segunda-feira, 19 de setembro de 2016

DIAS NORMAIS, COISAS REAIS!

Por: Carol Brunel

É tanto disse que me disse... E a gente não sabe mais o que é verdade ou não. Eu falo mal de vocês, vocês falam de mim. Eu aponto meu dedo bem no meio da sua cara e te condeno. De volta recebo condenações. Eu julgo as atitudes, enquanto as minhas também são julgadas. Planta-se tudo: ódio, rancor, discórdia. Só não se planta amor e perdão. 

Vamos lá, façamos comentários infelizes a respeito da vida alheia. Vamos lá, permaneçamos atirando maldade por ai. Vamos lá, dar aquela alfinetada na relação do amigo. Vamos lá, palpitando sobre as imperfeições dos outros. Continuemos assim, desaprovando os modos dos outros, como se fossemos perfeitos. Está tudo certo! É assim que se faz! Afinal olhar para o próprio umbigo para quê? Se nem “rabo” nós temos para cuidar... né não?!

Que bobagem! A gente só vai se divertir. Qual o problema né? Respeitar para quê? A carne é fraca. Mas acho que a falta de consciência também é! Depois a vida vira desordem e eu culpo os outros. Por que afinal é muito mais fácil assim. Paciência? Tolerância? Consideração? Ah deixa isso para lá! Veja bem eu já errei, mas não quero mudar não! Quero continuar sendo um f.d.p. (abreviação de: filho da puta).

E enquanto isso a gente faz de conta que é do bem. Se paga de gente bacana, caridoso e amigo do mundo. Estufa o peito para contar vantagem sobre si e falar das coisas boas que fez. Aprendemos a ser marqueteiros de primeira. Como se fossemos uma espécie de “Madre Teresa de Calcutá” da bondade, da caridade e do amor. Só que não! Dentro de casa e nas nossas relações pessoais, nós somos os primeiros a ser grosseiros, críticos e marotos.
E “assim caminha a humanidade” já dizia a canção... “com passos de formiga e sem vontade”. 

E depois? Ah depois a gente senta e choraminga perguntando: “ó meu Deus por que a minha vida está assim?”...”oh Senhor onde foi que eu errei”. Talvez as respostas estejam bem na cara...

Caráter se aprende sim! Se a gente já errou, se a gente erra e se somos todos imperfeitos. Não custa nada a gente fazer uma análise e buscar evoluir. Guardar nossas desaprovações para nós mesmos e seguir nossas vidas com menos barulho e mais amor no coração, cuidando do QUE e de QUEM devemos cuidar. Por que todo mundo já é grandinho o suficiente para saber o que é certo e errado. E depois não adianta reclamar quando o mundo girar... Então como diz aquele ditado popular: por favor “tente não ser um cuzão!”... FIM!

Caroline Brunel Matias
19/09/2016
Criciúma/SC


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