terça-feira, 8 de dezembro de 2009

UM DIA...

Um dia escreverei um livro, um livro que fale sobre o amor, um livro que fale sobre a vida, um livro que fale sobre viver, um livro que fale de sentimentos, pensamentos, devaneios.
Nele terão arco-íris e poesias. Poesias e verdades e até verdades de mentira.
Um dia desistirei de entender os porquês do porque do que acaba de acontecer.
E também deixarei de tentar decifrar os sonhos que sonho nas noites abstratas da minha imaginação.
Um dia a chuva vai cair sobre nós de um jeito diferente, lavando a alma e o coração.
Um dia... Quem sabe hoje, eu escreva uma canção. E faça melodia, melodia com paixão.
Mas e se ‘um dia’ não chegar? E se não chegar então, bastou-me até aqui.
Palavras escondem segredos, segredos escondem-se em palavras.
Verdades ocultas num pedaço de papel. Verdades escondidas num olhar.
É um dia tão cinza. Cinza “is black and white”, com um pouco mais de branco.
Metáfora “é uma figura de linguagem”. É dizer algo sem dizê-lo no sentido convencional (claramente). Metáfora é uma noite triste.
Hipérbole é um exagero. Exagero é chorar rios de lágrimas. Rios de lágrimas é um exagero, exagero é hipérbole.
Sinestesia é a mistura de sensações, visuais, auditivas, gustativas, olfativas e táteis. Sinestesia é o doce sabor da liberdade.
Metonímia é troca de um termo por outro, quando estes têm uma relação de dependência. Metonímia é ganhar a vida com suor. "O suor é o efeito, o trabalho a causa".
Tudo isso é metáfora.
A vida é uma metáfora.
Um dia vou aprender a pensar antes de agir, e outras vezes a agir sem pensar demais. Pensar é bom, pensar demais é ruim.
Um dia vou descobrir que o que realmente me afligia no passado era apenas bobagem.
Mas, outras ‘bobagens’ vão surgir para me afligir.
Um dia vou contar todos os sonhos que tive, todos os pensamentos que pensei, todas as verdades que escondi, todas as paixões que vivi, todos os dias em que acordei achando que a vida era um sonho bom e de repente me deparei com as pedras.
Um dia quem sabe eu tenha coragem de enfrentar esses monstros que me consomem.
Um dia talvez eu entenda por que as pessoas são tão maldosas, preconceituosas e falsas.
De repente um dia as pessoas compreendam as diferenças e as respeitem. Quem sabe compreendam que não importa o que você é ou faz da sua vida, você tem o mesmo direito de ser feliz.
Quem sabe um dia eu viva da forma que desejo, sem medo, sem receios, ou quem sabe eu me esconda atrás dos muros que me cercam e fique ali buscando uma felicidade que não pode me fazer feliz.
E o sol brilha e brilha o sol.
A noite termina, o dia nasce, a flor se abre, borboleta voa e a vida renasce.
Um dia...
Um dia...

FIM

Por: Carol Brunel

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