segunda-feira, 30 de junho de 2025

Grandes mudanças acontecem de dentro para fora!

 
“Mentir para si mesmo é sempre a pior mentira... mas não sou mais, tão criança, ao ponto de saber tudo”

Autoengano! Acreditar nas próprias "falsas" narrativas para enviar confrontos internos, para não ter que lidar com informações difíceis. É como uma armadilha da mente, onde nos convencemos que estamos contentes com o que vivemos, quando no fundo não estamos. Nos conformamos e criamos uma história na nossa cabeça de que tudo está bem assim, e tentamos até nos convencer disso, ao ponto de acreditarmos de fato.

Segundo especialistas de psicologia e psicanalise, fazemos isso de forma inconsciente, como uma defesa para nossos medos e nosso EGO. E segundo os mesmos, há uma diferença entre mentira e autoengano, pois na mentira, você está ciente que não está dizendo a verdade, e no autoengano você cria uma realidade fantasiada, uma verdade inventada.

É como se a gente fizesse esse movimento sem perceber o quanto ele é prejudicial. Passamos a aceitar as coisas como são, pois, é mais fácil do que confrontar a si mesmo. A zona de conforto parece o melhor lugar, ali você está confortável e tranquilo. É mais simples do que enfrentar a situação e tentar desenvolver habilidades para vencer os obstáculos pessoais. Só que a longo prazo, isso se torna prejudicial.  

“Enquanto não percebemos, o autoengano manifesta o seu poder da sua maneira, que poderíamos classificar como silenciosa e camaleônica” – (site A mente é maravilhosa)

Os profissionais classificam esse tipo de autoengano como 'funcional", que é quando você se convence ou tenta se convencer de que aquela decisão está certa, mentindo para si mesmo. Pois aceita que é mais fácil do que ter que lidar com o desconforto da mudança. Isso meio que “anestesia” o sujeito, e faz com que ele fique paralisado naquela situação. 

Também existe o "autoengano consolador", que é quando a gente transfere a culpa pela situação em um agente externo e se coloca no lugar de vitima da situação.

“Sou assim porque minha mãe e meu pai....”... “Eu agi assim, porque fulano (a) fez tal coisa”.

É um jeito de se consolar terceirizando responsabilidades que na verdade também são nossas. Esse tipo de autoengano, segundo especialistas, é uma proteção para nosso EGO e autoestima, faz a gente acreditar que nunca somos culpados por nada, e sempre somos vítimas das ações do outro. Não sendo capazes de assumir nossos próprios defeitos. 

Por um lado, está tudo certo, pois não somos 100% responsáveis por tudo, mas por outro lado, quando agimos assim, não aceitamos que também erramos e isso nos imobiliza de mudar nossas atitudes, de realizar auto análise, de mudar também.

Às vezes, escolher não enxergar é mais fácil do que encarar nossas batalhas. É uma forma inconsciente de proteger nossas dores e o medo de transformar nossa vida. É uma forma de reduzir o sofrimento emocional do enfrentamento, então a gente passa a se sabotar. 

Por isso, quando a gente consegue identificar esse padrão, é importante mergulhar dentro de si, reconhecer os próprios valores e desejos, realizar uma reflexão profunda e pessoal, refletir os padrões de comportamentos e buscar acompanhamento profissional para sair dessa situação. Por um fim no autoengano. 

“A verdade pode ser difícil de aceitar, mas também pode ser libertadora. Afinal, só quando deixamos de nos enganar é que conseguimos realmente transformar nossa vida”

Tempo de transformação!
 
Fim
Carol Brunel




terça-feira, 24 de junho de 2025

Só eu sei

 Só eu sei… 

Só eu sei das minhas dores. 

Dos dias ruins, escuros, gris. 

Dos meus percalços, dos calços. 

Das vezes que eu caí. 

Só eu sei das minhas cores. 

Dos momentos que fui feliz. 

Dos olhares para o céu. 

Das emoções que eu senti. 

Só eu sei… 

Das vezes que chorei. 

