Eu ainda sou aquele de tipo de
gente que gosta das coisas mais simples da vida. Tipo: ficar abraçada no sofá
ouvindo música boa e conversando sobre a vida. Eu ainda sou aquele tipo de
gente que curte uma pitada de romance, uns beijos “calientes” e uma respiração
no ouvido. Ir no cinema. Ficar abraçado na cama quando acordar. Eu sou ainda aquele tipo de pessoa que quer planejar uma viagem, um
final de semana ou uma vida.
Mas eu devo ser de outro planeta! Por
que a “vibe” por ai é outra.
“Pegar” o máximo de pessoas possível.
Beijar inúmeras bocas e se apegar nem pensar. Fazer planos não! Por que a gente
nem sabe se vai dar certo né?! Ter milhares de amigos virtuais e achar que é “TOP”
por isso. Estar sempre rodeado de um monte de gente que não acrescenta nada só
para parecer descolado. Ficar satisfeito por ser aceito em grupos de idiotas...
Beber até ficar bêbado em todas as festas, por que é massa se divertir. Demonstrar
indiferença por quem realmente se interessa por nós, afinal ninguém pode sacar
que você tem sentimentos.
Estar com alguém, mas ficar de olho
em outros. Por que se não der certo né? Aliás a galera anda bem desacreditada
de tudo. Sofre uma decepção e acha que nunca mais vai poder confiar em ninguém,
que nunca mais vai ser feliz com alguém, etc...
Outra parte da “turma” alega não ter
tempo para ir no cinema com o (a) parceiro (a), para planejar um jantar, ou
para fazerem qualquer coisa a dois. Por que estamos trabalhando demais. Por que
há sempre outros compromissos. Por que é idiotice fazer essas coisas. Por que
sair com os colegas é mais legal. Por que não tem necessidade dessas ‘chatices’.
E poderia citar uma lista grande de justificativas e desculpas que a gente
arruma para tudo.
Tem quem ache ainda que um momento “romance”
sempre tem que acabar em sexo. Mas você também pode ficar só abraçado
assistindo um filme, beijar e fazer carinho. Mas se der vontade e rolar? Melhor
ainda! Que consequência mais boa.
Aliás, é comum a gente ouvir os
casais reclamando que fazem pouco sexo, que no começo faziam mais. Obviamente que
diminui e a gente sabe, mas obviamente que no começo faziam mais coisas que despertava a
vontade, tipo? Romance! Beijos, abraços, músicas. Sair para balada juntos. Dançar.
Assistir um filme picante. Dormir sem roupa. Beber uma taça de vinho. Etc...etc...etc.
Tudo aquilo que vai se deixando para trás.
Mas eu ainda tô aqui... Naquela
outra vibe! Na vibe dos que curtem demonstrar. Dos que curtem sentir. Eu ainda
sou do planeta aquele, onde as pessoas não querem quantidade e sim QUALIDADE.
Aliás eu prefiro meus poucos e bons amigos do que milhares de pessoas sem
conteúdo ao meu redor, muito menos aqueles que vivem puxando o saco de todo
mundo.
Quero estar com meus amigos sim!! Sempre
que a gente puder se encontrar. Se a gente não puder tudo bem. Eu não tô
querendo ser aceita em todas as tribos, muito menos quero fazer parte de todas
elas. Não quero alimentar meu ego. Não quero agradar todo mundo, aliás não sou obrigada!
De resto eu ainda prefiro ficar na
minha “vibe”. A vibe dos que curtem um olhar nos olhos, um sorriso aberto, uma
tarde de domingo no sofá da sala, depois de uma noite de sábado com os amigos verdadeiros. A
vibe dos românticos assumidos.
Por que afinal qual o problema de gostar de namorar?
Fica a pergunta... para reflexão!
FIM
Carol Brunel
30/01/2017