terça-feira, 31 de maio de 2016

Lugar de passado é no passado!

Já diria o sábio Machado de Assis “Esquecer é uma necessidade. A vida é uma lousa, em que o destino, para escrever um novo caso, precisa de apagar o caso escrito”

Não tem como viver um novo amor se a gente não apagar o velho. Não tem como a gente ser feliz com outra pessoa a se a gente não deixar para trás o passado. Não tem como a gente escrever uma nova história, se não começar em uma folha em branco.

“O melhor é deixar o passado para trás e permitir que o presente avance para o futuro”. Douglas Adams

Foi vivendo que eu aprendi que a vida só vai para frente quando a gente se liberta e se desapega das coisas do passado. Daquele amor que não deu certo, daquela velha história que a gente insiste em contar, daquele medo antigo, das lembranças de quem já passou pela nossa vida, mas por alguma razão precisou seguir seu caminho. Das quinquilharias que a gente coleciona para manter o passado aceso na nossa vida. Das coisas e pessoas que a gente por teimosia insiste em manter por perto. E de tudo, tudo o que trava a vida da gente.

“Afinal, se coisas boas se vão é para que coisas melhores possam vir. Esqueça o passado, desapego é o segredo!” Fernando Pessoa

Muitas vezes a gente insiste em manter certos “laços” que já não fazem mais sentido. Por uma falsa ilusão, ou uma falsa esperança, ficamos presos nas amarras que são criadas por nós mesmos... E é difícil nos darmos conta de quanto isso prejudica nossa saúde psicológica/mental e nossa vida atual.

Como disse o Marquês de Maricá “Unir para desunir, fazer para desfazer, edificar para demolir, viver para morrer, eis aqui a sorte e condição de natureza humana”.

Há muitas pessoas que tem dificuldade de desfazer laços e permitir que a vida siga em frente. Não raro essas pessoas têm em suas vidas muitas tempestades. Elas atraem para si o que já não serve mais e assim bloqueiam suas vidas para o que pode vir, ou para o que já chegou.

“O desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar”. Caio Fernando de Abreu

Muitos já conseguiram adquirir o espirito de superação, já conseguiram entender a ideia de que a vida só vai ter paz quando a gente para de procurar a tempestade, a dúvida, a raiva, o desamor, o ódio, a inveja, a ganância, a desunião. Quando a gente for AMOR. Novo amor!

Lugar de passado é no passado!

Gosto muito desse texto da Gloria Hurtado, inclusive eu já citei várias vezes em várias publicações, mas é mesmo para não esquecer que eu deixo ele aqui novamente:


Encerrando Ciclos

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos - não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. 

Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação?   
Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? 
A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? 

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu. Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. 

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora. Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) Destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração - e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. 

Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do “momento ideal”. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. 

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida. Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Permita que o novo flua na sua vida! 

terça-feira, 17 de maio de 2016

Foi amor à primeira a vista


...na primeira foto...

O meu conceito de amor mudou totalmente depois que nasceu meu sobrinho, no último mês. Em outro país, a quilômetros de distância... E eu não posso simplesmente pegar um ônibus, ou um carro e ir visitá-lo. Eu não posso segurá-lo no colo e nem posso sentir seu cheirinho de bebê. Não posso segurar sua mãozinha e olhar seu rostinho, ou ir vê-lo sempre que sentir saudades.

E eu o amo! Amo tanto que meu coração se alegra só de pensar...

Eu o amo desde que ele estava na barriga. Amo cada vez que vejo uma foto ou vídeo (única maneira de manter nossa proximidade)... E fico imaginando como vai ser acompanhar ele crescendo de longe... E mesmo assim sei que vou amar. Vou amar cada vez que receber uma foto dele sorrindo, ou que ouvir sua voz de criança num áudio ou vídeo.

... Descobri da forma mais linda o amor....

Antes eu acreditava que o amor nascia com o tempo. Hoje eu sei que o amor simplesmente é. Diria Charles Bukowski “amor é tudo o que dissemos que não era”. E era... 

O amor é realmente inexplicável e mágico. Como posso amar um pequeno ser que nunca vi, que nunca ouviu minha voz, que eu nunca segurei no colo?

Hoje quando me dizem que não existe amor à primeira vista, ou que o amor nasce com o tempo. Eu em silêncio discordo e penso “essa pessoa ainda não sabe o que é o amor”.

Alguém pode vir dizer “mas ele é da sua família”. É sim... Mas alguns dos meus melhores amigos eu amo desde a primeira conversa. O que prova que o amor é mais do que essas definições que ouvimos por ai.

Amor é quando minha alma vibra ao encontrar outra alma.
Amor é quando o coração se alegra por saber que aquele ser existe.
Amor é quando o coração bate de um jeito que a gente não pode explicar. Amor é quando os olhos da gente brilham. Quando não precisamos de tempo para entender os sentimentos. Eles simplesmente estão ali. Desde a primeira vez.

Encerro, de maneira simples... citando Fernando Pessoa: “Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar”.

TE AMO MEU PEQUENO AUGUSTO!!!

FIM
Carol Brunel

17/05/2016

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Sexta-feira 13

  
E daí? Qual é? O que foi?
É só um dia qualquer.
Não! Não é não!
É um dia especial!
Como todos são.
Se é 13 ou não...
Cada dia amanhece uma lição.
Na alegria ou na tristeza.
E no sossego da canção.
Cada dia amanhece coração.
Então deixa o amor entrar.
Deixa a vida renascer.
Deixa a maldade morrer.
Deixa a gentileza brotar.
Seja como for, se assim for...
Deixa ser, faça acontecer.
Vai acender, vai nascer.
Dentro do dia uma emoção.
Dentro do peito uma paixão.  

