A linha tênue entre resistir ou ceder. E eu não estou
falando desistir da vida... Calma!
A vida adulta é cansativa, desgastante, rotineira.
O passar dos anos faz tudo parecer mais chato. Todas aquelas coisas que antes achávamos
emocionante, aquelas coisas que nos faziam rir de doer a barriga, não fazem mais
sentido agora. Passamos a não tolerar mais certas coisas, ao mesmo tempo que
nos submetemos a situações que não gostaríamos. É contraditório, eu sei.
Muitos andam no sentido do fluxo, fazendo as mesmas
coisas, como se fossem robôs adestrados. Poucos andam na contramão, fazendo
coisas diferentes, experimentando a vida. Somos quase todos robôs.
Sinto que esses tempos virtuais nos afastaram da
realidade. Não sabemos mais o que é verdade.
Não sabemos mais sentir de verdade. Vivemos no
automático. Passando os dedos nas telas. Esperando por “likes”. Olhando para o relógio e achando que é um dia a mais, e na
verdade é um dia a menos.
Estamos focados em ter uma vida confortável, sem
saber se chegaremos até lá.
E aqui cabe decidir... prós e contras na balança. Quando
a gente toma uma decisão, temos que estar conscientes de que algo ficará para
trás.... E tomar decisões não é como fazer uma prova de concurso, onde sempre
existe SEMPRE uma resposta certa, a gente nunca sabe se vai acertar quando toma
uma decisão. A gente pode deixar a sorte ir embora. A gente pode perder uma
chance.
O tempo é o senhor do destino? Ou o destino é o
senhor do tempo? O tempo dá ou o tempo rouba? O mesmo tempo que constrói, pode
ser o que destrói.
Há muitas coisas para pensar, mas o que importa
mesmo é sentir. Ser real em um mundo de irreais.
Fim
Carol Brunel
Carol Brunel
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