sexta-feira, 23 de setembro de 2016

DESMOTIVAÇÃO!

Não tem nada pior na vida, do que quando sua vida sai do “trilho”.
E o trem é pesado...
Você tenta de todas as formas colocar ele nos eixos de volta e não consegue.
Vai por ali, vai por lá e nada. E quem tá de longe observando acha que você não quer sair daquela situação. Mas você está sozinho e tem muita gente assistindo e dizendo:
- "olha como ela é fraca, não consegue com o peso daquele trem"...
- "olha que tansa, não é por ali que vai conseguir".

E se torna mais díficil quando as pessoas que você mais gosta também estão ali, mas ninguém te pergunta: -  “o que eu posso fazer para te ajudar?”
- “como podemos tentar resolver isso?”.

Poucos estão dispostos a ouvir, a sentar, dar atenção.
Por que todo mundo está preocupado demais com os seus problemas e suas individualidades.
Poucos estão dispostos a te incentivar, mas muitos estão sempre prontos para criticar seus desacertos.

E o seu trem continua ali, descarrilado... 
Sozinho você não sabe como fazer aquilo. Mas você quer! 
Você quer muito que a sua vida volte a correr dentro dos trilhos

e.......

FIM
Carol Brunel
23/09/2016



segunda-feira, 19 de setembro de 2016

DIAS NORMAIS, COISAS REAIS!

Por: Carol Brunel

É tanto disse que me disse... E a gente não sabe mais o que é verdade ou não. Eu falo mal de vocês, vocês falam de mim. Eu aponto meu dedo bem no meio da sua cara e te condeno. De volta recebo condenações. Eu julgo as atitudes, enquanto as minhas também são julgadas. Planta-se tudo: ódio, rancor, discórdia. Só não se planta amor e perdão. 

Vamos lá, façamos comentários infelizes a respeito da vida alheia. Vamos lá, permaneçamos atirando maldade por ai. Vamos lá, dar aquela alfinetada na relação do amigo. Vamos lá, palpitando sobre as imperfeições dos outros. Continuemos assim, desaprovando os modos dos outros, como se fossemos perfeitos. Está tudo certo! É assim que se faz! Afinal olhar para o próprio umbigo para quê? Se nem “rabo” nós temos para cuidar... né não?!

Que bobagem! A gente só vai se divertir. Qual o problema né? Respeitar para quê? A carne é fraca. Mas acho que a falta de consciência também é! Depois a vida vira desordem e eu culpo os outros. Por que afinal é muito mais fácil assim. Paciência? Tolerância? Consideração? Ah deixa isso para lá! Veja bem eu já errei, mas não quero mudar não! Quero continuar sendo um f.d.p. (abreviação de: filho da puta).

E enquanto isso a gente faz de conta que é do bem. Se paga de gente bacana, caridoso e amigo do mundo. Estufa o peito para contar vantagem sobre si e falar das coisas boas que fez. Aprendemos a ser marqueteiros de primeira. Como se fossemos uma espécie de “Madre Teresa de Calcutá” da bondade, da caridade e do amor. Só que não! Dentro de casa e nas nossas relações pessoais, nós somos os primeiros a ser grosseiros, críticos e marotos.
E “assim caminha a humanidade” já dizia a canção... “com passos de formiga e sem vontade”. 

E depois? Ah depois a gente senta e choraminga perguntando: “ó meu Deus por que a minha vida está assim?”...”oh Senhor onde foi que eu errei”. Talvez as respostas estejam bem na cara...

Caráter se aprende sim! Se a gente já errou, se a gente erra e se somos todos imperfeitos. Não custa nada a gente fazer uma análise e buscar evoluir. Guardar nossas desaprovações para nós mesmos e seguir nossas vidas com menos barulho e mais amor no coração, cuidando do QUE e de QUEM devemos cuidar. Por que todo mundo já é grandinho o suficiente para saber o que é certo e errado. E depois não adianta reclamar quando o mundo girar... Então como diz aquele ditado popular: por favor “tente não ser um cuzão!”... FIM!

