segunda-feira, 1 de março de 2010

Relacionamentos

PARTE I

Estive pensando sobre alguns problemas que afetam relacionamentos e entre os diversos que diagnostiquei durante os últimos anos, onde pude vivenciar alguns relacionamentos bons e ruins, pensei num “problema” que pode ser bastante comum: “a mudança do estar apaixonado”. É assim que vou chamar.

Claro que muitas coisas afetam relacionamentos, como infidelidade, mentiras, falta de reciprocidade, falta de companheirismo, sentimento que vira amizade, falta de respeito, falta de afinidade, diálogo. Enfim, são tantas coisas que podem influenciar numa relação e eu acredito que todas elas são desencadeadas por alguns fatores.

Obviamente algumas dessas “coisas” podem ser corrigidas, com diálogo e força de vontade das partes. Sim! Porque uma pessoa sozinha não salva uma relação. Uma relação só é salva caso as partes envolvidas estejam dispostas a REALMENTE fazer sua parte. E esse realmente, não significa apenas dizer que vai fazer sua parte, mas aplicar na prática o que se pode fazer melhor. Afinal de contas, todos nós podemos ser melhores do que somos.

Bom, mas vamos “a mudança do estar apaixonado” e vou explicar o que quero dizer com isso.

Simples, quando estamos sozinhos e digamos numa boa, tudo muito tranqüilo, costumamos ter nossos compromissos, nossa vida social, nossas atitudes. Por exemplo, no msn usamos “subnicks” com frases alegres, de festa, de músicas que curte ou frases. Falamos com os amigos, caminhamos, fazemos academia, sei lá. Qualquer coisa do tipo, ou seja, vivemos nosso dia-a-dia numa boa.

... E então surge uma pessoa, começamos a ficar, nos apaixonam e de repente alguém na relação acaba mudando. Mudando as atitudes, os afazeres entre outras coisas. Deixando de lado os compromissos, a vida social, os amigos, tudo pra viver pelo outro. Grande erro! Pois, devemos viver pra nós e amar o outro. Eu já cometi e com certeza muita gente já cometeu. É um sentimento de necessidade que acaba sufocando.

A paixão faz coisas que não tem explicação. O que acontece é que quando você está intensamente apaixonado, acaba perdendo um pouco da noção e deixando o “eu” de lado. Começa a viver demais a relação e perdendo um pouco da sua identidade pra agradar a outra pessoa. Por quê? Lógico, porque você se apaixonou por aquela pessoa, que talvez seja bastante diferente de você e nessa entrega acabou se tornando uma pessoa insegura, possessiva e ciumenta, o que por sua vez gera atitudes inadequadas que acabam prejudicando o relacionamento no geral.

Resumindo, a pessoa se apaixonou por quem você era e enquanto você era, pois quando você deixou de ser aquela pessoa do começo, provavelmente a relação desestruturou.

Tudo bem! Eu concordo que algumas pessoas gostam mesmo de serem pisadas, esnobadas. Tem gente que gosta da conquista, então quanto menos atenção você der mais vai receber. Sei lá por que é assim, mas algumas pessoas são frias mesmo e pronto, ou você as aceita assim, ou as deixa.

Não estou querendo dizer que a culpa é toda nossa, por que às vezes o outro não reconhece mesmo os seus sentimentos. Mas, é sempre bom colocar na balança e fazer uma avaliação das suas atitudes pra entender um pouco dos problemas da relação.

O que estou tentando expor aqui, é que muitas vezes cometemos esse equivoco de mudar quem somos. Deixamos de lado nossa independência, nossa vida social, nossos costumes, tudo pra agradar o outro. Quando na verdade o outro gostava de você da forma como te conheceu.

Lição número 1 - não deixe de ser você.

-------------------------------------------------------
PARTE II

Agora vamos supor uma outra situação. Você conheceu uma pessoa, no começo estava um pouco desligado, pé atrás, não querendo compromisso. Enquanto a pessoa buscava por você, tratava carinhosamente, até que você resolve mergulhar de cabeça e se entregar. Declara seu sentimento e quando isso acontece à pessoa simplesmente “puft” muda! Humm... Problemas a vista!

