segunda-feira, 17 de junho de 2013

MINHA TRISTEZA PASSAGEIRA


Quem é que nunca teve um dia de melancolia? Quem nunca quis passar um dia todo ouvindo o som do próprio silêncio? Quem é que nunca sentiu um vazio sem explicação?

... Eu não entendo por que as pessoas veem mal nisso. Aliás, eu não entendo por que as pessoas julgam a tristeza como se ela fosse algo “anormal”. Anormal é viver uma felicidade forçada e disfarçada. Anormal para mim é quem vive fingindo estar bem. Ficar triste é uma condição humana, tão normal quanto se sentir cansado de vez em quando, tão normal quanto a alegria. Mas, as pessoas tendem a não tolerar a tristeza, nem mesmo a própria.

Acham que quando você está triste tem que procurar um psicólogo ou se entupir de remédios antidepressivos. Como diz a Martha Medeiros (umas das minhas favoritas) “Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem pra isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta”.

Entendeu? Eu só não estou legal por esses dias. Mas, vai passar, como sempre. Qual o problema de eu querer curtir a minha introspecção?

Eu até gosto das minhas melancolias. Sempre volto mais forte depois dos meus períodos de silêncio. Parece, às vezes, que minha alma pede por esses momentos de quietude que chamo de “meus”. Aquele momento de parar, pensar e colocar as ideias em ordem. Aquele dia de ficar nostálgica, relembrando coisas que a gente guarda mesmo não querendo, fazer aquela mistura de lembranças e depois esquecer e seguir adiante.

Qual o problema nisso? Ficar nostálgica, melancólica ou triste faz parte da vida... Então não venham me dizer como eu devo viver, o que devo fazer, o que devo sentir. Apenas deixe-me viver o meu silêncio. Por que ele passa e eu sempre volto mais feliz!


FIM


Nenhum comentário:

Postar um comentário