Caroline Brunel Matias
19/09/2016
Criciúma/SC


quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Amendoin, aipim e frio (por Richard Brunel Matias)

Hoje aqui no Blog, uma crônica do meu irmão! Meu inspirador.... quem me ensinou muitas coisas!

Amendoin, aipim e frio

Quando chegava o inverno tudo era difícil. As férias eram curtas, o frio era gélido e penetrante. Na verdade era uma geladeira aberta, congelando as gordas pernas, sentado no portão de eucaliptos envelhecidos que minha nona mandara fazer para impedir a passagem das vacas do Seu Dequinha. 

No meu tempo de menino, eu morava no entremeio da vida urbana e rural, mas mais rural que urbana. Cresci numa casa humilde, madeira, sem pintura. O pretume das paredes atormentava os adultos, eu não o percebi até não ter chegado à adolescência. As tábuas do assoalho eram barras de cristais reluzentes. Mamãe gastava um bocado de cera e de pano de lã para deixá-las assim. As gretas eram cobertas por milhões de tapetes, que muitas vezes eram usados para brincar de escorregador. Eu adorava fazer bagunça, puxando minha irmãzinha de um lado para o outro, gritando, desarrumando tudo, batendo aqui e ali.

Na sala de visita, apenas três sofás velhos, antigos, vermelhos, forrados com uma espécie de plástico daqueles que hoje não se vê mais. No centro um tapete redondo, parecia um arco-íris, coloridíssimo. As paredes peladas, apenas um quadro do Papa, outro da basílica da Aparecida do Norte e um com uma casa ao lado de um rio, o repetido. Nada mais. Proteção contra o frio? Nenhuma, além das cobertas enroladas pelo corpo. Mesmo assim, eu passava horas e horas deitado no chão, inventando cidades com os poucos carrinhos que tinha, todos quebrados, pois não duravam muito em minhas mãos. Mamãe dizia:
- Tá na hora de ir pra cama - voz dura e decidida, não esmorecia. No outro dia, ela, de madrugada, tinha de se levantar para ir dar aulas e nós ficávamos com a nona, a polaca que nos criou e que nos ensinou tantas severidades que ainda levamos ainda hoje em nossa forma de ser. Falo nós, porque éramos dois, eu e minha irmã mais nova um pouco, a Tatá, como a minha outra avó, a italiana, gostava de chamá-la.
Mas o certo era que passamos a maior parte de nossa infância com a nona polaca, a Dona Joana, como todos a conheciam no bairro. Uma senhora forte, vigorosa, trabalhadeira. Criada na pobreza, na dureza da vida cheia de privações, na dor de um marido que gostava de apaziguar as mágoas num dos líquidos mais apreciados desse nosso país, a cachaça, minha nona Joana nos ensinou a severidade e o compromisso, o trabalho, desde cedo.
Plantava para subsistir e levar a vida adiante. Pude estudar em colégio particular porque ela pagava a mensalidade com aipim, pão de casa, doce caseiro e outras guloseimas da roça, até mesmo uma panela de milho verde cozido. Mas não só levava tudo isso em sacos daqueles da roça para o colégio Michel, onde eu estudei e fiz o ensino fundamental, eu também aprendi a plantar, a cuidar e a colher.
Plantávamos no final da primavera e colhíamos no outono e, muitas vezes, entrando o inverno. Durante o inverno tínhamos de manter a roça limpa, não deixar o mato avançar, ou melhor, a mata. Era costume de minha nona Joana pedir um pedaço de terra emprestado e nele plantar.
