segunda-feira, 21 de março de 2016

Vire a fita!

Se você não consegue virar a página, troque o livro. Existem tantas histórias interessantes esperando para serem lidas”

É assim que inicia a reflexão de hoje....

Em um momento, onde faltam palavras e sobram pensamentos. Onde faltam atitudes e sobra a desesperança. A música toca a alma... Lembro-me de um trecho da Cora Coralina que eu sempre costumo citar e diz assim: “descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é decidir”.

Decidir é não ficar em cima do muro. É deixar de viver preso aos medos. As incertezas e dúvidas. As desculpas, culpas ou histórias. Decidir é mudar.  

Decidir...

Fiquei pensando sobre isso e entendi que eu não posso deixar que alguém decida minha vida, meu destino e meu caminho por mim. Eu não posso e nem devo deixar nas mãos de alguém a responsabilidade por isso. É uma questão de honra. É uma questão de coragem. É uma questão de amor próprio e de seguir adiante na certeza de que tudo se renova. Somos nós os responsáveis pelo nosso destino. São as nossas escolhas e decisões que mudam toda história.

Ouço... ouço tudo que todos têm a dizer. Filtro muita coisa. Ouço principalmente a minha voz interior. Ouço meu coração e minhas intuições. Deixo ir embora todos os medos, todas as angústias. Me desfaço...   E me recomponho, agora diferente.

Vejo que nesse momento já não quero mais reticências ou vírgulas. É chegada a hora do ponto final. É preciso fazer isso por mim. É necessário trocar a fita, o livro, os planos, os sonhos. Não posso sentar e esperar a vida passar. Na vida, o que vale são as atitudes.

Eu sou a minha vida. Eu sou meu chão, meu teto, minha alma, meu coração. Sou meus erros e acertos. Sou a canção que toca. Sou meu mundo. Sou os pedaços que juntei para me restaurar.

Reconstruir...

E assim hoje eu decido tirar de dentro de mim o que passou e dar espaço ao que virá. Como diria Fernando Teixeira de Andrade: É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”.

Quem não faz a travessia só vê o tempo passar. Preso aos medos bobos criados pela própria mente. É assim que muita gente se perde. 

Não é assim que eu quero me perder. 
Quero seguir, decidir e permitir... Que tudo seja bom!

Termino citando Luís de Camões:

“A Morte, que dá vida o nó desata,
os nós, que dá o Amor, cortar quisera
na Ausência, que é contra ele espada fera,
e com o Tempo, que tudo desbarata”
Luís de Camões

FIM
Carol Brunel

21/03/2016

Nenhum comentário:

Postar um comentário