sexta-feira, 23 de abril de 2010

Um pouco de egoísmo

Vamos ser egoístas

Não! Não estou falando do egoísmo em não ajudar os demais. Daquele egoísmo de quem não divide. Estou falando de individualismo. Pensem e falem o que quiserem, me critiquem, crucifiquem, mas eu sou do “individualismo”.

Não significa que eu pense que não devemos ajudar as pessoas, que não devemos amar as pessoas, que não devemos ser simpáticos, cordiais, amigos, companheiros, leais. Nem significa que eu só penso em mim, mas que eu penso em mim.

Não estou falando de relacionamentos amorosos, pois nesse sentido deve sempre haver reciprocidade, respeito, companheirismo, carinho e sinceridade.

Mas, eu acho que no sentido da vida, devemos pensar em nós.

Explicando...

O que eu quero dizer é que devemos nos apegar menos a detalhes pequenos. Coisas bobas que teimamos em enxergar como obstáculos.

Apegarmos-nos menos as coisas insignificantes, se preocupar menos...

Gente! Eu apenas estou falando de amor próprio. Amar-se e preocupar-se menos. Esse é o primeiro passo... Se amar! Gostar da própria companhia... Procurar coisas que dão prazer e que trazem alegria.

Eu sei, por exemplo, que estou vivendo um momento “egoísta”. Estou pensando em mim e no que me faz bem. E geralmente quando isso acontece, eu sou do tipo que ‘chuta o balde’ e vai em frente sem se importar com nada e com ninguém. Enfrento o mundo se for preciso pra viver o que me deixa bem, mesmo sabendo que um dia talvez venham as conseqüências. Errado? Pode ser. Mas, eu não acho isso! Apenas vivo!

E sou teimosa...rs

Acabo deixando algumas pessoas de lado, mas no fundo todo mundo é assim, um pouco egoísta quando se trata de “beneficio” para si próprio. Ou por acaso alguém aqui vai abrir mão de um aumento de salário, por exemplo, para não ganhar mais que o amigo? Fala sério! Ou alguém aqui vai acabar um relacionamento legal por que fulano ou cicrano são contra? Diga-me então se você mudaria sua vida, sendo que você está feliz da forma como vive, por que lhe dizem que você vive “errado”.

Eu podia estar “abrindo mão” de estar vivendo alguma coisa que me faz bem se eu fosse menos egocêntrica e ficasse pensando tanto nos porquês... Mas, eu não sou assim, por que penso em mim.

Por que eu penso em mim? Horas bolas, por que eu me amo e quero meu bem. E não é por que eu me amo que significa que não amo e não quero bem das pessoas que estão perto de mim. Quero que todo mundo seja feliz, que todo mundo encontre uma felicidade, um motivo pra sorrir.

A diferença é que, não abro mão de fazer aquilo que quero. Posso quebrar a cara, não importa! Estou ai no mundo pra aprender.

Penso que nós (seres humanos) criamos paradigmas demais, barreiras demais, dificuldades demais nas nossas próprias vidas. Nós mesmos aumentamos o tamanho das nossas dificuldades. Coisas que poderiam ser resolvidas de forma mais simples.

Meu lema é: se a vida te maltrata, não se maltrate ainda mais.
Por isso sou a favor do individualismo (de certa forma).
Bem simples: cada um vivendo a sua vida, aproveitando a sua vida, cuidando da sua vida e pronto.

Eu não gosto de interferir na vida das pessoas, embora já tenha feito isso. Já acompanhei casos de amigos e parentes envolvidos com pessoas que eu considerava “ruins”, algumas vezes me meti a dar conselhos, porém nunca falei “fulano faz assim”. Pois, penso que cada um tem o direito de fazer suas próprias escolhas e saber o que é melhor para si próprio. Então pra mim, não importa se o João está com a Maria, e a Joana com o Manuel, o importante é o João, a Maria, a Joana e o Manuel estarem felizes da sua maneira. Até por que, quem sou eu pra saber o que é bom pra você? E quem é você pra dizer o que é bom para mim? Quem sou eu pra dizer o que te faz feliz, e quem é você pra dizer o que me faz feliz?

