<<[ALERTA TEXTÃO]>>
Eu sempre fico um pouco nostálgica
e muito reflexiva antes do meu aniversário... E estava aqui pensando sobre algo
que eu li uma vez com relação ao mundo “descartável”. Resolvi escrever minha
ideia e compartilhar.
Sabe... esse mundo tá muito
louco! Descarta-se tudo! E eu não estou falando só dos plásticos, estou falando
de oportunidades, relações, pessoas. E se faz isso com a mesma velocidade com a
qual a gente compra um chiclete no bar da esquina.
Hoje qualquer motivo é motivo
para “chutar o pau da barraca” e se contentar com um “segue o baile”, um “não
era pra ser”, ou um “não deu certo”. E em tudo é assim... a gente desiste! Por que
é muito mais fácil achar uma desculpa do que fazer dar certo. Fazer dar certo
dá trabalho né? Ter que ceder aqui e ali, mudar um jeitinho ali e acolá,
engolir um “sapo” volta e meia. “Não!!
Deus me livre, eu não vou tolerar nada”. Pois é... É mais fácil permanecer
na nossa zona de conforto e comodismo, achando que somos perfeitos, esperando
pelas oportunidades e pessoas perfeitas. Mas meu amigo, isso não existe!!
...No primeiro desentendimento
vem uma enxurrada de negatividades. Na briga dizer: “é melhor cada um seguir
para o seu lado”. Como se todo mundo fosse assim né?! Como se nada tivesse importância.
Como se as pessoas fossem tão descartáveis quanto o lixo que a gente descarta
todo dia. Sem contar as pessoas que ao invés de ajudar criam ainda mais
barreiras. Que quando as suas não vidas não deram certo, ficam torcendo para
que a vida do outro também não dê. Gente que ao invés de plantar amor, planta discórdia
(mas isso é tema para um outro texto).
Narcisistas! Só por que nos
falaram de amor próprio (e ele é importante), achamos que não precisamos amar ninguém
mais. Batalha de egos. Orgulho. Ganância. A busca pelos bens materiais... E assim
e constrói um mundo de almas vazias. Um
mundo de “stories” cheias e corações ocos. Um mundo que não olha para o lado,
não estende a mão.
O que dá um ar de esperança (de
que ainda podemos salvar o mundo), é ver que ainda tem gente que pensa
diferente. Gente que recicla, não só o lixo que é tão importante para nosso
planeta, mas também recicla a si mesmo. Recicla as ideias. Recicla as
oportunidades, as relações, a vida.
Essa gente que recicla por que
aprendeu a importância de evoluir. Essa gente que recicla por que entendeu que
nada vai ser sempre do jeito que a gente espera, mas que, com jeitinho a gente
constrói. Essa gente que aprendeu que a gente pode consertar antes de
descartar. Essa gente que se recicla por que sabe que nós também precisamos
melhorar, para nós mesmos e para o mundo. Essa gente que acorda e diz “hoje eu
vou ser melhor do que fui ontem”. É essa gente que tá fazendo diferença nesse
mundo. É essa gente que ainda consegue espalhar um pouco de amor, ser amor,
deixar o amor entrar pelas veias e encher o peito. Transbordar!
Construir é difícil... É mais difícil
do que desistir. Por que construir exige esforço, tem que pensar, tem ser
criativo, tem que querer... mas a gente não quer se esforçar. Por isso a gente
acaba sempre indo pelo lado mais fácil. Reciclar é mais difícil do que
descartar. Para reciclar a gente tem que juntar todo o lixo, fazer a triagem do
que serve e do que não serve, processar o material e mais uma série de coisas.
Por isso dizer eu “não consigo” é uma
saída para tudo. Reclamar é mais fácil.
Nesse mundo, onde a gente olha
para o espelho e vê apenas um corpo, tá difícil de encontrar quem ainda
enxergue almas. Almas imperfeitas é claro, mas sobretudo dispostas. Dispostas a
reciclar a vida. Reciclar para que a gente tenha um mundo melhor, reciclar para
que as crianças tenham um futuro melhor. Reciclar por que a gente sabe que nada
vai ser perfeito, mas que fazendo a nossa parte, tudo pode ser diferente.
Hoje, faltando praticamente dois
dias para eu completar mais uma primavera, o que eu desejo para o mundo, para
quem parou para ler essas palavras, para quem leu e não gostou, para quem leu e
ficou intrigado... e até para quem leu e achou que é bobagem minha... é que a
gente possa SE reciclar e reciclar!
FIM
Carol Brunel
06/10/2017
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