quinta-feira, 17 de setembro de 2015

DEPOIS DOS TRINTA


Ontem, num papo descontraído com umas colegas... comentamos sobre as mudanças visíveis depois dos 30 anos. Além das rugas de expressão, das olheiras, do peso e da disposição física não ser mais a mesma.

Percebemos como depois dos 30 a gente fica tão exigente que se torna ATÉ CHATO.

É verdade... Ficamos cheios de mania, não me toques,  recalques e principalmente com as pessoas não temos paciência pra nada. “Ai não gosto disso, não gosto daquilo, não tolero isso, não tolero aquilo, blá blá blá”.... Nos tornamos intolerantes e medrosos.

Comparamos com quando tínhamos nossos 20 e poucos anos. Lembramos que naquele tempo éramos mais destemidos. Tínhamos coragem de se jogar de cabeça. Tínhamos menos recalques e manias chatas. A gente não se apegava a tantos detalhes. Simplesmente íamos e fazíamos o que estávamos com vontade sem pensar no amanhã. Quando a gente quebrava a cara, a gente chorava, enxugava as lágrimas e partiu pra próxima... a fila anda!

Com 30 a gente chora como se o mundo tivesse acabado e muitas vezes passamos um bom tempo vivendo aquele luto. Achando que nunca mais vai existir alguém melhor no mundo. 

Depois dos 30 adotamos a terrível mania de analisar tudo. Pesar tudo. Querer controlar tudo. Pesos e medidas para todo lado (e não tô falando das mudanças corporais). Tudo a gente quer ter “certeza”, mesmo sabendo que não se tem certeza de nada nessa vida. Nos tornamos rabugentos, reclamamos e criticamos tudo que não esteja de acordo com nosso “desejo” e nossa "ordem". 

Achamos que somos jovens e descolados, usamos roupa da moda, mas começamos a ver a galera dos 20 e poucos anos como loucos que vivem alucinadamente e não tem juízo. Como se a gente não tivesse feito nada do que eles fazem? Até parece que a gente não ia em festas e beijava na boca. Que a gente não pulava carnaval e beijava muito. Tem muitos (as) que ficavam com mais de um numa noite e agora ficam se pagando de santos e falando mal da gurizada. Para com isso! 

Dá para medir aí o tamanho da nossa hipocrisia e arrogância. Tipo, mais uma vez voltamos para o ditado  do “faz o que eu digo e não faz o que eu faço”. 

A verdade é que a galera de 20 e poucos anos não tem medo da vida. Não tem frufru e nem ficam inventando desculpas para evitar a felicidade de viver bons momentos. Não vivem cheios de estresse e dúvidas. Não colocam barreiras, por que são cheios de coragem. Encabeçam namoros, se entregam, se arriscam...e claro às vezes quebram a cara. Como nós também muitas vezes quebramos. Normal né?! 

E às vezes essa galera também tem a nos ensinar... Eles nos ensinam que não basta se achar jovem e descolado com 30 anos na cara, mas que dá ser adulto e maduro, porem abandonar umas carcaças, intolerâncias, medos, não me toques "y otras cositas mas” e se permitir viver bons momentos com mais leveza, menos exigências, menos cri cri...

Parar de “julgar” as pessoas e achar que eles não tem conteúdo... por que a gente também já teve 20 e poucos anos, aproveitamos a vida e até nos achávamos "adultos".

Com 30 a gente só acha que aproveita a vida. Mas a gente se restringe o tempo todo, se esquiva principalmente de envolvimentos amorosos, por temer a dor. E por temer a dor a gente se distancia também da felicidade. Criamos barreiras ao invés de pontes.

Conclusão do nosso papo: para quem já passou dos trinta, ou vai passar... não seja um chato exigente e rabugento! Seja feliz e abandone seus medos!


CAROL BRUNEL
CRICIÚMA/SC
17/09/2015



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