segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Coragem para mudar!

É preciso muita coragem para mudar.

É preciso coragem para soltar aquilo que não cabe mais. Sejam as coisas mais simples, como uma roupa, um objeto, ou coisas maiores como um pensamento, uma forma de viver, um lugar em que você não se sente mais feliz...

Não é fácil quando a gente precisa se soltar... e soltar algo que não queríamos soltar. Nós, seres humanos, temos medo das mudanças, temos medo de recomeçar, temos medo estarmos tomando a decisão errada, temos medo o tempo todo...

Insistimos tanto em permanecer presos em situações e lugares que já não vibram nossa essência... que por vezes vamos nos afogando nas próprias arramas. Perdendo nossa luz...

Até que um dia a coragem vem... e ela nos desprende. Um dia quando a gente menos espera, uma chave vira na nossa cabeça e faz a gente perceber que precisa mudar. O que estou fazendo aqui? O que estou fazendo de mim?

E mudar não é fácil, não significa que seja fácil, não significa que não vá doer, não significa que somos pessoas frias, sem sentimento. Não significa que somos insensíveis, que somos desumanos. Não significa que não vivemos bons momentos, que não tentamos, que não queríamos. A gente simplesmente entende que também merece ser feliz. Significa apenas que aceitamos que nem tudo nos serve.

 Aquela roupa antiga, já não cabe mais.

Aquele pensamento do passado, já não funciona agora.

Aquele jeito de encarar a vida, não é mais o mesmo dos 20, 30 anos. Ansiamos outras coisas agora.

Aquele lugar que antes era bom, já não faz mais a gente sorrir como antes.

Somos donos da nossa essência. Somos nosso bem mais precioso. Somos nossa própria casa. Nosso lar é nosso coração, é nossa alma, é um lugar de paz, mesmo que a paz more na solitudeA gente não deve nem precisa depender. A gente precisa se somar e enquanto não pudermos ser soma, que não sejamos subtração.

Às vezes, só precisamos nos encontrar com nós mesmos, com a nossa verdade. Há quem chame isso de egoísmo, há quem ache que estamos sendo felizes, quando na verdade só queremos seguir em frente. Afinal, o que é felicidade, se não um estado de espírito passageiro.

E quando a gente se prioriza, se escolhe, se acolhe e tenta se reencontrar, sempre vai ter aquele julgador de plantão dizendo:

 “Olha lá fulano já sendo feliz” -  "Ai beltrana tá vivendo né..."

Mas nem sempre é felicidade, muitas vezes é só um jeito particular de encarar as coisas. Podemos escolher como vamos encarar as nossas dores, alimentando-as ainda mais, ou fazendo pequenas coisas que nos alegrem. Eu acho sempre melhor a segunda opção.

É engraçado como as pessoas acham que viver é ofensivo, que é um pecado fazer coisas legais depois de ter sofrido. Que uma pessoa quando resolve mudar sua vida e soltar as coisas que lhe ferem, não pode viver... Ela precisa se afundar na escuridão e se trancar na dor. Talvez esse sim seja um pensamento egoísta.

Não é fácil não mudar, deixar coisas para trás, recomeçar. Mas também não é fácil permanecer em lugares onde você sente mais tristeza do que alegria. Toda escolha é difícil, mas escolher infelicidade, é pior.

Temos todo o direito e a liberdade de VIVER. Temos todo o direito de sair da escuridão e voltarmos a sentir a vida, os pequenos momentos de felicidade nas coisas mais simples. Temos todo o direito de sorrir, de cantar, de dançar, se reconectar com a própria alma... e seguir em frente.

Porque a vida é um eterno recomeço! 

Todos os dias, quando a gente acorda... um recomeço!

 

Fim

Carol Brunel 




quinta-feira, 25 de setembro de 2025

“Pessoalidades”

 

O que eu espero da vida não é algo que dá para comprar com dinheiro. Embora, é claro que assim como qualquer ser humano eu gosto de coisas que o dinheiro compra.

Mas o que eu espero da vida é muito mais que isso. Eu quero vibrar na paz, quero sentir meu coração em paz, quero acordar e viver com leveza, apesar dos pesares da vida. Mesmo sabendo que vou tropeçar algumas vezes, mesmo sabendo que vou errar, mesmo sabendo que nem tudo serão flores...

Mesmo assim, eu quero ter mais momentos bons do que ruins. Quero sentir no coração os bons sentimentos. Quero a felicidade na simplicidade do dia a dia e também nos grandes atos. Quero não ter medo de ser quem eu sou. Quero ser aceita, entendida, acolhida e respeitada nas minhas particularidades. Quero respirar com tranquilidade, sentir minha alma leve.

