Dizem que o tempo cura tudo. Que todas as feridas são fechadas. Eu sempre tive uma “cautela” com essa ideia de tempo curador.
Acho que o tempo é mestre e também é ladrão. Ele nos devolve, mas também nos rouba.
O tempo acalma, o tempo afasta.
Eu não acho que o tempo diga muita coisa. Não é o tempo que determina se seremos ou não felizes. São nossas atitudes que determinam. Você pode viver 5, 6, 7 anos com uma pessoa e não ser totalmente feliz, pois não é o tempo que determina felicidade. Não é o tempo que define o futuro. Assim como você pode viver, em muito menos tempo, algo que venha a te fazer muito mais feliz.
O que quero dizer? É que o tempo não é uma prerrogativa para saber se algo dará certo. Às vezes, alguns casais dão certo por 20 anos, depois não mais. Outros dão certo uma vida toda. Outros em pouco tempo se separam. O tempo é relativo.
…Pode dizer muito e pode dizer nada.
No fim o que determina a nossa relação com as pessoas e com a vida é a maneira como a gente age e reage. A maturidade (e sim acho que essa vem com o tempo e com as experiências). O equilíbrio de saber lidar com as adversidades. A força para encarar os momentos difíceis.
Não dá para esperar que o tempo seja o “patrão” da vida. Que só o tempo resolva tudo, ou decida tudo, ou seja critério para decisões importantes. Existem muitos fatores além do tempo.
Somos nós que precisamos tomar as rédeas. Somos nós que precisamos crescer. Somos nós que precisamos evoluir, amadurecer, aprender. Se seguirmos repetindo os ciclos de dor, nada vai mudar.
Não é o tempo que vai dizer… embora o tempo ajude a entender. Mas se a gente não fizer do tempo um “tempo” de qualidade e leveza, de equilíbrio e maturidade.. o tempo não vai valer de nada.
No fim, tudo depende única e exclusivamente de nós. Não do tempo que vivemos.
Fim
Carol Brunel
Nenhum comentário:
Postar um comentário