” por eu ser assim. E eu vou continuar repetindo que louco é quem me diz que não é feliz.
Louco é quem vê a vida passar sentado num sofá, em frente à televisão, chorando dores passadas e remoendo antigas (muito antigas) mágoas... enquanto existe um mudo ai fora repleto de pessoas e oportunidades. Louco é quem vive se queixando da vida, ao invés de abrir a alma e o coração para novas experiências.

Sim! Sofrimento é muitas vezes inevitável. Tem feridas que demoram a cicatrizar. E eu concordo que muitas vezes é dificílimo enfrentar as provações da vida.

Mas, se “errar é humano e persistir no erro é burrice”.
Eu penso que sofrer também é humano, mas continuar no sofrimento é bobagem.

E quem disse que não tenho os pés no chão? Quem disse que não tenho sonhos? Que não tenho planos? Que não tenho consciência das dificuldades?

É por ter consciência que eu prefiro enfrentar as dificuldades.
É por ter sonhos que eu prefiro viver.
É por ter os pés no chão que deixo as coisas acontecerem como devem ser.
E é por não ter medo que eu vivo intensamente...

E louco por louco, todo mundo é um pouco...
E eu ainda prefiro ser feliz.


FIM
By: Carol B.

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