Quero abastecer meu universo interior com coisas boas, com diálogos saudáveis, com falas positivas, com trocas que aquecem a alma. Quero falar de coisas boas, quero ser elogiada pelo o que sou. Quero que minhas qualidades sejam reconhecidas, admiradas, muito mais do que minhas falhas humanas.

Quero ser amada por quem eu sou, do jeitinho que eu sou, dentro da minha essência.

Quero o sol irradiando na minha pele enquanto eu respiro a paz de viver em harmonia; seja em uma manhã olhando o mar, seja em um dia estrelado olhando as estrelas. Quero a suavidade do amor. Viver na “sorte de um amor tranquilo”.  

Não quero cultivar conversas destrutivas, não quero me tornar uma pessoa amarga que vive julgando tudo e vigiando a vida alheia. Afinal a vida já é difícil o suficiente para a gente piorar ela com amarguras e ressentimentos.

Eu não quero ser uma pessoa cheia de dores não curadas. Eu não quero ser uma pessoa olhando a vida passar e sendo infeliz.

Quero me reconhecer, reconectar, redescobrir. Quero buscar a transformação de dentro para fora. Quero me pertencer... e ninguém vai me roubar de mim, pois eu só vou ficar onde for aceita.

Quero ter coragem... Coragem de deixar para trás tudo aquilo que fere, tudo aquilo que pesa. Pois nessa vida, eu tenho certeza:

MEREÇO SER FELIZ!

 

Fim

Carol Brunel

 

Se alguém disser pra você não cantar Deixar teu sonho ali pr'uma outra hora(...) Se alguém disser pra você não dançar E que nessa festa você tá de fora Que você volte pro rebanho Não acredite, grite, sem demora... Eu quero ser feliz agora”- Oswaldo Montenegro





terça-feira, 23 de setembro de 2025

Dia lindo!

 Um dia lindo de sol, precedido de uns dias de chuva...
 
Como na vida, não há dias chuvosos que durem para sempre. Os dias nublados são necessários para todo o funcionamento da vida e inclusive para que a gente possa apreciar os dias ensolarados. Assim como as tempestades passam lá fora, elas também passam dentro de nós.
 
Hoje é um daqueles dias tão lindos, que dá vontade de deitar na grama e ficar pensando na vida, olhando a vida passar, SENTINDO sem pressa... respirando com calma, admirando a beleza da natureza.
 
Vontade de sentar na sombra de uma árvore e ficar curtindo o momento. Ouvindo o silêncio dentro do coração. Sentindo a paz adentrar pelas entranhas, em cada célula, em cada pedacinho do existir.

A paz que cura tudo!
 
Quem sabe deitar em uma rede, ouvindo as músicas favoritas. Enquanto a mente borbulha de insights e o coração se enche de felicidade.
 
Que bom poder viver.
Que gratidão poder viver. 
Que dia lindo!
 
FIM
Carol Brunel




 

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

NOSTALGIA

 A maioria das pessoas acha os dias de chuva entediantes ou tristes.

Eu, contrariando como sempre a lógica de tudo, acho os dias de chuva nostálgicos e serenos. Está certo que muitas vezes são dias melancólicos, mas para mim os dias de chuva são repletos de memórias.

Sempre gostei de ficar olhando a chuva cair, era quase terapêutico admirar os pingos molhando as folhas das árvores, enquanto minha mente me levava a lugares tão meus, tão íntimos. Eu construía minhas histórias, minhas palavras, meus sonhos.

Hoje, nesse dia chuvoso, aqui no sul. Não só me remetem as recordações, como me faz ansiar pelo futuro próximo, pelos desejos que carrego na alma, por essa vontade louca de viver algo extraordinário.

Enquanto as folhas balançam lá fora, soprando os últimos ares de outono nesse início de primavera. Enquanto a música toca. Enquanto os pingos de chuva caem e os pássaros se aninham embaixo das folhas... Eu fico a sonhar!

Sonhando acordada...

Construo em minha mente criativa milhares de momentos, os quais quero viver intensamente. Construo em minha mente todas as histórias e ocasiões que ficaram para trás, presas em algum espaço de tempo da minha vida terrena. Aquelas coisas que eu queria ter vivido e não vivi. Aquelas sensações que eu queria ter experimentado, mas não tive coragem. Aqueles planos que eu fiz e não vivi por medo.

