terça-feira, 15 de dezembro de 2009

...Sunshine...

Quando morri eu descobri que queria viver mais. Viver mais para poder simplesmente errar mais, aprender mais, fazer mais, rir mais, chorar mais, sentir mais, sonhar mais, amar mais e ter menos medo de errar.
Quando morri eu repensei a minha vida, e descobri que mesmo tendo feito tudo errado, eu fiz tudo certo, porque fiz e não deixei de fazer o que me dava prazer...
Minha impulsividade ruim era também boa.
Quando morri eu percebi que passei tempo demais pensando em qual caminho deveria seguir. E que passei tempo demais me preocupando com os adágios alheios, deixando de lado as minhas convicções.
Quando morri eu vi o quanto fui cruel, desonesta e injusta algumas vezes, mas também o quanto foram injustos, cruéis e desonestos comigo, e o quanto eu fui injusta comigo mesma por me privar às vezes de ser do jeito que eu era.
Quanto morri... Eu aprendi o valor de cada pessoa que passou na minha vida. Vi que muitas delas ficariam para sempre na minha eterna lembrança, eram especiais.
Quando morri, eu dei valor a tudo que eu tinha de um jeito diferente.
E quando morri, eu desvendei o motivo real de tantos textos que escrevi. Eram mais que desabafos, eram mais que teorias, que histórias, que pensamentos, que devaneios, que loucuras... Era a forma que eu buscava de ser compreendida. A forma que eu tinha de falar o que pensava e o que queria, pois de alguma forma eu me sentia repreendida de falar e de ser. Era a forma de tentar encontrar minha própria “identidade”. Afinal, quem era eu? Quem eu fui? Aquele “algo” que faltava e eu não sabia por que e nem o que era.
Escrever era uma forma de “revelar” o “eu” desconhecido por tanta gente. O “eu” que eu mesma reprimia.
E somente quando morri é que pude ser esse eu, pois quando morri caíram por terra as verdades escondidas, que não eram mentiras, eram apenas ocultações necessárias.
Quando vivi morri e quando morri vivi.

FIM
Caroline Brunel


“Manifesto não é só mais um tema, mas um convite à reflexão. E à ação. A transformação do mundo externo só é efetiva quando há mudança de mente e uma capacidade maior de observar as coisas que ficam sempre nas entrelinhas do cotidiano”.
“Atitude são modos estabelecidos de responder a pessoas e situações que vivemos, baseados nas crenças, valores e suposições que carregamos”.

“O visível é efêmero o invisível é eterno”

“As palavras perdem o significado na imensidão... O que existe à nossa volta? Para estar conectado com o espaço, esse assustador e imenso espaço, é preciso estar vivo”.

“Indivíduos únicos, com diferentes estilos de vida, mas com coisas em comum: todos são seres humanos (com imperfeições), todos são filhos de Deus”.

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