Uma vez ela conseguiu um pedaço enorme de terra lá atrás da casa da cabeleireira do bairro. O dono, que não sei quem é até hoje, sempre quando os lotes se mantivessem limpos, não cobrava nada de minha nona. Ela pagava o Seu Dequinha para derrubar a mata e tirar a lenha, com carroça e cavalos e depois entrávamos em ação. Era um tal de cortar cepo, capinar, roçar, carregar, queimar… e tudo tinha de estar prontinho para quando a primavera chegasse, por isso, trabalhávamos no inverno.
Nesse pedaço de terra a nona decidiu que plantaria amendoim e aipim. Primeiro amendoim e, entre as fileiras desse, o aipim. Cultivo híbrido era uma constante na vida dela. Plantava uma fileira de feijão e outra de milho, e colhia. A colheita era o mais importante, pois dela dependíamos, e muito, para comer. Aipim se comia quase sempre, pois sempre havia uma roça de mandioca. Amendoim era apenas uma vez por ano.
Eu estava sentindo muito frio. Estava sentado em cima das varas de eucalipto do portão, como já disse. Usava um poncho verde de lã. Acho que usei até gastar mesmo. Uma calça comprida de um material que não sei dizer como era, era dura, parecia de plástico, era sintética. Tinha furos das brasas que salpicaram ao ter-me aproximado demais da boca do fogão a lenha. Eu sempre estava buscando o perigo. Um a camiseta toda encardida e de sandálias de dedo. Isso mesmo. A gente andava de sandália de dedo pra lá e pra cá. Muitas  vezes descalço, pois a sandália arrebentava e já não dava para arrumar com um preguinho.
Mas aquela manhã marcou a minha vida pueril. Eu não queria trabalhar e a nona só queria era arrancar pé de amendoim, ainda molhado, entupido de orvalho quase congelado, colocar no carrinho-de-mão, que era mais pesado que a carga, pois era feito em casa e com madeiras muito pesadas. Ela não tinha dó, ralhava e tínhamos de descer do portão e cair na roça. Eram quatro terrenos numa ribanceira, escondido no meio de árvores enormes que durante a manhã só davam sombra ao roçado. Isso aumentava o frio. A lida durava horas, a manhã inteira. Era um vai-e-vem danado para arrancar, sacudir os pés de amendoim para não levar terra pra casa, enche o carrinho de mão até a soca, descer o morro do boi, descarregar tudo, voltar a subir o morro e começar tudo de novo. Se não fizesse, a vara comia.
Nossa recompensa!!!! Um panelão cheio de amendoim verde cozido. Um manjar dos deuses. Ainda hoje sinto o cheiro da terra, o frio do orvalho quase nevado, o vapor saindo das narinas, sinto a cor verde fluorescente da minha calça sintética combinando com o verde abacate do meu poncho com listrinhas amarelas e vermnelhas no final e uma franja de fios de lã. Sinto o gosto dos amendoins explodindo em minhas papilas, misturado a sabor de terra, mato e de vida na roça. Mas o melhor de tudo, sinto que crescia cada dia um pouquinho com minha nona Joana.

(......)

Richard Brunel Matias



PS: O TAPETE COLORIDO QUE PARECIA UM ARCO-ÍRIS EU COLOQUEI FOGO EM UMA BRINCADEIRA DE COZINHADINHO COM MEUS AMIGUINHOS... TENTEI ESCONDER DA MÃE, MAS NÃO DEU E APANHEI UM POUQUINHO POR ISSO

Ps2: (Xuxa não sou traumatizada por que apanhei tá)

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Ei, você ai?



