segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Eu me escolho. Me acolho, me respeito!

 Há um momento na vida em que a gente precisa aprender a fechar as portas que insistem em nos ferir. Não por frieza, orgulho ou desinteresse, mas por amor-próprio. 

É quando a gente entende que não dá mais pra permitir que o outro use nossas emoções como campo de guerra, despejando sobre nós as dores que não soube curar em si mesmo.

Tem gente que só se sente viva quando faz o outro se sentir pequeno. Gente que precisa diminuir para se sentir maior, que só encontra alívio quando transfere a própria amargura. 

E a verdade é que, se a gente não aprende a colocar limites, acaba sendo atingido por balas que não eram nem nossas.

Ser forte, às vezes, é simplesmente escolher não responder. É se retirar antes que o coração sangre de novo. É olhar e dizer: “não é sobre mim, é sobre você”, e virar as costas com a serenidade de quem já entendeu que o amor não precisa ser provado em meio ao caos.

Afaste-se de quem te suga, de quem te culpa por sentir, de quem não enxerga nada além do próprio reflexo. Há pessoas que vivem tentando “colocar tudo em pratos limpos”, mas, na verdade, estão apenas tentando encontrar culpados para o vazio que carregam. 

Não é seu papel carregar esse peso.

Proteger-se não é egoísmo. É maturidade emocional. É entender que paz também é afeto. Que silêncio também é resposta. 

Que não permitir ser ferido de novo é uma forma bonita de dizer: 

“Eu me escolho. Me acolho, me respeito"

FIM
Carol Brunel

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