Minha colega me trouxe um livro da psicanalista Ana Suy... que estudou o "amor" como tema do seu mestrado... e gostei muito de um trecho que diz:
"é preciso que nos sintamos a sós com a gente mesmo para nos dirigirmos ao outro e amá-lo, e, inevitavelmente, mesmo em uma experiência bem-sucedida de um amor, que, por sorte, encontre reciprocidade, não há amor que nos livre da solidão. Sempre amamos sozinhos, pois cada um ama a seu próprio modo, cada um ama com sua história, com seu sintoma, com suas perebas psíquicas, com seus perrengues transgeracionais. No amor a gente sempre comparece com a gente mesmo".
Eu entendo que a questão não é não amar, e sim, entender que o amor do outro não vai nos preencher, se nós mesmos não soubermos nos preencher, se não nos sentirmos felizes com a gente mesmo. Enquanto depositarmos a responsabilidade de felicidade em alguém, continuaremos sempre vazios.
E é claro que ninguém está falando sobre viver relacionamentos desastrosos. Não é sobre isso. Ninguém aqui tá dizendo que você deve ficar em um lugar que te fere. Mas que colocar toda a responsabilidade de alegria no amor do outro, é um peso que o outro não merece carregar.
A gente quer ser amado, muito amado, se sentir amado, viver reciprocidades. A gente quer viver levezas, a gente merece ter relacionamentos incríveis e saudáveis. Mas com auto responsabilidade. Temos que estar inteiros.
Hoje cedo, também vi esse texto em uma página do Instagram (apesar de lá ter muita coisa tola, também tem muita coisa boa), eu extrai ele e vou deixar como reflexão:
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"Há coisas que não passam por nós, passam para nós. O que é verdadeiramente destinado não se perde, não se atrasa e não erra o endereço. Ele apenas aguarda. Fica ao redor da nossa vida como um vento insistente, sussurrando que existe um momento certo, uma maturidade certa, uma consciência certa.
O destino não força a porta: ele observa.
Espera que você esteja pronto.
Espera que você tenha aprendido.
Espera que sua alma consiga sustentar aquilo que pediu.
Às vezes, parece que tudo se foi, mas, na verdade, tudo está se alinhando. Há encontros que só acontecem quando você já não se encolhe diante de si mesmo. Há bênçãos que só chegam quando você cresce o suficiente para não desperdiçá-las. Há caminhos que só se abrem quando você aprende a caminhar.
O que é seu gira ao seu redor, volta, reaparece, encontra brechas, se reconecta.
E quando você finalmente se expande… ele pousa.
Porque o destino não é pressa:
é preparo.
É sintonia.
É maturidade da alma.
E quando você estiver pronto para receber, tudo aquilo que sempre esteve à sua volta simplesmente acontece com a naturalidade de quem jamais deixou de ser seu".
Por @despertarodivino
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