FIM
Carol Brunel

13/05/2016

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Há certos tempos

Já diria aquela conhecida frase de Fernando Teixeira de Andrade:

 “Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos”.

Há um tempo em que precisamos abandonar as velhas ideias, as velhas opiniões...
Há um tempo em que é preciso deixar para trás algumas bagagens, algumas lembranças e até algumas pessoas...

Há um tempo em que precisamos entender que não é necessário concordar com tudo... e que não precisamos nos sentir culpados se a gente não conseguir lidar com alguns “fantasmas”..

 
É preciso não se acostumar com a rotina.
É preciso ter coragem de dizer o que se sente.
É preciso virar páginas.
É preciso buscar aquilo que sonhamos.
É preciso ter ao nosso lado alguém que esteja disposto a um “viver” reciproco.
É preciso ter alguém que faça planos e nos inclua neles.

Há certos tempos, certas idades, certos dias em que já não cabem palavras...
Há um tempo em que já não serve o “mais ou menos”. A gente quer é um “para sempre”, mesmo que possa ser de certa forma quimérico...

Há certos tempos em que a gente deve parar de abrigar incertezas... Para começar a abrigar certezas...
.... Dessas que nos olham nos olhos, que nos seguram a mão, que nos acolhem nos braços e que sem precisar dizer nada, nos fazem perceber que é real. "Uma grama de ação vale mais do que uma tonelada de teoria" Friedrich Engels

FIM
Carol Brunel

06/05/2016

terça-feira, 3 de maio de 2016

QUANTO MAIS MELHOR...

HOJE RESOLVI COMPARTILHAR COM VOCÊS ESSE TEXTO (DA ) QUE NÃO É DA MINHA AUTORIA, MAS FECHA MUITO COM O QUE PENSO... EU ESCREVERIA ISSO! ESPERO QUE GOSTEM


QUANTO MAIS GENTE MELHOR!! 
“ Veja se dá para entender: a gente, para a gente mesmo, é a gente. Raramente consegue ser o outro. A gente, para o outro, não é a gente, é o outro. Deve estar confuso. Tento de novo. Cada um de nós vive uma ambiguidade fundamental: ser a gente e ao mesmo tempo, ser o outro. Pra gente, a gente é a gente. Para o outro, a gente é o outro.”
( Artur da Távola ) 
Gente bem resolvida não precisa do outro. Quem inventou isto?
Eu penso que gente bem resolvida precisa de todo mundo. Outro dia ouvi a seguinte frase: “Estou com ele não porque eu precise, mas porque quero. Não sou carente.” Ora, todo mundo é um pouco carente e um pouco alforriado. Parece que precisar de alguém é fraqueza. Pura bobagem.
À medida que vamos amadurecendo, ficando autônomos, independentes no sentir, vamos percebendo que precisar é também uma forma de felicidade. Eu particularmente quanto mais livre fiquei mais precisei do outro. Precisei de amigos para rir das decisões equivocadas que tomei, precisei de amores para dividir a vida. Precisei e quis.
Precisar de alguém é ótimo, é troca no melhor dos sentidos. A auto-suficiência exagerada é tediosa. Precisamos de amores e amigos, precisamos inclusive dos ex, são eles quem nos lembram dos caminhos percorridos, erros, acertos e evoluções. O tempo nos ensina a notar delicadezas; detalhes compartilhados.
Sem a percepção do outro nos perdemos em uma linha reta e dura. Saber ficar só não significa não precisar do outro. Coçar as costas com régua, escova ou mãozinha de madeira, resolve, mas não é tão prazeroso como dizer: Mais para esquerda, mais para o centro, aí, aí.
Na qualidade de seres incompletos que somos, brotamos na presença do outro, com o afeto do outro. Ter um amigo para dividir a preguiça ou a emergência é delicioso; um amor para dividir as implicâncias e o edredom é aconchegar a existência; um ex amor para lembrar a data esquecida ou a velha piada faz parte de saber-se existido.
A existência requer o outro. Há pessoas que ficam, há pessoas que partem, mas ninguém parte ou fica apenas, há sempre um pouco de nós espalhado em lembranças. Somos, portanto, muitos. Ter pessoas enchendo nossa vida e algumas vezes nossa paciência é muito bom.
Nossa vida é composta de imprescindibilidades que desprezamos sem nos dar conta: A ligação da mãe para perguntar se você já almoçou; o cafezinho que a secretária nos leva no meio do desespero de papeladas sem fim; a massagem nos pés depois de um dia terrível; o sorriso e a reclamação do filho; o abanar do rabo do seu cachorro ou o ronronar do seu gato; o amigo que você telefona depois de beber todas; o amor que você liga para esvaziar a raiva, aliviar o aperto no peito ou dizer que ama.
Todos os detalhes importantes e inesquecíveis da vida têm o outro; de alguma forma o outro está. Tem aquele que ficará pra sempre, que ficará por uns instantes ou por um tempo, não importa, todos os detalhes importantes e inesquecíveis da vida, do café ao amor, tem o outro, porque a gente quer e precisa.
Luciana Chardelli é carioca, jornalista, escritora e advogada pós graduação em Direito Penal e Processual Penal. É autora do livro "Penso, logo insisto. Um desencontro." Escreve também na Revista Obvious.

Ler mais: http://www.contioutra.com/gente-bem-resolvida/#ixzz47alzb1wj