Alguns desses colegas e parentes descobriram sozinhos que não valia a pena insistir em certas relações, ou insistiram até quebrar a cara, como eu mesma já fiz na minha vida. Outros hoje estão na boa com as pessoas que de forma equivocada eu quis julgar sem ter o direito disto. Enfim... Alguns foram contra todos para viverem a sua escolha. Até quando? Não se sabe! Até quando uma coisa pode dar certo, não sabemos. Até quando algo vai nos fazer felizes, não sabemos. Até quando... Até quando? Pois é! Pensar no até quando pode acabar nos privando de sentir o hoje. Então, dane-se o até quando, por que até quando pode ser até amanha, até semana que vem, até alguns meses, até anos, até uma vida toda. Mas, que apenas seja e seja bom enquanto durar.

Não tenho desapego! Eu apenas não me apego aos problemas, aos detalhes e menos ainda ao que cada um faz da sua vida. Apego-me a sentimentos.

E estou nem ai se o marido da fulana é safado, se o cicrano vive na gandaia, se o beltrano não gosta de trabalhar, se a Maria gosta de Maria ou de João. E é nesse sentido que entra o individualismo, eu me preocupo com a minha felicidade e desejo bem e felicidade pros outros, mas não interfiro nas escolhas dos outros e não me privo de fazer o que me faz bem por causa de opiniões.

Gosto de ser livre para fazer minhas escolhas e viver da forma que eu considero certa, mesmo sabendo que a minha forma certa de viver pode ser a forma errada pra tantas outras pessoas.

Então, certa ou errada. Vivo da minha forma “egoísta” e “errada” aos olhos daqueles que vêem. Pois, infelizmente, ou felizmente eu sou assim.

E hoje eu dou um brinde ao egoísmo. Esse egoísmo que tantas vezes me permitiu sentir coisas que não teria sentido se tivesse sido menos individualista e que não teria me permitido chegar a lugares que cheguei.

BRINDE e FIM!

Carol Brunel

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Eu Aprendi....

Eu aprendi...

Eu aprendi que nem sempre vou caminhar entre as flores,
Mas que mesmo entre os espinhos poderei encontrar lindas rosas.
Eu aprendi que muitas vezes não adianta insistir,
Certas coisas simplesmente nunca vão mudar.
Eu aprendi que quando o coração bater mais forte,
somente preciso deixar acontecer e sentir...
Não adianta lutar contra os sentimentos.
Eu aprendi que algumas pessoas nunca vão entender,
Por mais que eu tente explicar.
Eu aprendi que a força pra recomeçar esta sempre aqui,
Dentro de mim...
Eu aprendi que as dificuldades e as decepções,
somente me ajudaram a crescer.
Crescer como ser humana, crescer espiritualmente.
Eu aprendi que o tempo não cura, apenas ensina.
Que o que dá sentido a vida é o amor.
E que só realmente esquecemos alguém, quando conhecemos um novo alguém.
Aprendi que o medo de tentar não me deixa seguir adiante,
Impedindo-me assim de conquistar meus sonhos.
Aprendi que algumas coisas simplesmente não precisam de explicação,
Acontecem e devemos apenas vivê-las.
Eu aprendi que o mundo vive dando voltas, mudando os rumos da nossa história...
Que as situações mudam, mas que o amor é sempre o que move a vida.
Não sei ver um mundo sem amor.
Eu aprendi que muitas pessoas vão me machucar,
Que muitas pessoas não vão me entender quando eu precisar.
Que talvez nas horas mais tristes eu não tenha um ombro amigo.
Mas, que sempre vai existir alguém pra me fazer feliz.
Aprendi que portas vão se fechar, mas que outras vão se abrir.
Aprendi que por mais que eu sofra, sempre vai existir um motivo pra sorrir.
Que por mais tortuoso que seja o caminho, sempre vai existir um novo caminho.
E que com certeza, depois de uma perda, virá uma conquista.
Que algumas pessoas vão sair da minha vida, e outras vão entrar.
E talvez alguma delas entre para ficar.
Eu aprendi, esqueci, tornei a aprender, reaprendi.
Vou aprender sempre.
Sempre vou aprender.
Por que o que eu aprendi, ainda é pouco, perto de tudo que hei de aprender,
Durante esse meu viver.

