sexta-feira, 6 de outubro de 2017

RECICLE-SE!!!

<<[ALERTA TEXTÃO]>>

Eu sempre fico um pouco nostálgica e muito reflexiva antes do meu aniversário... E estava aqui pensando sobre algo que eu li uma vez com relação ao mundo “descartável”. Resolvi escrever minha ideia e compartilhar.
Sabe... esse mundo tá muito louco! Descarta-se tudo! E eu não estou falando só dos plásticos, estou falando de oportunidades, relações, pessoas. E se faz isso com a mesma velocidade com a qual a gente compra um chiclete no bar da esquina.

Hoje qualquer motivo é motivo para “chutar o pau da barraca” e se contentar com um “segue o baile”, um “não era pra ser”, ou um “não deu certo”. E em tudo é assim... a gente desiste! Por que é muito mais fácil achar uma desculpa do que fazer dar certo. Fazer dar certo dá trabalho né? Ter que ceder aqui e ali, mudar um jeitinho ali e acolá, engolir um “sapo” volta e meia. “Não!! Deus me livre, eu não vou tolerar nada”. Pois é... É mais fácil permanecer na nossa zona de conforto e comodismo, achando que somos perfeitos, esperando pelas oportunidades e pessoas perfeitas. Mas meu amigo, isso não existe!!

...No primeiro desentendimento vem uma enxurrada de negatividades. Na briga dizer: “é melhor cada um seguir para o seu lado”. Como se todo mundo fosse assim né?! Como se nada tivesse importância. Como se as pessoas fossem tão descartáveis quanto o lixo que a gente descarta todo dia. Sem contar as pessoas que ao invés de ajudar criam ainda mais barreiras. Que quando as suas não vidas não deram certo, ficam torcendo para que a vida do outro também não dê. Gente que ao invés de plantar amor, planta discórdia (mas isso é tema para um outro texto).

Narcisistas! Só por que nos falaram de amor próprio (e ele é importante), achamos que não precisamos amar ninguém mais. Batalha de egos. Orgulho. Ganância. A busca pelos bens materiais... E assim e constrói um mundo de almas vazias.  Um mundo de “stories” cheias e corações ocos. Um mundo que não olha para o lado, não estende a mão.

O que dá um ar de esperança (de que ainda podemos salvar o mundo), é ver que ainda tem gente que pensa diferente. Gente que recicla, não só o lixo que é tão importante para nosso planeta, mas também recicla a si mesmo. Recicla as ideias. Recicla as oportunidades, as relações, a vida.

Essa gente que recicla por que aprendeu a importância de evoluir. Essa gente que recicla por que entendeu que nada vai ser sempre do jeito que a gente espera, mas que, com jeitinho a gente constrói. Essa gente que aprendeu que a gente pode consertar antes de descartar. Essa gente que se recicla por que sabe que nós também precisamos melhorar, para nós mesmos e para o mundo. Essa gente que acorda e diz “hoje eu vou ser melhor do que fui ontem”. É essa gente que tá fazendo diferença nesse mundo. É essa gente que ainda consegue espalhar um pouco de amor, ser amor, deixar o amor entrar pelas veias e encher o peito. Transbordar!

Construir é difícil... É mais difícil do que desistir. Por que construir exige esforço, tem que pensar, tem ser criativo, tem que querer... mas a gente não quer se esforçar. Por isso a gente acaba sempre indo pelo lado mais fácil. Reciclar é mais difícil do que descartar. Para reciclar a gente tem que juntar todo o lixo, fazer a triagem do que serve e do que não serve, processar o material e mais uma série de coisas. Por isso dizer eu “não consigo” é uma saída para tudo. Reclamar é mais fácil.

Nesse mundo, onde a gente olha para o espelho e vê apenas um corpo, tá difícil de encontrar quem ainda enxergue almas. Almas imperfeitas é claro, mas sobretudo dispostas. Dispostas a reciclar a vida. Reciclar para que a gente tenha um mundo melhor, reciclar para que as crianças tenham um futuro melhor. Reciclar por que a gente sabe que nada vai ser perfeito, mas que fazendo a nossa parte, tudo pode ser diferente.  

Hoje, faltando praticamente dois dias para eu completar mais uma primavera, o que eu desejo para o mundo, para quem parou para ler essas palavras, para quem leu e não gostou, para quem leu e ficou intrigado... e até para quem leu e achou que é bobagem minha... é que a gente possa SE reciclar e reciclar!

FIM

Carol Brunel
06/10/2017

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