Eu não sou uma pessoa que vive de
passado. Mas eu sou uma pessoa que compreende o passado. Que entende que ele
existiu e dentro dele teve muita coisa, muita gente, muita confusão, muitos
mundos, muita alegria, muita tristeza... muitos momentos. E quando vem a
nostalgia eu nunca impeço ela de percorrer meu corpo, minha alma, meu coração.
Eu não gostaria de viver no mesmo
lugar, nem de voltar aos mesmos espaços, mas talvez eu viveria de novo muitas
histórias (outras não).
Em dias chuvosos tem uma “cena”
que sempre vem na minha mente... é que quando olho a chuva caindo eu sempre
lembro da minha “solitude”. Sentada na janela que dava para o quintal, nas
minhas tardes solitárias, olhando a chuva cair, as poças na grama... enquanto
ouvia minhas canções e escrevia minhas emoções.
Talvez essa seja a nostalgia mais
bonita e forte que eu tenha daquela época. Porque eram momentos em que eu era “eu”...
eu comigo mesma, eu e meus milhares de medos, pensamentos, perguntas... Eu
inteira, sonhadora, apaixonada pela vida.
Se eu pudesse eu enquadrava
aquela janela, só para eu lembrar do quanto eu fui intensa e profunda sentada
no balcão, olhando através dela.
Fim
Carol Brunel
30/11/2022
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