Eu
sempre fui uma alma livre. Cresci e me fiz sozinha, vivendo no meu mundo, com
meus pensamentos livres, nos meus devaneios. Gosto do meu espaço. Do meu
tempo. Dos meus momentos. Porém não significa que por ser uma alma livre, eu
não saiba amar. O amor sempre foi algo intrínseco em mim. Latente na minha
alma. Ele não precisa estar nos maiores gestos do mundo. Ele existe! É simples!
Quando
eu era mais nova, tinha essa visão distorcida do amor, essa que nos fazem
acreditar sobre o sentimento de “possuir”. Eu não possuo ninguém e ninguém me
possuiu. Eu compartilho com alguém. Seja fisicamente ou emocionalmente. Não vejo
como RUIM (e qualquer
pessoalmente emocionalmente resolvida concordará comigo) o fato de termos nossos
momentos individuais em uma relação. É algo natural, necessário e saudável.
Nunca
fui uma mulher que cresceu pensando em casamento (embora já tenha morado
junto) exatamente porque sou contra essa coisa “prisional” de uma vida a dois
no dia a dia. Estou falando daquelas relações sufocantes: “Façam todas as
coisas juntos, estejam sempre disponíveis, não tenham liberdade”...
Eu
penso em uma relação da seguinte forma:
Existe
eu e existe o outro. Somos pessoas diferentes, mas nos amamos e queremos
compartilhar coisas juntos. Existe a minha individualidade e a individualidade
do outro. Os compromissos, as responsabilidades, as rotinas de cada um. Mas
existe amor e queremos dividir bons momentos. Não faremos todas as coisas juntos,
mas tudo o que fizermos vai ser incrível, porque será feito com amor. E acho que é isso o que torna uma relação saudável.
Amar
é estar sempre junto? Não! Não é! Muito pelo contrário, a definição de amor
jamais vai estar atrelada a uma presença física constante. Amor não é isso! Não
é essa coisa de filmes e livros...
Só
é assim quando a gente é emocionalmente vincula nossa felicidade a existência
de alguém. Felicidades se somam, não se completam.
Somos
seres individuais nesse universo. Ninguém concerne ao outro. A gente apenas
cultiva sentimentos uns pelos outros. Se eu me basto, não preciso de outra
pessoa para preencher minhas lacunas, eu preciso de outra pessoa para dividir
momentos, dar amor,... um amor sincero, calmo, tranquilo e verdadeiro. E amores
verdadeiros não são esses que as pessoas publicam nas redes sociais. Banalizados
em declarações de amor forjadas, mas cheios de traições.
Essa gente que arrota o amor da boca para fora, mas se quer respeita o outro.
Essa gente que fala como se ninguém mais no mundo soubesse
amar. "Olha lá alecrim dourado".
Amo
verdadeiro não são esses “descartáveis” que existem por aí. Nada que é tratado como descartável é amor.
FIM
– Carol Brunel _ 03/05/2023
----
"O amor é bom, não quer o mal. Não sente inveja ou se envaidece"
Nenhum comentário:
Postar um comentário