É claro que o tema da exposição de relações nas redes sociais é polêmico e divide opiniões...
Também penso que é um tema delicado, que envolve duas partes e não pode ser ignoradas as razões de ambas. Qualquer uma das partes tem suas questões e suas necessidades.
Por isso fiz algumas leituras a respeito:
A psicóloga especialista em terapia de casal e de família Lina Wainberg ressalta que a validação por meio das redes sociais é uma forma de expressão amorosa.
Existem diversas razões válidas para alguém não publicar detalhes sobre sua vida pessoal, incluindo a preferência por privacidade, a preferência de experiências off-line e a gestão da própria imagem nas redes. Algumas pessoas se preocupam com a forma como são percebidas online e podem escolher não publicar para evitar julgamentos ou comentários negativos.Entretanto, a especialista também destaca nem tudo que existe na "vida real" é representado no virtual.
— Sabemos que as pessoas publicam apenas uma parte do que são. Ninguém posta suas mazelas. É uma falsa sensação de que só tem existência aquilo que foi publicado. Além do mais, sabemos que muito do que é compartilhado não é verdade ou tem uma visão parcial. Essa confusão faz com que as pessoas fiquem inseguras em relação à sua vida real — frisa ela.
— A ideia é ter uma garantia de que existe comprometimento, em função do receio de ser descartado. A velocidade da nova geração e o cardápio de possibilidades que os aplicativos oferecem estão deixando as pessoas inseguras e impacientes com as dificuldades e vulnerabilidades do outro — pontua.
Em meu consultório, escuto frequentemente queixas — principalmente de mulheres — sobre a ausência de exposição nas redes sociais por parte do parceiro. Isto, pois, em uma era onde tudo é compartilhado, não aparecer no feed ou nos stories do companheiro ou da companheira muitas vezes gera inseguranças. Desse modo, isso faz com que muitas pessoas — homens e mulheres — cobrem dos seus respectivos pares mais publicações ou ao menos uma postagem como prova de amor e compromisso com a relação. Outras, contudo, até se sentem amadas, mas acreditam que a presença nas redes sociais do namorado ou marido vai afugentar paqueras e evitar traições. Claro que essa não é uma estratégia eficaz.
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A ideia de que o amor ou a seriedade de um relacionamento dependem de postagens públicas é uma visão muito limitada, e muitas vezes influenciada por pressões sociais ou inseguranças.
Não publicar suas relações intimas em redes sociais não faz ninguém menos honesto, comprometido ou amoroso. Muitas vezes a pessoa valoriza a intimidade, e precisa de estabilidade e a segurança emocional antes de qualquer exposição.
Ser discreto quanto a vida intima não é o mesmo que esconder. Errado seria fingir algo que não é, ou forçar algo que não lhe dá segurança, ou fazer as coisas por pressão mesmo sem se sentir à vontade.
Às vezes as pessoas projetam uma necessidade de validação externa que não é responsabilidade de ninguém suprir. Ninguém deve se sentir culpado por querer viver seus sentimentos de forma mais reservada.
Quando alguém exige algo em troca de segurança emocional, está ferindo os limites do parceiro. O amor não é uma contrapartida: faça isso que te darei aquilo; e relacionamentos saudáveis são construídos com respeito mútuo, não com imposições.
Querer que o outro se exponha ou faça as coisas à força, como uma “prova de amor”, geralmente revela mais sobre a insegurança de quem exige do que sobre a verdadeira intenção de quem prefere a discrição.
Muitas vezes, é uma questão de responsabilidade emocional. É ter consciência de que nem tudo precisa ser mostrado, principalmente quando ainda está sendo construído, ou quando a exposição pode gerar mais desconforto do que conexão.
É claro que o desejo da outra pessoa de ser assumida é legítimo — todos nós queremos ser reconhecidos e valorizados. Mas esse desejo não deve se transformar em pressão ou acusação. Nem sempre é falta de coragem de um lado, e reconhecer isso também é ter empatia.
Relacionamento saudável não é sobre “ceder sempre”, é sobre encontrar um ponto de equilíbrio entre duas realidades diferentes. Por isso, expor um relacionamento quando uma das partes ainda não se sente segura, não tem clareza sobre a consistência da relação, ou quando há questões que impactam outras áreas da sua vida, não é proteção demais — é sabedoria.
Se o outro não consegue respeitar esse tempo e essa necessidade, talvez esteja mais preocupado com aparências e validação, do que com a profundidade do vínculo. Nesse caso, os sentimentos, são questionáveis.
Toda essa construção nasce naturalmente de um espaço de confiança mútua. E se for um relacionamento verdadeiro, ambos vão encontrar um ponto de equilíbrio até que as coisas se estabilizem — sem rotular.
Por fim, quando alguém se deixa influenciar excessivamente pelas redes sociais, acaba acreditando que amor só é válido se for visível, elogiado e replicado. Mas isso é um reflexo da carência coletiva de validação, não de amor verdadeiro.
Relacionamentos saudáveis não funcionam com ameaças veladas ou punições emocionais ("se não posta, é porque não me ama", "então vamos terminar"). Isso é chantagem afetiva, mesmo que venha disfarçada de “necessidade emocional”.
Se quem quer postar sente que a ausência de exposição significa falta de amor ou compromisso, pode acabar exigindo algo que o outro não está confortável em oferecer. E se quem prefere não se expor, não consegue explicar seus limites de forma clara e empática, pode ser interpretado como alguém que esconde ou desvaloriza a relação.
É claro que não existe um lado certo e outro errado, pois tudo depende de diversas circunstâncias e fatores, mas é preciso analisar se o desejo de exposição está associado a validação externa, inseguranças, medos, ou outros fatores.
Conflito de interesses e ideias é algo natural em qualquer tipo de relacionamento, especialmente em vínculos afetivos, onde duas pessoas com histórias, valores, vivências e formas de ver o mundo diferentes tentam construir algo em comum. O problema não é discordar — é como se lida com essas diferenças.
Por outro lado, quando os interesses são constantemente opostos e não há espaço para ceder ou para o crescimento conjunto, o relacionamento tende a se tornar exaustivo, e a convivência, insustentável. A chave está em perceber se as divergências estão sendo pontes ou muros: pontes aproximam, muros isolam.
Em resumo, diferenças são inevitáveis, mas o que define a qualidade da relação é a maturidade emocional para lidar com elas.
Já em uma relação marcada por ciclos repetitivos de instabilidade e que o diálogo virou cobrança ou competição, talvez o que precise ser exposto com mais urgência não é o relacionamento, mas a verdade: a de que amar também é saber parar quando já não se constrói.
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Fonte: ChatGPT
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