Não!
Eu não vou me culpar dos erros que eu cometi...
Nem vou me colocar para baixo carregando o peso de
uma culpa depositada sobre mim.
Uma culpa que nunca foi apenas minha. Talvez seja menos
minha do que se possa imaginar.
Não! Ninguém vai fazer com que eu me sinta lixo descartável. Desses que se usa e joga fora.
Tenho certeza que entre erros e acertos, eu acertei
muito também. Eu dei muito do meu melhor. E eu me entreguei de corpo e alma. Eu
fui longe, fiz tudo que pude, fiz o que talvez ninguém faria por tanto tempo. Perdoei
coisas que outras pessoas não perdoariam se tivessem visto ou ouvido. Relevei tanta coisa. E fui "obrigada" a
confiar mesmo vivendo envolta de uma bolha de insegurança... que não fui eu quem
criei. Fui cobrada e exigida tantas vezes. Fui criticada e
crucificada por pessoas que não conheciam minha história...
...E eu lutei...
Lutei todos os dias contra a insegurança que era presente em atitudes e palavras. Lutei todos os dias tentando ser quem eu não
era, para ser alguém que se encaixasse naqueles padrões atribuídos. Tentando
dar o meu melhor. Tentando encontrar um caminho... E esse sim foi o meu
maior erro... Esse sim é meu arrependimento!
Não! Eu não estou ficando maluca. Talvez eu tenha
ficado, por um instante, em um momento de desesperança e falta de lucidez. Pois,
quem nunca perdeu a cabeça que atire a primeira pedra. Eu fiquei maluca sim, na
tentativa desesperada de fazer enxergar, acordar e me ver com outros olhos. Na
esperança de que você não percorresse apenas meus defeitos. Que não me ferisse com
tamanha sinceridade, pois como diz o ditado: “sinceridade demais, às vezes
também é maldade”.
E eu continuei ali, nas idas e vindas. Dúvidas. Indiferenças.
Até quando ouvia o que eu não queria ouvir....É eu fui tão forte! Tão
forte e tão ingênua por acreditar que te faria feliz. Mas era certo que em
algum momento minha força viraria fraqueza. Que em algum momento eu iria perder
de vez as estribeiras. Eu fui roubada de mim....E não fui mais eu... Vivia sob
uma sinceridade descomedida que me atormentava. E agora eu me sinto desmoronada, desgastada por ter doado tanto de mim.
E em troco eu recebo ingratidão...
E em troco eu recebo ingratidão...
Não! Eu não vou me importar com os julgamentos que
fizerem aqueles que nunca souberam das minhas bagagens e das minhas histórias. Falem
o que quiserem, pensem o que quiserem. Pois eu sei de tudo que enfrentei para
ser o que sou. E sou... Assumo o que o sou, não fujo do que sou, não me
abstenho da minha condição... Não vivo disfarces! Tenho coragem. Não fosse essa
coragem, não teria persistido durante tanto tempo.
Meu psicológico foi abalado, isso é fato. E agora
eu preciso cuidar disso. Mas... carregar um fardo?! Não! Eu não vou fazer isso
comigo. E não é por nada não... É que no fundo, apesar do estrago que ficou,
ainda me resta um pouco de amor próprio e vontade de viver.
Pensando bem?! Eu fui além do que qualquer pessoa iria no meu lugar. Por isso: Não! Eu não
vou me torturar com essa culpa. Por que quando era cobrada a minha confiança
diante de situações embaraçosas eu fiquei ali e me forcei. Sempre tolerando coisas que ninguém imagina. Tudo por que eu acreditei.
Em vão... em algo que apenas estava por inteiro...
Não! Não vou ser transformada em um monstro. Mesmo
perdendo a razão. Por que eu sei da minha essência. Das minhas verdades
e de tudo, tudo que eu encarei... Não que isso justifique qualquer coisa. Mas cada
um sabe da sua batalha não é?
É fato que ainda tem muita bagunça para arrumar,
muita coisa para colocar no lugar. Muito defeito para ser trabalho, muita
atitude para ser revista. Mas há também uma porção de coisas boas, e essas vão
ser maiores do que qualquer outra.
Um dia, tenho certeza, as coisas serão vistas de outra maneira. Por que apesar dos pesares, Deus, lá de cima, viu tudo que eu enfrentei... Ele sabe das minhas lágrimas e lutas diárias. Do quanto meu coração vivia apertado...
Um dia, tenho certeza, as coisas serão vistas de outra maneira. Por que apesar dos pesares, Deus, lá de cima, viu tudo que eu enfrentei... Ele sabe das minhas lágrimas e lutas diárias. Do quanto meu coração vivia apertado...
Azar é de quem não é capaz de amar. Azar é de quem
não consegue perdoar. Azar é de quem não consegue ver qualidades. Azar
é de quem se isenta. Azar é de quem tem medo. Azar é de quem desiste. Azar é de
quem não se permite. E azar é que um dia a ficha cai...
E para quem julga sem ter enfrentado tudo que enfrentei eu digo apenas:
O mundo gira brother! O mundo gira!
E para quem julga sem ter enfrentado tudo que enfrentei eu digo apenas:
O mundo gira brother! O mundo gira!
;)
FIM
Carol Brunel
12/02/2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário