terça-feira, 22 de julho de 2025

Faça as pazes com você

Eu não acho que eu acerto sempre. Aliás eu sei que eu erro e erro muito. Não faço tudo do jeito que esperam de mim. Eu ando pelos meus caminhos, e meus caminhos são peculiares, sinuosos e cheios de altos e baixos. 

Às vezes sou contraditória, impulsiva, confusa. Não acho que seja defeito ser imperfeito. Acho que apenas somos assim, humanos, que tropeçam no tempo e na vida. Somos aprendizes e talvez ainda estejamos muito atrás na escala de evolução, mesmo quando nos achamos sabiamente evoluídos. 

Não somos os mesmos que fomos, não seremos, lá na frente, quem somos hoje. Somos mutantes. Eu sou mutante. Mudei muito ao longo do caminho. Seguirei mudando. Sigo sempre, nesse mundo de devaneios, tentando me encontrar, mesmo quando me perco. 

Mas chega um momento da vida, em que a gente já não busca tanto a perfeição. A gente sabe que não existe vida perfeita, e a gente já não quer mais desgaste. A gente só quer um pouco de paz. Um lugar para respirar. Um fim de tarde tranquilo. Fazer nossas atividades e cuidar da mente. 
É bom quando a mente da gente encontra um espaço para refletir, enxergar com clareza. Aceitar que os outros tem direito de serem felizes do seu jeito, que as pessoas são diferentes e pensam diferente de nós. Que a felicidade é distinta para cada um de nós. Que temos pensamentos diferentes sobre os mesmos temas. 

Mas principalmente aceitar que nós também podemos ser felizes de jeitos diferentes dos outros, e pensar diferente e gostar de outras coisas. Que não estamos aqui para nos encaixarmos em padrões. Que podemos ser quem somos, aceitar nossa essência, fazer as pazes com o nosso coração. 

É bom entender que cada um nós é único do seu jeito. E tá tudo bem. Não tem nada de errado nisso. 

É bom fazer as pazes com a vida. Com nosso interior. Com a criança que fomos. Com o passado. Com o presente e com o futuro, mesmo sem saber como será. 
Ter sensatez e coragem de aceitar com orgulho o que somos até aqui. 

É bom estar em paz com os pensamentos.
E se orgulhar. Porque sim, temos muito que evoluir, mas muito por ser orgulhar. 

Fim
Carol Brunel 

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