FIM
Caroline Brunel Matias

segunda-feira, 5 de abril de 2010

NÃO....

Não...

Eu não devo fazer parte desse mundo dos “normais”, do mundo das pessoas certinhas demais, dessas que se privam de fazer o que tem vontade por causa de paradigmas e situações. Do grupo do “eu não me permito”.
Definitivamente não!
Eu não faço parte do grupo do medo. Eu não pertenço ao mundo daqueles que tem medo de arriscar, se aventurar, cair nos braços de uma paixão.
Não faço parte do mundo daqueles que nunca saem da rotina, nunca perdem a pose, nunca cometem gafes, nunca fazem uma bobagem só para depois rir de si mesmo.
Não! Eu não me encaixo no mundo daqueles que não tem histórias pra contar por que sempre viveram uma normalidade chata e sem graça. Dos que nunca cometeram uma loucura, ou fizeram algo por impulso sem pensar nas conseqüências, mesmo se arrependendo depois. Eu ainda prefiro me arrepender a deixar de sentir.

Não! Eu não acredito nessa história de hora certa, hora errada. Certo e errado. Feio e bonito, pessoa certa, pessoa errada ... Para mim não existe momento errado, por que se alguém surge no meu caminho categoricamente era o momento certo. Afinal como disse Chaplin:

“Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra! Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós. Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso”.

Não existe certo ou errado, por que é apenas uma questão de ponto de vista. De opinião! Todas as coisas nas nossas vidas têm os “dois” lados. Como uma moeda.

Uma decepção vai trazer mais força e amadurecimento.
Um problema vai trazer superação e crescimento.
Fecham-se portas, outras se abrem.
Novos amigos, novos amores, novos acontecimentos...

É! Eu não faço parte desse mundo dos “acomodados” que tem receio de tudo e ficam ponderando todas as coisas com suas velhas teorias pensando demasiado no futuro. Futuro esse que pode nem vir a ser.

O meu futuro é o hoje. O meu futuro é o agora. E se me sinto bem agora é o que importa. Por que vulneráveis todos estamos desde o dia em que viemos ao mundo.
Vulneráveis às decepções, ao sofrimento, a dor, a tristeza.
E absolutamente fugir dos acontecimentos e das dificuldades não resolve nada.
Impedir o coração de sentir, sem sombra de dúvidas não é a melhor maneira de sentir felicidade.

Por isso, podem continuar dizendo que sou “louca” por eu ser assim. E eu vou continuar repetindo que louco é quem me diz que não é feliz.
Louco é quem vê a vida passar sentado num sofá, em frente à televisão, chorando dores passadas e remoendo antigas (muito antigas) mágoas... enquanto existe um mudo ai fora repleto de pessoas e oportunidades. Louco é quem vive se queixando da vida, ao invés de abrir a alma e o coração para novas experiências.

Sim! Sofrimento é muitas vezes inevitável. Tem feridas que demoram a cicatrizar. E eu concordo que muitas vezes é dificílimo enfrentar as provações da vida.

Mas, se “errar é humano e persistir no erro é burrice”.
Eu penso que sofrer também é humano, mas continuar no sofrimento é bobagem.

E quem disse que não tenho os pés no chão? Quem disse que não tenho sonhos? Que não tenho planos? Que não tenho consciência das dificuldades?

É por ter consciência que eu prefiro enfrentar as dificuldades.
É por ter sonhos que eu prefiro viver.
É por ter os pés no chão que deixo as coisas acontecerem como devem ser.
E é por não ter medo que eu vivo intensamente...

E louco por louco, todo mundo é um pouco...
E eu ainda prefiro ser feliz.


FIM
By: Carol B.