quarta-feira, 3 de maio de 2023

Pensamentos sobre: amor e relações!

 

Eu sempre fui uma alma livre. Cresci e me fiz sozinha, vivendo no meu mundo, com meus pensamentos livres, nos meus devaneios. Gosto do meu espaço. Do meu tempo. Dos meus momentos. Porém não significa que por ser uma alma livre, eu não saiba amar. O amor sempre foi algo intrínseco em mim. Latente na minha alma. Ele não precisa estar nos maiores gestos do mundo. Ele existe! É simples!

Quando eu era mais nova, tinha essa visão distorcida do amor, essa que nos fazem acreditar sobre o sentimento de “possuir”. Eu não possuo ninguém e ninguém me possuiu. Eu compartilho com alguém. Seja fisicamente ou emocionalmente. Não vejo como RUIM (e qualquer pessoalmente emocionalmente resolvida concordará comigo) o fato de termos nossos momentos individuais em uma relação. É algo natural, necessário e saudável.

Nunca fui uma mulher que cresceu pensando em casamento (embora já tenha morado junto) exatamente porque sou contra essa coisa “prisional” de uma vida a dois no dia a dia. Estou falando daquelas relações sufocantes: “Façam todas as coisas juntos, estejam sempre disponíveis, não tenham liberdade”... 

Eu penso em uma relação da seguinte forma:

Existe eu e existe o outro. Somos pessoas diferentes, mas nos amamos e queremos compartilhar coisas juntos. Existe a minha individualidade e a individualidade do outro. Os compromissos, as responsabilidades, as rotinas de cada um. Mas existe amor e queremos dividir bons momentos. Não faremos todas as coisas juntos, mas tudo o que fizermos vai ser incrível, porque será feito com amor. E acho que é isso o que torna uma relação saudável.

Amar é estar sempre junto? Não! Não é! Muito pelo contrário, a definição de amor jamais vai estar atrelada a uma presença física constante. Amor não é isso! Não é essa coisa de filmes e livros...

Só é assim quando a gente é emocionalmente vincula nossa felicidade a existência de alguém. Felicidades se somam, não se completam.

Somos seres individuais nesse universo. Ninguém concerne ao outro. A gente apenas cultiva sentimentos uns pelos outros. Se eu me basto, não preciso de outra pessoa para preencher minhas lacunas, eu preciso de outra pessoa para dividir momentos, dar amor,... um amor sincero, calmo, tranquilo e verdadeiro. E amores verdadeiros não são esses que as pessoas publicam nas redes sociais. Banalizados em declarações de amor forjadas, mas cheios de traições.

Essa gente que arrota o amor da boca para fora, mas se quer respeita o outro. 

Essa gente que fala como se ninguém mais no mundo soubesse amar. "Olha lá alecrim dourado".

Amo verdadeiro não são esses “descartáveis” que existem por aí. Nada que é tratado como descartável é amor. 

 

FIM – Carol Brunel _ 03/05/2023

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"O amor é bom, não quer o mal. Não sente inveja ou se envaidece"

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