Por que a partir desse momento o jogo inverte e você se torna “o apaixonado” da história e começam as atitudes inadequadas da sua parte. Uma vez que a mudança do outro pode fazer com que você ou deixe a relação, ou insista na relação com cobranças e insegurança, pois que você achava que aquela pessoa estava apaixonada e quando você se declarou ela se tornou um pouco “fria”.

Mas, toda mudança é gerada por algum fator, logo a mudança da pessoa pode ter sido gerada por alguns fatores como:

1 – Ela (e) gostava da conquista e quando viu que você se entregou e ela (e) te tinha nas mãos perdeu a graça. Tem gente que gosta da viver na insegurança do “será que ele (a) gosta de mim?”. Por incrível que pareça né.

2 – Você cometeu algum equivoco que a pessoa não esqueceu e a fez mudar.

Ou seja, muitas vezes temos que ponderar as coisas. Será que não foi a sua mudança de atitude que fez com que a outra pessoa mudasse? Será que não é você quem está agindo de forma equivocada na relação? Claro, não podemos nos culpar de tudo, com certeza fazemos coisas boas numa relação que talvez a outra pessoa não reconheça. Bom, nesse caso talvez quem tenha ‘problema’ para se relacionar é seu parceiro (a).

Uma coisa é certa, se a relação está desequilibrada é porque alguma coisa não está bem. É então que entra a reflexão. Você precisa observar o outro, mas também observar você mesmo. Ponderar e ver os prós e contras do relacionamento. Às vezes não vale a pena insistir numa relação, às vezes só basta um pouco de conversa e humildade.

Lição número 2 – Continue sempre sendo você mesmo, mas reflita sempre sobre suas atitudes...
-------------------------------------------------------
PARTE III

Cuidado com as pessoas cheias de razão. Pessoas cheias de razão, incapazes de aceitar criticas ou de admitir que erram, realmente são bastante difíceis de lidar. Pra conviver com uma pessoa assim, você tem que ter bastante força de vontade, bastanteee sentimento (muito mesmo) e ainda aprender a conviver com esse “defeitinho” o que não é tão simples assim. Muitas vezes você vai ter que concordar somente para não discordar sabe? Engolir sapo e fingir que está tudo bem. O que não é tão simples assim, principalmente para pessoas intensas (like me).

Geralmente costumam ser um pouco rancorosas por acharem que sempre tem razão. Então, se você comete algum erro, será punido pelo resto da vida por aquilo.

Caso você seja o tipo de pessoa que não guarda mágoas, nem rancores e geralmente é capaz de admitir seus erros humildemente, vai sentir dificuldade de conviver com um “cheio de razão”.

Mas, pra tudo há o equilíbrio, se você gosta muito (mas eu falei muitoo mesmoo) e está disposto (a) a tentar mesmo assim, só vai ter que aprender a dançar conforme a dança do outro, mas de uma forma que não te faça perder a identidade. É um trabalho árduo, mas que talvez possa gerar bons frutos no final. Vai depender dos outros fatores também, é claro! Porém:

Lição número 3 – Nunca deixe de ser você, mas saiba admitir quando vc erra.
-------------------------------------------------------
PARTE IV

Cuidado também com pessoas que tentam o tempo todo te colocar pra baixo.

Sabe aquele tipo “eu sou perfeito (a), eu sou o melhor”.

Aqueles que ficam toda hora citando suas qualidades, as qualidades da família, bens materiais, entre outras coisas, além de tentar sempre impor suas idéias sobre você. Geralmente esse tipo é derivado do tipo acima (o cheio de razão). Os cheios de razão tendem a querer que você se molde pra eles e que o endeusem, por isso muitas vezes tentam te colocar pra baixo pra que você se sinta menor que eles.

Ou seja, eles tendem a te enfraquecer, sugar suas forças e suas energias.

Fazem isso por que simplesmente se acham melhores do que o resto do mundo. Logo, tendem a te sufocar e inibir suas atitudes e sua personalidade, pois são incapazes de aceitar que alguém saiba mais que eles.

Bater de frente com os “cheios de razão” e os “Perfeitos” não é bom, por tanto, você tem que buscar outras formas de mostrar-lhes certas coisas. E essa forma não é se rebaixar ao que dizem. Logo:

Lição número 4 – De qualquer jeito continue você! Apenas ajuste alguns defeitos básicos...

E FIM

By: Carol Brunel

Nenhum comentário:

Postar um comentário