segunda-feira, 2 de março de 2009

FANTÁSTICO

Quem assistiu fantástico ontem à noite?

O Fantástico fez uma “Visita” aos Excluídos do Brasil.

Fazia muito tempo que eu não assistia e essa reportagem me chamou atenção.

Muitas vezes, nós reclamamos e nos queixamos dos nossos problemas pequenos. Nos sentimos injustiçados, abandonados...enfim.
Agora imagine viver num lugar onde falta água, alimento e emprego? Onde 1 quilo de tomate custa até R$ 8,00 e as pessoas ganham salários de R$ 40,00 por mês. Isso àquelas que tem emprego, porque a grande maioria não tem. Onde a gasolina é mais cara do que na Inglaterra. E as crianças nunca tomaram um banho de chuveiro.
Nesse lugar as pessoas disputam a água que o governo manda de caminhão pipa como se estivessem disputando suas vidas. Não é o suficiente para todos.
Isso é Brasil!!!

Jordão e Tarauacá no Acre, Manari em Pernambuco e Traipu em Alagoas.

Traipu, por exemplo, tem 25 mil habitantes (é maior do que a nossa vizinha Siderópolis que deve ter no máximo 13 mil). Manari tem 17 mil, lá a maioria das pessoas vive com ajuda dos benefícios do Governo, porque não existe emprego, muito menos água encanada. E quando chove as pessoas aproveitam para pegar água da chuva com baldes e tomar banho.

Essas cidades são as ultimas colocadas na classificação do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) que leva em consideração a expectativa de vida, nível de educação e renda da população. Elas (as cidades) têm as piores rendas per capita do país, alto índice de mortalidade infantil e a grande maioria só sabe escrever o nome.

De fato, quem poderia E DEVE estruturar melhor essas cidades é o governo.

Mas, eu me sinto envergonhada por todos que reclamam de barriga cheia. E olha que não são poucos. Tem gente com dinheiro sobrando se queixando diariamente das “faltas”, achando a vida injusta. Tanta gente que só pensa em futilidade. Isso me deixa indignada!!
Injustos somos nós!!! Temos nossos empregos, nossas casas, temos água encanada, temos comida, temos supermercados, automóveis, temos “luxo” comparado a essa gente.
Observe quanta gente desperdiça água lavando calçadas enquanto ai nesses lugares não se tem água pra beber? Pense numa criança que come feijão com farinha todos os dias e tem apenas o sonho de ter uma boneca que chora?
Enquanto “as nossas crianças” têm seus quartos cheios de brinquedos abandonados.

Não é uma critica. É apenas uma observação. Um ponto de vista.

De que tantas vezes nos sentimos injustiçados, trapaceados pela vida e esquecemos que tem gente vivendo em condições... Péssimas eu diria.

Vou terminar isso aqui com 3 declarações da reportagem que peguei no site do fantástico, e espero realmente que ao menos por um tempo, todas as pessoas (inclusive eu) possamos refletir mais antes de reclamar tanto.


"Feliz do pobre quando tem a farinha, o arroz e o feijão. Essas três coisas são essenciais para o pobre. Quando não tem, come angu d'água, farinha d'água. Que é a água, o sal e o óleo. Jacuba, que chama. É ruim, é ruim comer jacuba, mas é o jeito”, conta a professora Maria Luciléia.

“Aqui é sofrimento triste. Vocês que vivem num lugar que tem água, que tem recurso, que tem tudo, tudo bem. Mas quantas vezes eu tive vontade de vender minha casa para ir para um lugar que tivesse água, um lugarzinho mais ajeitadinho, que tivesse um serviço para a gente. Porque a gente tem 70 anos, mas ninguém é morto, não. A gente ainda faz alguma coisa”, desabafa Aurelina da Conceição, de 70 anos.

“Caldo de galinha, minha filha gosta. Ela pede para comprar. Ela mesma quem faz. Bota água para ferver, aí bota isso aqui dentro, quando desmancha, ela bota o arrozinho dela e come ela e os irmãos. O maior sonho dela é ter uma boneca que chora. Mas eu não posso dar. Eles brincam ali no juazeiro com pau, tampa de garrafa. É a brincadeira deles, eles não têm brinquedo para brincar porque eu não posso dar. O meu marido estava aqui, mas porque não suportou a vida da gente e foi-se embora. Está em São Paulo. Deve estar trabalhando, eu não sei. Não, mandou R$ 1 ainda. Ele foi no final do ano. E eu fiquei aqui mais meus filhos, e seja o que Deus quiser”, revela Dona Noêmia.



Agradeça a Deus pelo quem e por quem tem na vida!!

Boa Semana!

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