Ontem, num papo descontraído com
umas colegas... comentamos sobre as mudanças visíveis depois dos 30 anos. Além
das rugas de expressão, das olheiras, do peso e da disposição física não ser
mais a mesma.
Percebemos como depois dos 30 a
gente fica tão exigente que se torna ATÉ CHATO.
É verdade... Ficamos cheios de
mania, não me toques, recalques e
principalmente com as pessoas não temos paciência pra nada. “Ai não gosto
disso, não gosto daquilo, não tolero isso, não tolero aquilo, blá blá blá”.... Nos
tornamos intolerantes e medrosos.
Comparamos com quando tínhamos nossos
20 e poucos anos. Lembramos que naquele tempo éramos mais destemidos. Tínhamos
coragem de se jogar de cabeça. Tínhamos menos recalques e manias chatas. A gente
não se apegava a tantos detalhes. Simplesmente íamos e fazíamos o que estávamos
com vontade sem pensar no amanhã. Quando a gente quebrava a cara, a gente chorava, enxugava as lágrimas e partiu pra próxima... a fila anda!
Com 30 a gente chora como se o mundo tivesse acabado e muitas vezes passamos um bom tempo vivendo aquele luto. Achando que nunca mais vai existir alguém melhor no mundo.
Com 30 a gente chora como se o mundo tivesse acabado e muitas vezes passamos um bom tempo vivendo aquele luto. Achando que nunca mais vai existir alguém melhor no mundo.
Depois dos 30 adotamos a terrível
mania de analisar tudo. Pesar tudo. Querer controlar tudo. Pesos e medidas para
todo lado (e não tô falando das mudanças corporais). Tudo a gente quer ter “certeza”,
mesmo sabendo que não se tem certeza de nada nessa vida. Nos tornamos
rabugentos, reclamamos e criticamos tudo que não esteja de acordo com nosso “desejo” e nossa "ordem".
Achamos que somos jovens e
descolados, usamos roupa da moda, mas começamos a ver a galera dos 20 e poucos anos como loucos que
vivem alucinadamente e não tem juízo. Como se a gente não tivesse feito nada do que eles fazem? Até parece que a gente não ia em festas e beijava na boca. Que a gente não pulava carnaval e beijava muito. Tem muitos (as) que
ficavam com mais de um numa noite e agora ficam se pagando de santos e falando
mal da gurizada. Para com isso!
Dá para medir aí o tamanho da
nossa hipocrisia e arrogância. Tipo, mais uma vez voltamos para o ditado do “faz o
que eu digo e não faz o que eu faço”.
A verdade é que a galera de 20 e
poucos anos não tem medo da vida. Não tem frufru e nem ficam inventando
desculpas para evitar a felicidade de viver bons momentos. Não vivem cheios de
estresse e dúvidas. Não colocam barreiras, por que são cheios de coragem. Encabeçam
namoros, se entregam, se arriscam...e claro às vezes quebram a cara. Como nós
também muitas vezes quebramos. Normal né?!
E às vezes essa galera também tem
a nos ensinar... Eles nos ensinam que não basta se achar jovem e descolado com
30 anos na cara, mas que dá ser adulto e maduro, porem abandonar umas carcaças,
intolerâncias, medos, não me toques "y otras cositas mas” e se permitir viver
bons momentos com mais leveza, menos exigências, menos cri cri...
Parar de “julgar” as pessoas e achar que eles não tem conteúdo... por que a
gente também já teve 20 e poucos anos, aproveitamos a vida e até nos achávamos "adultos".
Com 30 a gente só acha que aproveita a vida. Mas a gente se restringe o tempo todo, se esquiva principalmente de envolvimentos amorosos, por temer a dor. E por temer a dor a gente se distancia também da felicidade. Criamos barreiras ao invés de pontes.
Com 30 a gente só acha que aproveita a vida. Mas a gente se restringe o tempo todo, se esquiva principalmente de envolvimentos amorosos, por temer a dor. E por temer a dor a gente se distancia também da felicidade. Criamos barreiras ao invés de pontes.
Conclusão do nosso papo: para
quem já passou dos trinta, ou vai passar... não seja um chato exigente e
rabugento! Seja feliz e abandone seus medos!
CAROL BRUNEL
CRICIÚMA/SC
17/09/2015
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