Sempre que chove

 
Sempre que chove, o gosto da nostalgia invade a alma.
Minha mente relaxa, me conecto com o meu universo.
Apesar de parecerem tristes, acho bonitos os dias chuvosos.
Tudo depende da forma de enxergar...
Você já sentou em uma varanda e olhou a chuva cair?
É uma sensação de paz, tão boa quanto ver um pôr do sol.
Na adolescência, nos dias de chuva,
No silêncio da minha solidão,
Eu pegava um caderno e escrevia poesias.
Sentada na janela, olhando a chuva cair.
Eu podia escolher, se aquilo era tristeza, ou se era paz.
Quase sempre eu achava que era paz.
Sempre que chove, sinto a calmaria adentrando. 
Faço desses dias um momento de introspeção.
Hora de refletir tudo o que há dentro de mim. Bom ou ruim.
Para quando brilhar o sol, me fazer brilhar também.
O que seriam dos dias ensolarados,
Se não existissem os dias nublados?
Sempre que chove, eu me reconheço, me agrado.
Me encontro nas minhas memórias e histórias. 
Nas lembranças de tudo o que vivi e superei.
Experimento serenidade, sinto que novos momentos virão.
É a chuva, pingando na alma a gratidão.
Me perdoo e sigo em frente. Sempre em frente.
“Abrindo portas e janelas para sorte entrar”
Chove...
Chuva de paz no coração.
 
Fim
Carol Brunel