Sozinha, escondida, com medo. 

Só eu sei… 

Dos meus caminhos. 

Das quedas, dos espinhos. 

E das vezes que venci. 

Que fui muito feliz. 

Só eu sei da minha história. 

Dos amores que vivi, 

Das paixões que senti.

Das estrelas que contei. 

Só eu conheço meu coração. 

E tudo que levo na memória. 

Só eu sei dos meus fracassos. 

Das culpas e dos perdões. 

Só eu ouço minha oração. 

Só eu sei de quando desabei. 

E de quando me levantei. 

De quando chorei olhando o mar. 

De quando vivi também. 

E das minhas alegrias, 

E dos meus sorrisos bobos. 

O resto? 

O resto é falácia. Suposição. 

Ideia vã de quem julga. 

É o que dizem e pensam. 

Nunca é definição. 

Pois só eu sei quem eu sou. 

Quem eu fui… 

Quem eu quero ser. 

E eu? Eu quero ser feliz! 


Carol Brunel 

Fim 




sábado, 21 de junho de 2025

Nuvens do entardecer!


Entre nuvens cinzas, 
Um sol tímido tenta surgir. 
Nuvens escuras… 
Por vezes apagam sorrisos. 
Mesmo assim, tem beleza. 
A canção é melancólica. 
Mesmo assim, tem emoção. 
A vida vai ser boa e bela. 
Tão bela quanto um pôr do sol. 
Até aqueles que dão saudades. 
Os que marcaram a alma. 
E não vão se repetir. 
A natureza tem estações. 
Assim como nós, 
Seres em construção. 
Estamos sempre mudando. 
Crescendo de dentro para fora. 
Nada é em vão. Nada é vão. 
Pois, sejamos com o pôr do sol. 
Que mesmo entre nuvens, 
Ainda insiste em brilhar. 
Acreditar… 
Acreditar no amanhã. 
Acreditar no amor. 

Fim 
Carol Brunel 


“Creia em si, mas não duvide sempre dos outros” - Machado de Assis 




sexta-feira, 20 de junho de 2025

Renascer dentro de si


Silêncio da manhã. Garoa e friozinho.
Os dias nublados existem para 
que a gente saiba apreciar o sol. 
A chuva que cai é tão necessária para a vida, 
quanto a luz do sol. 
A natureza nos mostra que assim como a chuva, 
tudo passa. O sol brilha de novo. 
A luz ilumina outra vez. 
Há sempre um novo pôr do sol,
esperando para ser visto. 
Há sempre um novo caminho a seguir. 
E sempre haverão novas possibilidades. 
Quando algo ruim acontece, 
podemos escolher entre: 
Ficar triste chorando pelo leite derramado, 
Sacudir a poeira e limpar o fogão.
Em outras palavras: 
levantar e se permitir de novo. 
Com certeza é melhor a segunda opção. 
O silêncio da manhã chuvosa, 
fala mais do que possamos imaginar. 
Ele nos ajuda a refletir…
Sobre o nosso mundo interior. 
E entender que tudo é como tem que ser. 
Todas as coisas são importantes. 
Até as reviravoltas. 
Tudo tem uma razão. Tudo que foi, foi. 
Sempre é hora de recomeçar. 
Deixar fluir novamente.
E viver uma nova vida com paz e leveza. 
Sem culpas, afinal, todo mundo erra.
Todo mundo já trocou os pés pelas mãos. 
Se perdoar é sempre essencial. 
Esquecer o que passou, começar tudo de novo. 

E no fundo, não é no exagero que mora a felicidade. 
Às vezes é na calmaria, na paz. 
E a gente nem percebe que a felicidade é simples. 
Ela também mora no silencio de uma manhã gelada. 
Em que a mente se renova e o coração fica em paz. 
Os dias sempre voltam a florir.  
Basta se permitir!! 
E construir um novo universo… 
Dentro do coração. 

Mesmo se estiver nublado: renasça! 

Fim
Carol Brunel