Os sentimentos dentro de mim são imensos e intensos como a chuva que cai lá fora. Essa chuva necessária, relaxante... Que faz brotar a vida.

Sinto como se tivesse me transportando para um tempo da minha vida em que não consegui fazer as escolhas certas. Um lugar de reencontro comigo mesma, com o meu passado, para que eu possa acertar as velas do meu barco... e remar mais forte.

Que dia chuvoso bonito. Nostálgico. Necessário.

Esse dia que me faz transbordar, dentro e fora de mim. Que me faz querer, mais do que nunca, viver!


FIM

CAROL BRUNEL


-- PLÁGIO É CRIME, FAVOR NÃO COPIAR--




sexta-feira, 12 de setembro de 2025

~Dor~


Tem dor que rasga o peito. 

Destrói o sujeito. Não tem jeito. 

Maltrata. Dilacera. Consome. 

A carne. A vida. A alma.

Cada pedaço do existir.  

Tem dor que não cabe em poesia. 

Nem na rima. Nem na música. 

Só cabe em lágrimas. 

Tristeza profunda. Absurda.

Tem dor que leva consigo a alegria. 

Tem dor que derruba. 

Até as almas mais fortes. 

Mas quem sabe tenham sorte. 

De outra ser feliz. 

Encontrar de novo motivo para sorrir. 

A vida não é só felicidade.


Fim 

Carol Brunel 


(Reprise)




Todos os dias.

 

Todos os dias, ao acordar, aquela moça sorria. Todos os dias!

Era sempre o primeiro pensamento do dia, também era o último ao adormecer.

Todos os dias, andava por aí a moça a sorrir.

Brilhando de alegria pela força do seu sentir. Exalando felicidade. Todos os dias!

Sonhava com o que havia de vir. Mas havia é pretérito.

Pretérito imperfeito do indicativo.

Mesmo assim, a moça acreditava na força do universo, imaginava que seria feliz.

Todos os dias, o desejo da moça era ingênuo: ser feliz.

Ver um mundo de cores, abraços, trocas singelas de momentos felizes.

Ansiava ela por algo que não é fácil: viver com leveza. Todos os dias!

Os dias são pesados, a vida é pesada e se a gente não for leve... desmorona.

Aquela moça sabia disso...

E todos os dias antes de dormir a moça ficava a imaginar como seria o futuro.

Fazia planos, olhava a vida lá fora com esperança e amor. Todos os dias!

Esperava ansiosamente pelas horas, por aqueles pequenos tempos de felicidade.

Sabia ela, que felicidade não é constate, mas que momentos felizes mudam a vida.

Acreditava na sorte...Acreditava! Todos os dias!

Um dia a moça, com suas dores, seus defeitos, sua condição humana... descobriu...

Nem tudo dependia dela, nem tudo estaria ao seu alcance.

Todos os dias ela passou a perceber que por mais que quisesse...

Não tem o controle sobre o que os outros pensam e fazem. 

Sobre como agem. Sobre o que esperam. Sobre suas interpretações. 

E nem todo mundo quer passar pelos dias ruins.

Haveria, por vezes, escuridões em seu mundo de cores e esperanças.

E todos os dias há quem pula do barco em toda ondulação.

Aquela moça, insegura como menina abandonada e forte como furacão...

Descobriu que tudo pode mudar em um piscar de olhos. Todos os dias!

Nessa vida, nem todo mundo está preparado para encarar as oscilações.

Os abalos, os desencontros de ideias, as turbulências da vida. 

Por isso há quem prefere se evadir na primeira sacudida.

Aquela moça também sabia disso. Todos os dias!

A pobre moça que sorria ao acordar, outrora voltará a sorrir. 

E mesmo quando tudo desencontrar, ela vai se encontrar dentro de si.

Ela é fênix! Ela acredita na sorte, no amor, na felicidade leve...

Todos os dias!


FIM

CAROL BRUNEL

12/09/2025

quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Quase primavera...

 
As flores refletem cores.
Que inspiram poesias.
Que trazem alegrias.
O sol traz consigo energia.
A luz que brilha e irradia.
Mas também nos dias cinzas,
Há algo de extraordinário.
Chamo de paz, melancolia.
A melancolia traz reflexão.
Reflexão diminui a euforia.
Põe nossos pés no chão.
E acalma o coração.
Coração calmo, sente amor.
Amor combina com calmaria.
Dias cinzas combinam com abraços.
Colo, luz de velas, harmonia.
E tudo o que eu faria...
Enquanto o amor pulsa.
No prazer desse dia.
 
Fim
Carol Brunel