“Se você não consegue virar a página, troque o livro. Existem tantas histórias
interessantes esperando para serem lidas”
É assim que inicia a reflexão de hoje....
Em um momento, onde faltam palavras e sobram
pensamentos. Onde faltam atitudes e sobra a desesperança. A música toca a alma...
Lembro-me de um trecho da Cora Coralina que eu sempre costumo citar e diz
assim: “descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é decidir”.
Decidir é não ficar em cima do muro. É deixar
de viver preso aos medos. As incertezas e dúvidas. As desculpas, culpas ou
histórias. Decidir é mudar.
Decidir...
Fiquei pensando sobre isso e entendi que eu
não posso deixar que alguém decida minha vida, meu destino e meu caminho por
mim. Eu não posso e nem devo deixar nas mãos de alguém a responsabilidade por
isso. É uma questão de honra. É uma questão de coragem. É uma questão de amor
próprio e de seguir adiante na certeza de que tudo se renova. Somos nós os
responsáveis pelo nosso destino. São as nossas escolhas e decisões que mudam
toda história.
Ouço... ouço tudo que todos têm a dizer. Filtro
muita coisa. Ouço principalmente a minha voz interior. Ouço meu coração e
minhas intuições. Deixo ir embora todos os medos, todas as angústias. Me
desfaço... E me recomponho, agora diferente.
Vejo que nesse momento já não quero mais
reticências ou vírgulas. É chegada a hora do ponto final. É preciso fazer isso
por mim. É necessário trocar a fita, o livro, os planos, os sonhos. Não posso
sentar e esperar a vida passar. Na vida, o que vale são as atitudes.
Eu sou a minha vida. Eu sou meu chão, meu
teto, minha alma, meu coração. Sou meus erros e acertos. Sou a canção que toca.
Sou meu mundo. Sou os pedaços que juntei para me restaurar.
Reconstruir...
E assim hoje eu decido tirar de dentro de mim
o que passou e dar espaço ao que virá. Como diria Fernando Teixeira de Andrade:
“É o tempo da travessia: e, se não ousarmos
fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”.
Quem não faz a travessia só vê o tempo passar. Preso aos medos bobos criados
pela própria mente. É assim que muita gente se perde.
Não é assim que eu quero me perder.
Quero seguir, decidir e permitir... Que tudo seja bom!
Não é assim que eu quero me perder.
Quero seguir, decidir e permitir... Que tudo seja bom!
Termino citando Luís de Camões:
“A Morte, que dá vida o nó desata,
os nós, que dá o Amor, cortar quisera
na Ausência, que é contra ele espada fera,
e com o Tempo, que tudo desbarata” - Luís de Camões
os nós, que dá o Amor, cortar quisera
na Ausência, que é contra ele espada fera,
e com o Tempo, que tudo desbarata” - Luís de Camões
FIM
Carol Brunel
21/03/2016
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