Quando morri eu repensei a minha vida, e descobri que mesmo tendo feito tudo errado, eu fiz tudo certo, porque fiz e não deixei de fazer o que me dava prazer...
Minha impulsividade ruim era também boa.
Quando morri eu percebi que passei tempo demais pensando em qual caminho deveria seguir. E que passei tempo demais me preocupando com os adágios alheios, deixando de lado as minhas convicções.
Quando morri eu vi o quanto fui cruel, desonesta e injusta algumas vezes, mas também o quanto foram injustos, cruéis e desonestos comigo, e o quanto eu fui injusta comigo mesma por me privar às vezes de ser do jeito que eu era.
Quanto morri... Eu aprendi o valor de cada pessoa que passou na minha vida. Vi que muitas delas ficariam para sempre na minha eterna lembrança, eram especiais.
Quando morri, eu dei valor a tudo que eu tinha de um jeito diferente.
E quando morri, eu desvendei o motivo real de tantos textos que escrevi. Eram mais que desabafos, eram mais que teorias, que histórias, que pensamentos, que devaneios, que loucuras... Era a forma que eu buscava de ser compreendida. A forma que eu tinha de falar o que pensava e o que queria, pois de alguma forma eu me sentia repreendida de falar e de ser. Era a forma de tentar encontrar minha própria “identidade”. Afinal, quem era eu? Quem eu fui? Aquele “algo” que faltava e eu não sabia por que e nem o que era.
Escrever era uma forma de “revelar” o “eu” desconhecido por tanta gente. O “eu” que eu mesma reprimia.
E somente quando morri é que pude ser esse eu, pois quando morri caíram por terra as verdades escondidas, que não eram mentiras, eram apenas ocultações necessárias.
Quando vivi morri e quando morri vivi.
FIM
Caroline Brunel
“Manifesto não é só mais um tema, mas um convite à reflexão. E à ação. A transformação do mundo externo só é efetiva quando há mudança de mente e uma capacidade maior de observar as coisas que ficam sempre nas entrelinhas do cotidiano”.
“Atitude são modos estabelecidos de responder a pessoas e situações que vivemos, baseados nas crenças, valores e suposições que carregamos”.
“O visível é efêmero o invisível é eterno”
“As palavras perdem o significado na imensidão... O que existe à nossa volta? Para estar conectado com o espaço, esse assustador e imenso espaço, é preciso estar vivo”.
“Indivíduos únicos, com diferentes estilos de vida, mas com coisas em comum: todos são seres humanos (com imperfeições), todos são filhos de Deus”.
=D
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