terça-feira, 21 de setembro de 2021

TEXTOS MELANCÓLICOS DO MEU INFERNO ASTRAL

 Eu gostava da minha vida da imaginação. Aquela vida que eu criava quando deitava no chão do quarto ouvindo minhas músicas favoritas em um aparelho que tocava CDs... ou quando ligava o som de madrugada e tinha uma música especial tocando.

Eu gostava da minha vida de imaginação... de quando eu sentava na área de casa, nas noites de inverno, e ficava olhando para o céu estrelado. Às vezes até via uma estrela cadente... e ali eu criava tantas histórias e planos.

A vida, de fato, não foi bem como eu imaginei. Os caminhos para chegar até os meus sonhos, muitas vezes foram (são) tortuosos e difíceis. Muita coisa foi bem diferente daqueles sonhos adolescentes que eu tinha. Descobri (vivendo é claro) que a vida real é muito mais complexa, mas não menos interessante, intensa, brilhante e possível do que aquela dos meus devaneios.

Tem vezes que eu sinto saudades de mim. Daquela conexão que somente aquele momento de silêncio me trazia. Das minhas reflexões, devaneios... da minha imaginação. Eu sei que a gente deve viver a vida real. Só que aqueles momentos eram tão meus que por um pequeno instante eu gostaria de vivê-los novamente.

Eu gostava da minha vida de imaginação. Tanto quanto gosto da minha vida real. De observar pequenos detalhes. Pequenas coisas. De sentir. De respirar os dias de sol e céu azul. De ouvir o barulho das ondas quebrando na praia e sentir o cheiro de mar. Do barulho da chuva na minha janela. Das flores que nascem na primavera.

Logo aí mais uma primavera... A de todos nós. E um pouquinho mais a minha particular...

FIM

Carol Brunel

21/09/2021

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