Ei, você ai? É você mesmo........ que está lendo isso aqui. Eu, você, aquele outro lá. Todo mundo. 
Você se acha bom? Você se diz bom? 
Você é do tipo que vive falando sobre ser "do bem", e está sempre julgando os outros? O que você realmente é? O que tanto você esconde? 
Agora se olha no espelho, de verdade, bem no fundo dos olhos.,. E pensa no que anda fazendo, pensa no que anda pensando, pensa no que anda dizendo... E diz com sinceridade... você é realmente bom? Ou será que você se esconde atrás de uma máscara? Você é do tipo que precisa humilhar os outros para se sentir seguro e forte? Você é do tipo que não sabe ceder? 
Será que você deseja o mal das pessoas em pensamento? Ou será que você mente? Será que você condena? Ou será que você usa as pessoas? Será que você tem duas caras? Ou será que você gosta de ofender? Você é mesmo honesto? Ou gosta de sair por ai enchendo a boca para dizer que é? Você gosta de se vangloriar? 
Você já parou para pensar que o que parece ser justo para você pode não ser para o outro? Você já parou para pensar nas seus defeitos ao invés de ficar justificando suas falhas se apoiando no defeito alheio? 
Muitas vezes o nosso auto-conceito pode ser muito contaminado por erros de percepção. A gente se acha certo, justo, legal... mas será que somos mesmo? Temos sido realmente legais? Temos mesmo sido bons? Somos mesmo tudo que a gente diz e acha?
Na psicologia eu li um "lance" sobre vulnerabilidade cognitiva, que dizia ser uma predisposição para fazer construções cognitivas falhas, em outras palavras, a tendência de cometer distorções ao processar informações, com predisposição a transtornos emocionais. 
Um exemplo: é diante de uma situação a pessoa já pensar que vai acontecer o pior. Ou distorcer os fatos a seu favor. Ou inventar justificativas para suas atitudes erradas. Ou ofender o outro para "fingir" para si mesmo que está certo e outro está errado. 
E será que nosso auto-conceito não anda contaminado? Para ai... e pensa um pouquinho!Depois seja honesto, especialmente com você mesmo... e se quiser mesmo se tornar uma pessoa melhor, comece a se observar mais e mudar pequenas atitudes no dia a dia. 
Ai sim, você pode apostar que tudo na sua vida vai dar certo!
FIMCarol Brunel02/09/2016











quinta-feira, 1 de setembro de 2016

O que você já perdeu?


O que você já perdeu pelas vezes que deixou de fazer algo bom por alguém?
O que você já perdeu pelas vezes que teve oportunidade de fazer alguém feliz e não fez?
O que já perdeu inventando desculpas para tudo o que acontece na sua vida?
Por não admitir seus erros, seus defeitos, suas dificuldades?
O que você já perdeu por não aceitar que precisava mudar?
O que já perdeu se esquivando da felicidade que estava diante do seu nariz?
O que você perdeu por não deixar seu passado para trás?
O que você já perdeu por ter medo?... Medo do amor, medo da dor, medo de viver?
O que já perdeu por ter mentido? Por ser ter sido injusto? Por ter sido Egoísta?
O que você já perdeu por não ter dito o que sentia?
Por ter exagerado a dose na hora da raiva? Por não se arrepender?
O que você perdeu por não saber pedir desculpas? Por não dizer obrigado? Me perdoe? Me ajude?
O que você já perdeu por cultivar pensamentos ruins? Por afirmar coisas negativas?
O que você perdeu por não saber perdoar?
Por alimentar tristezas e mágoas? Por se cobrar demais?
O que você já perdeu por dar valor às pessoas erradas?
O que você já perdeu por não perceber que a vida é um jogo...
E que a colheita de amanhã é fruto da semente de ontem.
O que já perdeu por pensar demais e sentir “de menos”?
O que você já perdeu pelas vezes que falou mais do que devia? Por ter se metido em assuntos que não eram seus? Por ter comprado brigas que não lhe deviam respeito?
O que você perdeu por ter sido desumano? Por não praticar o amor e a caridade?
O que você já perdeu culpando outras pessoas e não enxergando sua parcela na história?
O que você tem feito de bom? Por você? Pelas pessoas? Pelo mundo?
Qual o seu papel? Qual a parte que lhe cabe?
E ai? O que você já perdeu??
FIM

Carol Brunel
01/09/2016

Criciúma/SC