segunda-feira, 19 de agosto de 2019

Viver!




A gente nunca sabe do nosso amanhã. A gente faz planos e espera uma vida perfeita em um mundo ideal. Nosso pequeno mundo ideal!

Mas nada sai como o planejado. E a gente não entende. A gente até se desespera às vezes. E pensa: “por que tem que ser assim”. A gente não aceita que as coisas não sejam como planejamos. Esquecemos que o mundo é muito maior do que nosso pequeno mundo ideal. Ele é imenso... e nele cabe muita coisa nova, muita gente, muito sentimento, muita mudança, muita vida!

Vivemos nos “auto sabotando” em nome do mundo perfeito que arquitetamos dentro de nós. Mas a gente esquece... o mundo perfeito não existe!

O tempo! Já ouvi dizer que o tempo é o senhor dos destinos. Mas será mesmo que a gente tem que deixar nossa vida nas mãos do “tempo”? E as oportunidades? Dizem que elas não batem duas vezes na mesma porta! Nisso eu acredito! Por isso, eu acredito que o mesmo tempo que nos “devolve” é o tempo que nos “rouba”. Enquanto a gente deixa o tempo passar, a vida escorre entre os dedos... e o tempo nos furta as chances... de se sentir feliz... de se sentir vivo!

Às vezes a gente precisa atrever-se! Correr riscos? Talvez! Não que a vida deva ser vivida loucamente e que a gente deva sair por ai fazendo o que bem entender, claro que não! Mas sobretudo, por que a vida precisa ser bem vivida, sentida, aproveitada. Não dá apenas para sair por ai se blindando de tudo e de todos. Viver com um escudo “emocional” ativado se protegendo de todas as coisas. Há coisas que acontecem e pronto! Aceitar o que a vida lhe oferece, também é ser franco consigo mesmo.

É difícil responder tantas perguntas dentro de nós. Nossas dúvidas são cruéis. Elas nos massacram. “Nossas dúvidas são traidoras” (diria Shakespeare).

É difícil entender os “por quês” da vida. É difícil brigar com a razão... que insiste em falar mais alto. Razão! O que é afinal?

Sempre leio muitos textos, sobre diversos temas, um dos que gosto muito diz assim:

““A vida não é violino e rosas” essa frase constantemente repetida no curso de formação em Gestalt-terapia martela em minha cabeça e decido usá-la como uma espécie de mantra para lembrar que nem tudo que existe é belo ou justo, que nem tudo faz sentido. Justiça é um conceito inventado, criado, produzido e reproduzido pelo homem e para aquilo que não conseguimos explicar, um Deus. Mas, para aqueles que já viveram o suficiente e sofreram, para todas as perdas e todos os ganhos sabemos: a vida não é justa! Ninguém é mocinho ou vilão!”

Completaria esse texto com outra citação:

“A pouca experiência de vida que tenho me ensinou que ninguém é dono de nada. Quem já perdeu alguma coisa que tinha como garantida, termina por aprender que nada lhe pertence... Melhor viver como se hoje fosse o primeiro ou o último dia da minha vida”.

Viver além do que é certo ou errado, é para mim, uma das maiores lições humanas. Viver além do certo ou errado, além de julgamentos e julgados. Não consigo (dentro das minhas mais honestas convicções) acreditar que algo que me faça sentir alegria possa ser tão “errado”. Certo e errado são conceitos, pré-conceitos, que vão muito além daquilo que a gente pondera. Existe apenas um caminho: o viver!

O que faz sua alma vibrar? O que tem feito você se sentir venturoso? O que faz com que você se olhe no espelho e pense “essa sou eu, eu sou o máximo”!

Perguntas. Respostas.
Perguntas sem respostas. 
Respostas sem perguntas.
Perguntas para quê? 
Respostas para quê?

FIM
Carol Brunel
19/08/2019


“Certo ou errado,
Certo ou errado
Quem não pula o muro
Não aprende a se arriscar
Não tá com nada, uou, uou
Não tá com nada
Certo ou errado,
Certo ou errado
Quem não cai da escada
Não aprende a levantar
Não tá com nada, uou, uou
Não tá com nada
Você já sabe tudo
Princípio, meio e fim
E vive a me dizer
O que é bom ou mau pra mim
Ô, ô, mas o que serve pra você
Nem sempre vai me convencer
Eu tenho a vida inteira
E muito que aprender
Mas todos os meus problemas
Você teima em resolver
Ô, ô, só eu que posso escolher
A vida que eu vou viver
Certo ou errado,
Certo ou errado
Quem não sai na chuva
Não aprende a se molhar
Não tá com nada, uou, uou
Não tá com nada
(Patrícia Max)

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