Você
(eu, você, todo mundo) já parou para pensar que muitas vezes o defeito que vemos
no outro é nosso próprio defeito refletido no espelho?! É como se víssemos nós mesmos
naquilo que consideramos “falha” na outra pessoa. Vemos no outro aquilo que nos
incomoda... E quase sempre o que nos incomoda é exatamente o que está camuflado
em nós. Diria Sartre “o inferno é outro”... “O que nos incomoda no outro é o
que está mal resolvido em nós”... A ideia é que nós seres humanos tendemos a
culpar o (s) outro (s) pelos nossos problemas, pelos nossos defeitos, nossas
infelicidades, nossas frustrações, nossos medos, nossa falta de amor e por ai
vai. Jogamos a carga das nossas inseguranças nas outras pessoas. Apontamos os
defeitos dos outros, mas normalmente somos incapazes de fazer uma auto-análise.
A verdade é que quando vemos o defeito no outro nos sentimos incomodados, por
que muitas vezes esse defeito está inconsciente em nós, ou é “semiconsciente” e
tentamos reprimir e por isso sentimos raiva, vontade de falar mal e acabamos
julgando. Externamos nosso incomodo atacando o outro. Da mesma maneira aquilo
que nos agrada nas pessoas é muitas vezes o que gostaríamos de ser, ou o que
somos, mas ainda não conseguimos esse “despertar”. Pergunto: E se a gente
parasse de julgar tanto os defeitos dos outros e começássemos a olhar para nós
mesmos? Onde eu ainda sou falho? Onde eu ainda preciso e posso melhorar? Será
que os meus defeitos não são iguais aos que eu censuro? E se começássemos a
admirar MAIS as qualidades das pessoas? Será que as convivências amorosas, de
amizade, no trabalho ou familiares, não seriam melhores? Quando escolhemos ser agradáveis
e tratamos bem as pessoas, também acabamos escolhendo a maneira como seremos
tratados por elas. A não ser que a pessoa seja problemática e desagradável por
natureza, por que tem gente que é amargo mesmo... E eu costumo pensar que
pessoas amargas são assim por que são frustradas e então precisam “descontar” sua
“amargura” nos outros para se sentirem melhores. É uma maneira de mascarar a
insegurança, a fraqueza, os medos, se escondendo detrás de uma falsa aparência do
tipo “eu sou durão”. Mas como podemos resolver essa questão? Podemos resolver com
autoconhecimento. Conhecendo nosso universo interior, olhando para dentro de si,
buscando nosso ponto de equilíbrio. Ser para o outro aquilo que gostaríamos que
o outro fosse para nós. Ser grato! Ser atencioso! Ser gentil... E somente quando tivermos
essa compreensão é que nossas relações pessoais vão se tornar mais leves e
harmoniosas. Nossas atitudes deixarão de ser expressas em: inveja, raiva, medo,
arrogância e vão ser transformadas em amor, carinho, respeito, compreensão,
gentileza. É o olhar para própria sombra... Termino aqui essa “reflexão” citando
Masaharu Taniguchi: “Quem vê apenas
o lado negativo dos outros cria um inferno para si próprio. Todas as pessoas
têm o lado positivo e o negativo, possuem qualidades e defeitos. E, quando
reparamos nos defeitos, estes parecem manifestar-se de modo mais acentuado”... FIM! Carol Brunel – 26/05/2015
terça-feira, 26 de maio de 2015
Triste?
Triste é haver gente que precisa
humilhar os outros para se sentir melhor consigo.
Triste é saber que muitos, para
sustentar seu ego ou sua baixa “autoestima”, precisam contar vantagens (falsas)
de suas vidas.
Triste é perceber que as pessoas, quando são inseguras, se fazem
de durões e agem com indiferença.
Triste é existir gente que olha o defeito do
outro e não vê o próprio.
Triste é quem propaga mensagens bonitas e não age de
acordo com o que propaga.
Triste é quando a gente quer atingir o outro...
Isso sim é triste!
E o resto a gente sabe... é que o mundo gira! "A vida ensina... e o tempo traz o tom"
FIM
Carol Brunel
26/05/2015
segunda-feira, 4 de maio de 2015
O que dizer?
O que dizer
quando não há palavras?
É que a
vida está lá fora,
E nós estamos aqui...
Presos a tantos padrões e verdades idealizadas.
Submetidos aos
próprios medos.
E o que
dizer do medo?
Se certos temores
são tolices.
É melhor tentar!
E o que
dizer dos dias?
Que passam depressa...
Enquanto
estamos submergidos em nossas preocupações.
É que a gente
esquece...
Esquece de
viver o que faz bem.
Por que ficamos
cultivando receios e indagações.
Por que
deixamos passar despercebidos os momentos bons.
E o que
dizer das cores? Das flores? Dos amores?
O que dizer
do tempo? Da noite? Ou do azul do céu?
Há tantas perguntas...
E há tantas respostas.
Há respostas
necessárias e respostas dispensáveis.
Podemos dizer
que o céu é azul por que é infinito.
Ou achar
que ele é infinito por ser azul.
A escolha é
sempre nossa!
E o que dizer
do agora?
Se o agora
está ai... Pronto para ser sentido.
Mas só
podemos descobrir sua beleza se abrirmos os olhos,
ao invés de
covardemente fechá-los quando tememos.
O que dizer...?
Se palavras nem sempre dizem o que pensamos.
Diria o que disse o poeta Vinicius de Moraes:
“Amai, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido.
FIM!
04/05/2015
Carol Brunel
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